domingo, 29 de janeiro de 2012

Ultra Trail dos Abutres, Serra da Lousã, Miranda do Corvo

Hernâni, Paulo, Filipe e J.Adelino
Na 1ª Edição dos Abutres realizada em 2011 parti sozinho à procura de uma aventura que sabia ser de alto valor dada a experiência acumulada dos seus promotores, homens calejados da Montanha e que adquiriram conhecimentos e saberes para colocar ao serviço dos amantes das provas de Trail. Foi simplesmente espectacular. Na 2ª Edição realizada no passado Sábado dia 28 de Janeiro de 2012 confesso que é difícil encontrar palavras para adjectivar a sua qualidade, simplesmente fantástico. Desta vez levei comigo mais 3 elementos do meu Clube, Amigos do Vale do Silêncio, 2 deles a preparar a sua estreia na Maratona de Sevilha daqui a 3 semanas e um outro que adora correr na Montanha mas que é dificil encontrar um tempo certo para as preparar. Chegámos a Miranda do Corvo na véspera pelas 23h. e depois de termos passado pelo Secretariado da prova fomos para o Pavilhão dos Bombeiros onde pernoitámos. Sabia que no dia seguinte e pouco depois de ser dada a partida iríamos passar pelo Parque onde se encontram em cativeiro muitos animais, alguns deles em vias de extinção, e que eu tinha muita curiosidade em ver ao vivo. Mas antes de lá chegar ainda tive de enfrentar durante a noite uma coisa parecida com a Savana Africana, a partir da Meia-Noite e depois de apagar as luzes do Pavilhão não tardou muito a ter início uma sinfonia que ecoava e se ouvia nos quatro cantos daquele espaço, lembrei-me logo dos leões e outros animais selvagens que ocupam o seu espaço e através dos seus rugidos fazem sentir a sua presença fazendo-se ouvir e intimidar os seus adversários, ás páginas tantas ao canto direito e ao pé de um simpático "Tigre" ouvia-se o cantador mor, conseguia sobrepor-se a todos os outros, ao meu lado direito uma simpática leoa tentava de vez em imitá-los, creio que o seu amado ali a seu lado através de alguns toques lhe teria dito que aquela guerra não era dela, no canto esquerdo a concorrência vinha do lá de lá da Fronteira a querer dir-nos que o Parque Donana estava ali bem reprentado e que queriam deixar bem vincado que podem competir com os demais estejam eles onde estiverm, do meu lado esquerdo estavam os do Vale do Silêncio que em vez de respeitarem o afamado nome que transportam se decidiram juntar à festa, o do meio tinha tomado uma vitamina para dormir descansado não se importando com as consequências de tal facto, tendo os seus rugidos rivalizado com os demais, nem duas ferraduras atiradas ao lombo foram suficientes para o demover, mesmo a meu lado cantarolava uma rola, destoava de todos os outros, gentilmente abeirei-me dele mudei-lhe a posição e pôde finalmente descansar sem mais atritos de maior, mas fiquei com pena pois de todos era o que cantarolava melhor. E eu, enfiado dentro do saco procurava proteger-me do intenso frio que por ali existia, contrariado divertia-me com a situação pelo espectáculo que estava a assistir, no entanto não conseguia dormir e assim me mantive toda a noite, não queria também juntar-me áquela orquestra sinfónica e assim fiquei até perto das 7h quando comecei a preparar-me para a prova, provavelmente já ninguém se importava do que tinha havido por ali durante toda a noite, já só tinham um pensamento, preparar e participar naquele magnífico espectáculo que se iria iniciar dentro de alguns momentos. CONTINUA...
Algumas fotos

4 comentários:

Anónimo disse...

Parabens grande adelino pela boa reportagem...um dia talvez quem sabe eu tente esperimentar esta tua"nossa aventura" um grande abraço continua sempre com essa tua boa disposição.
Antonio Fernandes

Susana Adelino Pinto disse...

Estou a gostar :)) espero pela continuação! Beijos

Anónimo disse...

Parabéns por mais uma aventura, continuação dessa garra meu "pára".
Abraço,
António Almeida

João Paulo Meixedo disse...

muito poético, o meu amigo :)