sábado, 15 de setembro de 2018

1ª Rampa de S. João das Lampas (Meia Maratona de S, J, Lampas) 8/9/2018




A Meia Maratona de S. João das Lampas na sua 42ª Edição renova-se com a criação de uma prova mais pequena, a 1ª Rampa das Lampas, a Meia Maratona sempre resistiu a mudar de nome para "Rampas" ao longo da sua história mas inquestionavelmente foi assim que foi apelidada pelos milhares e milhares de atletas que por lá já passaram pelo simples facto que na primeira metade da corrida serem postos à prova a sua capacidade de resistência e sacrifício face ao desnível do percurso numa altura em que ainda se dão os primeiros passos de uma nova época sempre preenchida de muitas provas e dificuldades.
A Edição deste ano para mim, e para mais alguns, teve a novidade de nos oferecerem a possibilidade de participar na prova mas numa distância mais pequena (13 kms), numa decisão muito acertada dos responsáveis da Organização, nas duas últimas edições participei na prova da Meia Maratona mas apenas concluí a primeira parte da prova, exactamente os actuais 13 kms a condizer com a nova distância , terminando no mesmo local da prova rainha da competição. Felizmente a distância curta não veio interferir em números absolutos com a Meia Maratona, confesso que foi um sentimento que tive quando dela tomei conhecimento, por ser a primeira prova de estrada aqui na região e pelas dificuldades da dureza do percurso que criam sempre problemas aos atletas, sendo para mim de grande satisfação quando cheguei ao local onde funcionou o Secretariado e vi as
listas de participação em ambas as provas (mais de 400 inscritos na prova da Meia e menos de 50 na prova da Rampa) , creio que os objectivos da Organização foram cumpridos, fazer uma inovação sem prejudicar o essencial, os meus parabéns por isso, restando-me agradecer o facto de ao fim de 3 anos ter concluído a prova sem ser com a conotação de desistente!
Para mim foi uma participação muito agradável, ao fim de meio km já era último contava com a simpática companhia do Luís Parro, desta vez quando passei junto ao pórtico de partida ao fim de 1 km já não ouvi as reprimendas do Fernando Andrade sempre preocupado com as minhas debilidades habituais, ele sabe o que sinto por esta prova e por ele próprio, seria incapaz de ir para ali se visse que não era capaz de ir e voltar e ele sabe disso!
Quase a meio da prova volto a juntar-me ao Parro e ao Manuel Azevedo, ali ainda seguiam 3 ou 4 atletas atrás de nós mas a curta distância, o carro vassoura andava sempre à vista, andando e correndo aos poucos a distância para a meta ia encurtando, nas subidas logo a seguir a Odrinhas afasto-me um pouco deles para diante, o meu objectivo era chegar ao tanque entre os 11 e os 12 kms onde por norma gosto de tomar um duche e depois seguir com eles assim que lá chegassem, e assim foi, pena o tanque estar cheios de limos (Substância vegetal verde e viscosa que se forma em lugares húmidos) que deram um trabalhão depois a tirar, fica o reparo!
Depois foi cavalgar e chegar à meta com uma 1,47h necessários para percorrer aqueles magníficos 13 kms de prova.

Parro e Azevedo para o ano voltaremos, obrigado pelo apoio! 
À Organização os parabéns por mais uma vez saberem tão bem receber-nos, não foi possível fazê-lo pessoalmente mas aqui fica esse reconhecimento!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

