segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Trilhos Picos do Açor, 16 de Dezembro de 2018

Arganil, Picos do Açor.
Estreia de mais uma prova de Trail no calendário nacional, agora por iniciativa do atleta André Rodrigues e mais um grupo de amigos com o apoio da comunidade da Comarca de Arganil.
A iniciativa constava de duas provas de 30 e de 10 kms e uma caminhada, também de 10 kms num cenário que decorreu numa parte da Serra do Açor num piso muito difícil e com inclinações agrestes, quer a subir quer a descer.
A minha prova foi disputada na distância de 10 kms, caminhada, com partida um pouco depois da prova da mesma distância dos 10 kms. Levei 2, 20h. a fazer o percurso, na parte inicial ainda corri um pouco apoiado nos bastões, era em estrada e logo que abordámos a serra comecei a andar e nunca mais corri, não porque não me apetecesse mas sim porque quando abordei a serra o gémeo da perna esquerda já vinha com dores ligeiras fruto de um problema que surgiu na 4ª feira anterior e que me levou a parar com os treinos. Poupei ao máximo a perna não forçando no andamento nem forçando o gémeo a grande esforço, assim consegui ultrapassar aquele infindável lote de escadas que nos levaria ao alto onde estava a
Ermida com vistas espectaculares em seu redor. Dali para a frente apenas me surgiu uma dificuldade maior, precisamente a descida após a passagem pela Ermida, muito técnica e perigosa, tinha chovido de noite e havia muita lama, com a passagem de dezenas de atletas à minha frente aquilo transformou-se num grande lamaçal levando a que a descida tivesse de ser feita com cuidados acrescidos, depois eram trilhos e estradões bem abertos a convidar a correr e a andar com a melhor das satisfações possível, infelizmente como não podia correr limitei-me a caminhar o mais rápido mas sempre nos limites possíveis para evitar o agravamento da lesão. A chegada foi espectacular, precisamente no interior de uma fábrica de cerâmica já desactivada e recuperada pelo Município local, passagem pelo interior dos túneis onde era feita a secagem da cerâmica ali produzida cuja meta nos aguardava mesmo à saída dos túneis com direito à passagem pela passadeira vermelha ali estendida para nos receber.
Espero que o André mantenha a aposta para este ano porque espero voltar recomendando apenas para que a restauração local nos acolha de portas abertas, coisa que desta vez não aconteceu, pelo menos no dia anterior à prova!

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