segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Cross/Trail da Laminha, 13 de Janeiro de 2019

Cross/Trail da Laminha, Mais uma manhã/tarde bem preenchida graças ao esforço do grande obreiro desta prova que já vai na 16ª Edição, sempre com o maior sucesso e com presença assegurada de participantes até ao limite possível que a prova comporta. O Vitor Ferreira com a sua simpatia cativa pelos melhores motivos quem o visita, mesmo até aqueles que se distraíram e não foram a tempo de se inscreverem na prova, e foram à volta de +-200, a compreensão é mútua e ambas desoladoras por não poder ceder aos pedidos e outros por não poder participar, ficando sempre a esperança de um até para o ano! Aos que têm a sorte de lhes calhar um dorsal podem observar o quão simples se transforma na prática conduzir e levar à prática uma competição de nível e competitiva como esta, nada de vaidades, nada de grandes inovações tecnológicas, nada de listas expostas para consulta prévia, nada de dorsais com controlo

electrónico, a fila alongou é certo no levantamento dos dorsais mas à hora de partida já estava tudo em ordem, o número de pessoas no secretariado era reduzido mas muito eficaz, (quase que me atreveria a dizer que o nº de pessoas no refeitório era superior a todos os que na prática deram apoio à prova, sem esquecer claro todos aqueles que estavam espalhados pelo percurso a ajudar os atletas a fazer o seu percurso. Uma prova simples organizada por um grupo de amigos de forma simples e sem complicações, está aqui a explicação porque é que esta prova é tão conhecida e que não consegue ano após ano satisfazer tantos pedidos para nela participar, uma prova que consegue reunir tanta gente e tantos amigos, muitos que há longos anos se habituaram a encontrar um pouco por todo o país nas mais variadas provas de Trail que se vão realizando, amigos que vêm de distâncias superiores a 300 kms ou mais apenas com o intuito de encontrar um abraço dos seus amigos, de matar saudades e de estar ao lado de um amigo valoroso como é o Vitor Ferreira, também ele um velho combatente das montanhas e muito solidário em muitas causas. Estive lá com parte da minha família, participei na prova dos 8 kms, tive a grata satisfação de acompanhar a Dália Leite na sua primeira prova de Trail dentro das minhas limitações, tive também a grata alegria de ver o meu neto David a estrear-se em provas de Trail participando na Caminhada com a mãe, tive o grato prazer de encontrar e abraçar tantos e tantos amigos que já a algum tempo não via. 
É verdade hoje não estou para falar de mim mas sim para homenagear o amigo Vitor Ferreira e a sua persistência em manter de pé uma prova cuja originalidade na atribuição de prémios e organização é única, ninguém saiu de lá rico pelo valor do prémio que ganhou, a não ser o simbolismo que representa cada prémio ali conquistado pelo seu esforço, de resto, todos trouxeram a sua lembrança que sabemos foi dada com muito carinho, não só da organização mas de todos os que contribuiriam para que este evento tivesse o devido relevo que merece.
Por fim, salientar que aqueles 81 minutos que andei dentro daquela mata cheia de túneis, naqueles trilhos bem limpos e estradões que permitiam aos mais capazes esticarem bem as pernas foram de uma satisfação enorme, num novo percurso que ainda não conhecia e que fez as delícias de todos nós Obrigado campeão, obrigado Vitor Ferreira.




  

Trilhos Picos do Açor, 16 de Dezembro de 2018

Arganil, Picos do Açor.
Estreia de mais uma prova de Trail no calendário nacional, agora por iniciativa do atleta André Rodrigues e mais um grupo de amigos com o apoio da comunidade da Comarca de Arganil.
A iniciativa constava de duas provas de 30 e de 10 kms e uma caminhada, também de 10 kms num cenário que decorreu numa parte da Serra do Açor num piso muito difícil e com inclinações agrestes, quer a subir quer a descer.
A minha prova foi disputada na distância de 10 kms, caminhada, com partida um pouco depois da prova da mesma distância dos 10 kms. Levei 2, 20h. a fazer o percurso, na parte inicial ainda corri um pouco apoiado nos bastões, era em estrada e logo que abordámos a serra comecei a andar e nunca mais corri, não porque não me apetecesse mas sim porque quando abordei a serra o gémeo da perna esquerda já vinha com dores ligeiras fruto de um problema que surgiu na 4ª feira anterior e que me levou a parar com os treinos. Poupei ao máximo a perna não forçando no andamento nem forçando o gémeo a grande esforço, assim consegui ultrapassar aquele infindável lote de escadas que nos levaria ao alto onde estava a
Ermida com vistas espectaculares em seu redor. Dali para a frente apenas me surgiu uma dificuldade maior, precisamente a descida após a passagem pela Ermida, muito técnica e perigosa, tinha chovido de noite e havia muita lama, com a passagem de dezenas de atletas à minha frente aquilo transformou-se num grande lamaçal levando a que a descida tivesse de ser feita com cuidados acrescidos, depois eram trilhos e estradões bem abertos a convidar a correr e a andar com a melhor das satisfações possível, infelizmente como não podia correr limitei-me a caminhar o mais rápido mas sempre nos limites possíveis para evitar o agravamento da lesão. A chegada foi espectacular, precisamente no interior de uma fábrica de cerâmica já desactivada e recuperada pelo Município local, passagem pelo interior dos túneis onde era feita a secagem da cerâmica ali produzida cuja meta nos aguardava mesmo à saída dos túneis com direito à passagem pela passadeira vermelha ali estendida para nos receber.
Espero que o André mantenha a aposta para este ano porque espero voltar recomendando apenas para que a restauração local nos acolha de portas abertas, coisa que desta vez não aconteceu, pelo menos no dia anterior à prova!