terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cross da Laminha 12 de Janeiro de 2014



1ª prova realizada em 2014, o Cross/trail da Laminha é como habitualmente o início do ano em provas em que participo em cada ano, já tinha estado em Almada no treino noturno pirata na distãncia de 15 kms no dia 3 de Janeiro e daí para cá parei de correr devido a uma gripe que me impedia sequer de sair à rua. 2/3 dias antes da Laminha já podia treinar um pouco mas decidi não fazer nada e aguardar o que a corrida me iria fazer.
Pelas informações que iam chegando do local da prova tudo apontava para que existissem as condições ideais e normais que já conhecemos da prova para que ela fosse mais um êxito. Todos os participantes e foram mais de 400 já sabiam ao que iam e foi com grande satisfação que enfrentaram a prova e todas as incidências que iam encontrando ao longo do percurso, dada a proximidade em que corremos ao pé uns dos outros, já que aquilo é um autêntico labirinto era possível ouvir a festa que se ia desenrolando à frente, ao lado ou mais atrás, era o lamaçal e os lençóis de água que cada um ia ultrapassando que servia para cada um se expressar à sua maneira, mas sempre da boa disposição. Pode parecer que correr naquelas condições é agradável mas não é, o frio era intenso e os pés gelavam mas por nenhum momento vi atletas a tentar arranjar caminhos alternativos para fugir, não, iam a direito, até porque se fugiam de um logo ali mais à frente logo aparecia outro obstáculo pior que o anterior, isto claro sem falar dos autênticos ziguezagues que nos apareciam na mata e no matagal não permitindo grandes ritmos, mesmo para os mais fortes, porque sempre se corria o risco de despiste e com as consequências de quedas e arranhões inevitáveis. 
A prova para mim foi a que melhor idealizei, sem treinos e conhecedor do nº de atletas inscritos sabia que partindo de trás faria uma prova tranquila, encontrei até metade da prova filas provocadas por pontos mais difíceis de ultrapassar e onde havia ajuntamento, dava para descansar e recuperar algumas forças mas era notório a falta de preparação, como as subidas são muito curtas e o desnível é reduzido deu para fazer a prova no tempo previsível previsto, ali nunca andamos sozinhos, à frente ou atrás vem gente, por ali perto ouvem-se muitos atletas a conversar sem os vermos, as marcações estão impecáveis a juntar aos carreiros deixados pelos atletas da frente que são inconfundíveis, as mensagens escritas deixadas por ali espalhadas no terreno dão-nos aqui e ali vontade de rir, outras avisam-nos da presença de vários perigos que vamos encontrando e assim todos íamos avançando com a noção exata daquilo que cada momento íamos ultrapassando, para outros o inevitável também acontecia, as quedas eram uma constante pois o terreno e a parte rochosa era escorregadia e nem sempre era possível evitar a queda.
Os lagos artificiais e os rios que íamos superando dava-nos uma certa satisfação, por mim isso foi relativo até que caí enrolado dentro de um lago cheio de água lamacenta, andei de gatas para perceber o que me aconteceu, depois levantei-me e vi que não tinha qualquer ferimento, limpei-me como pude pois havia mais lama do que água e não dava para ficar limpinho, logo atrás de mim uma amiga seguiu-me as pisadas e foi provar o mesmo chão que eu e saiu de lá tão fresca quanto eu, uma risada geral. Eu aguardava pela passagem num túnel mas confesso que nunca o vi, pelo menos era esse a indicação que havia mas aos 13 kms calculei logo que não ia haver túnel, foi pena pois estava à espera dele para uma 1ª lavagem ao estado em que eu ia, apareceu-me sim um pequeno riacho onde tive de percorrer aí uns 5/6 metros com água a quase a chegar ás misérias mas também ia muito barrenta fiquei na mesma quanto a limpezas. Pouco depois começa a desenhar-se a saída da mata para dar lugar àquela rampa final que fiz a andar para não variar, a 50 metros do final da subida arranjei força e corri até à meta, altura em que começa a chover, que pena, era lá na mata que eu gostava que ela caísse, era certo que ia complicar o piso mas perdoava-lhe pelo bem que ia saber.
No final percorremos 14,030kms contra os 15kms anunciados pela organização, se calhar o Vitor Ferreira cansou-se de andar atrás do coelho e acabou por deixar o túnel para trás, resultado foi um km a menos. o tempo final foi melhor que o previsto: 2,13,49h. mais 4 segundos do que o realizado o ano passado, mas pelos meus registos de então a prova deu-me 15,330kms, não sei onde cortámos desta vez.

Classificações

1 comentário:

Jorge Branco disse...

Cá está uma das poucas provas que pode ser que ainda me leve um dia a correr com dorsal (sim que sem ele ainda vou dando as minhas corridas),
Só tenho é medo de perder os sapatos no lamaçal! Além de não querer correr descalço a "troika" cada vez me dá menos dinheiro para o equipamento. Qualquer dia já tenho de escolher por onde corro em função de poupar o equipamento!