10ª Edição do Trail Nocturno de Óbidos, 11 de Agosto de 2018




Com as incidências na Serra da Freita à distância de mês e meio o dia 11 de Agosto de 2018 traria nova aventura, agora na região de Óbidos com a realização do Trail Noturno de Óbidos, era a 10ª Edição e última realizada à noite, vinha-me à memória a realização da 1ª Edição ali realizada com partida ás 23 horas do dia 8 de Agosto de 2009, desta prova extraí este pequeno texto que fiz no meu Blogue datado de 10 de Agosto de 2009:
"A partida foi dada mesmo em frente à porta do Cemitério local (penso que para espantar os maus espíritos), logo ali falhei o início da cronometragem no meu relógio mas como o Daniel tinha tido esse cuidado não me preocupei, seguimos logo por uma estrada de terra batida até cerca de 500 metros à frente onde começámos a encontrar a primeira dificuldade, uma longa descida em escadaria, que eu preferi fazer a andar, para não começar desde logo a massacrar os músculos. Um km mais à frente virámos para a direita num trilho que nos levaria pouco depois até à escalada de um monte que não deu epóteses à nossa boa vontade, subimo-lo a andar, embora ouvesse outros que teimavam em correr ali, a sua progressão não era superior à nossa.
Ultrapassada aquela dificuldade seguimos então por caminhos e trilhos espectaculares, o Daniel sentia-se como peixe na água, eu e a Otília já íamos com uma passada bem económica por forma a que o desgaste se desse lá mais para a frente, entretanto somos apanhados e ultrapassados pela nossa amiga e ultramaratonista Analice Silva que através de uma curta conversa nos disse que se sentia muito bem e seguiu. Passado pouco tempo fomos encontrá-la amparada a dois amigos que a auxiliaram, tinha caído de forma muito desemparada e queixava-se da zona do frontal, rapidamente verificamos que não ficaram mazelas e deu também para ver que do seu frontal irradiava uma luz muito ténua (razão pela qual deverá ter ocorrido a queda) e insuficiente para este tipo de competição, depois seguimos todos juntos até ao 1º abastecimento que estava aos 10kms. 
Ao fim de 10 edições pouco ou quase nada resta dos percursos então palmilhados, embora parte deles se mantenham por lá e em parte sejam integrantes dos locais agora percorridos, sempre bonitos e espectaculares, creio que apenas falhei uma das edições por lesão e esta por ser a última não poderia de forma alguma estar ausente. Muita coisa de facto mudou, a começar por mim, mais velho quase 10 anos e já com muitas limitações físicas para poder suportar as dificuldades impostas nos percursos, mudou também os perfis da prova, mudaram também os horários, mudaram também os números de participação dos atletas, mudou a qualidade dos apoios e abastecimentos (recordo por exemplo que na 1ª edição faltou a água exactamente porque no mesmo percurso também passava a caminhada e quando lá chegámos já não havia água para o último terço dos participantes, em alternativa bebemos o chá que lá havia), tudo ou quase tudo mudou para
melhor, principalmente a Organização, essa nunca conseguiu melhorar por uma razão muito simples, andou sempre no limite do máximo que poderiam fazer, melhor de ano para ano era impossível, por esse motivo conseguiram sempre cativar através da simpatia todos os que por lá passaram, pessoas simples e conhecedores profundos do meio em que se aventuraram desde a primeira hora, daí o verdadeiro sucesso desta variante da corrida da corrida à noite agora terminada e em transição para novo figurino, a todos bem hajam.
Nesta última edição nocturna realizada a 11 de Agosto de 2018 contei com a excelente companhia do Orlando Duarte na versão dos 23 kms, ambos limitados por problemas físicos que nos travam na ambição de querer fazer sempre melhor a cada oportunidade que nos aparece. Andámos sempre na cauda do pelotão, andando e correndo muito lentamente conforme as nossas articulações iam
deixando, mas sempre divertidos e com muito boa disposição, sempre bem vigiados pelo 2 vassouras que faziam questão de não nos perder de vista, a certa altura conseguimos ludibriá-los, enganámo-nos no caminho e quando regressámos já eles tinham passado, "foi a única forma de os fazer correr um pouco", mais à frente voltámos a encontrá-los e também a tranquilizá-los já que estavam preocupados por não saberem de nós, éramos os últimos e a prova principal não passava por ali. Com algumas dificuldades chegámos à meta situada no anfiteatro situado a norte no interior das muralhas do Castelo de Óbidos com quase 23 kms "andados" e com 5,01h de tempo gasto no percurso. Voltaremos, agora nas novas versões diurnas e até que as forças o permitam! Obrigado Orlando Duarte pela paciência e pela agradável companhia!