sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Trail de Alenquer, 28 de Dezembro de 2014

A minha chegada
O Trail de Alenquer realizado no passado dia 28 de Dezembro e em que participei veio pôr cobro a um interregno de competições de quase 1 mês forçado devido à sobrecarga de kms realizada nos últimos 100 dias do ano. Os trails de Barcelos e de Barrancos (120 kms no total) no espaço de uma semana causaram efeito negativo tendo por isso de gerir a capacidade física tendo como único objectivo participar no Trail de Alenquer onde já estava inscrito e por ser um local bem perto da minha terra, Aveiras de Cima e organizado por amigos companheiros do trail.
Por estes factos não participei em nenhuma S. Silvestre de fim de ano
A chagada da Susana
(exceptuando "a pirata" realizada em Monsanto na noite de 26/12), creio que em 27 anos é a primeira vez que falto a esta corrida, contudo estive presente nos Olivais a assistir e a apoiar os amigos na noite de 30 de Dezembro. 
O trail de Alenquer veio colocar um fim a uma época que já vai muito longa, ela começou em Janeiro com o Laminha e terminou agora em Alenquer, a escassos 14 dias de voltar ao Laminha onde se vai iniciar nova época de trail. Isto é, não há descanso para quem adora correr na montanha e nos trilhos, noutras valências da corrida ainda é possível intercalar algum descanso na época do Verão, aqui já não é assim, a força do trail está
A chegada do Vitor Pinto
espalhada por todo o ano cuja distribuição de provas é muito equilibrada permitindo assim a cada um escolher entre as provas mais "pequenas" e as de maior quilometragem que lhe interessa. Nesta fase de início de ano vai ser necessário algum discernimento na escolha das provas a realizar, pela minha parte parece-me que esse discernimento já começou a falhar, querer realizar duas provas acima dos 100 kms no 1º 
semestre parece-me exagero mas o meu sentido não me deixa fugir dali e a única forma encontrada foi fazer a inscrição e esperar que depois a força de vontade aliado a um razoável estado físico ajudem a finalizar os principais objectos para o novo ano que agora começou.
O prémio sorteado, uma mochila Salomon
Como era de esperar o trail de Alenquer correu-me bem, o treino "pirata" de Monsanto 2 dias antes deu alguma embalagem mas estava dorido, principalmente os joelhos, para ajudar à festa a prova praticamente começou a subir um conjunto de escadarias que parecia nunca mais ter um fim, aí o joelho direito cedeu e tive de subir sempre a andar, depois foi aproveitar as partes mais acessíveis para correr deixando as subidas para caminhar e recuperar algumas forças. Os trilhos estavam em muito bom estado, a lama ou barro era muito consistente, em alguns casos parecia cola, ajudando a aderência nos sítios de maior dificuldades quer nas subidas quer nas descidas, claro que se chovesse a sério
Rui Pacheco, vencedor da prova
aquilo iria complicar-nos a vida, os chuviscos que caíram apenas serviram para nos refrescar já que o frio que estava, no meu caso, era insuficiente. 
Ali não foi preciso inventar nada, os trilhos existentes eram suficientes para fazer uma prova com o dobro dos kms, trilhos com passagem por locais muito bonitos em plenas serras com cobertura de matagal tal como eu gosto, as marcações estavam a preceito tal como mandam as regras, sempre visíveis, vê-se que quem idealizou e marcou a prova é profundo conhecedor das técnicas a desenvolver para organizar uma prova deste tipo e dar aos atletas a confiança necessária para desenvolver o seu esforço. E foi o que fiz, exceptuando os
Excelente serviço de apoio, aos 20 kms
"engarrafamentos" iniciais (que até serviram para recuperar algumas forças) a prova foi sempre corrível conforme as capacidades de cada um, para os meus companheiros de viagem e de clube a satisfação era geral, o Rui Pacheco ganha a prova, a Susana Adelino, minha filhota, participando na prova de 12 kms foi 6ª da geral feminina veio de lá contente com a sua prova e com um prémio valioso e que será um estímulo para o seu futuro no trail, o Vitor Pinto considerando as suas dificuldades de 
treinar fez também uma excelente prova dentro das suas expectativas  iniciais.  A minha prova só começou a entrar nos eixos a partir aí dos 6 kms,
Descida acentuada
a escadaria os engarrafamentos e o sobe e desce constante do início contribuiu para que só a partir dali começasse a soltar mais, é o habitual e não se pode dizer que nas outras provas é diferente, para quem treina com médias a rondar os 6,5 minutos por km não pode aspirar a ir para as provas e correr depois a 6 a menos minutos por km. Assim aos 6 km já tinha 
gasto 60 minutos, tendo aos 12 kms gasto 57 minutos provavelmente devido a uma melhoria do terreno que percorremos, aos 18 kms marcava 50 minutos, aqui aproveita-se a descida que ligava a parte mais alta do percurso até ao plano mais baixo, daí a melhoria do tempo das parcelas de 6 kms, para os restantes kms 4,300 kms foram gastos mais cerca de 40 minutos, perfazendo 3,30h para os 22, 300 a uma média razoável de 9,26m por km.
Resta-me agradecer à organização as excelentes condições que nos ofereceram para participar na prova, e pelo excelente convívio final que ofereceram a todos, creio que a demora na distribuição dos prémios se deveu
A sopa no final da prova, excelente
aos lamentáveis actos de banditismo que ali ocorreram durante a noite dificultando assim o trabalho final da organização tão arduamente preparado ao longo de bastante tempo, recebam pois por isso a minha solidariedade.
O Laminha e os Abutres estão aí na calha para este mês, num novo ano em que sonho ainda voltar a bater o recorde de kms deste ano em competição, (1075 kms), destes, 120 foram percorridos em estrada.

1 comentário:

Jorge Branco disse...

Mais um excelente prestação num ano extraordinário.
E o ano novo promete mais grandes feitos do MESTRE Joaquim Adelino.
Vamos ver se em termos políticos se consegue mudar alguma coisa no caminho de um Portugal mais igualitário e fraterno.
Forte abraço e bom ano MESTRE!.