segunda-feira, 22 de abril de 2013

Trail de Vale de Barris.

S.Mamede próximo dia 18/19 de Maio, será o seguinte Ultra Trail de Montanha programado para este ano, por isso vou procurando fazer o Circuito de trail, curto e longo, no sentido de treinar as longas distâncias que permitam fazer os 100 kms sem dificuldades de maior, ou pelo menos que em comparação com o ano passado não sinta tantas dificuldades em chegar à meta.
Foi por isso que hoje fiz o Trail de Vale de Barris na distância de 30 kms, dos 4 já realizados creio que falhei um por lesão, (estive lá há 2 anos mas não corri), e creio também que foi o mais duro de todos eles, penso eu e o Paulo Mota também é dessa opinião. Foi uma prova muito bonita confirmando aquilo que os amigos das Lebres do Sado já nos habituaram ao longo destes anos, 4 edições 4 trajectos diferentes, a Serra da Arrábida tem de facto muitos percursos alternativos e torna-se fácil fazer o tracejado para cada edição da prova, a distância têm-se mantido mas a dificuldade para os atletas parece que tem aumentado todos os anos, daí que os meus planos por vezes saem feridos pelo excesso de dureza que vou encontrar e tenho de o vencer.
Estive presente em Vale de Barris com o Diogo Branco do meu Clube, Amigos do Vale do Silêncio, não sei como lhe correu a prova o que sei é quando cheguei ele já tinha ido embora, por calculo que tudo correu bem para ele, para mim aquilo tornou-se penoso a partir dos 20 kms, continuo com muita força nas pernas mas os pés têm fraquejado, dá a sensação que tenho os pés abertos pois doem a meio no seu interior, isto não deve ser alheio ao facto de no último mês e meio ter efectuado duas provas de 30 kms, uma de 42 kms e outra de 52 kms, não contando naturalmente com os treinos que têm sido fraquíssimos, por isso a partir de determinado ponto da prova, a condizer com a ascensão ao ponto mais alto da Serra, as coisas complicaram-se ainda faltava percorrer mais 10 kms. O piso sinuoso de sobe e desce acrescido das sucessivas curvas e contra curvas muito fechadas dentro da mata ajudou a colocar em dificuldades também as articulações dos pés e dos joelhos, nada que eu já não estivesse à espera, as muitas pedras, rochas e muito mato acabaram também por contribuir para me tornar a vida mais difícil, mas eu ia satisfeito apesar de tudo com a minha prova, era treino e nunca me preocupei com os tempos de passagem ao km, desde muito cedo que me apercebi que não ia chegar dentro do limite fixado pela organização (4,30h.).
Aliás assim que me disseram que o percurso ia ser diferente e mais duro previ logo que isso ia acontecer, não havia nada para disputar, todos os atletas corriam integrados em escalão único, isto é, sem divisão de escalões e por isso o importante era palmilhar aquilo e chegar sem mazelas de maior, as mazelas consegui evitar mas à mais pequena subida já me arrastava encostado ao pau (bastão), nas descidas mais bruscas e acentuadas não dispensava também os bastões pois eram um bom apoio para não sacrificar tanto os joelhos. Até aos 2 últimos kms o sobe e desce era a regra, depois foi quase sempre a descer e em bom piso até à meta, ainda tentei na reta da meta baixar da 5h mas por escassos 33 segundos não consegui (1,03h a mais que no ano passado), diferença que não se traduz por ser mais velho 1 ano mas também pela alteração quase total do traçado de então. A prova teve 30,360kms e o tempo final gasto foi de 5,00.33h.
Ainda cheguei a tempo de me juntar a tempo a alguns amigos para almoçar mas a maioria já estava de abalada, uma excelente feijoada justificou que ficasse por lá ainda bastante tempo  em confraternização com grandes amigos que por lá reencontrei.
 
Agradeço as fotos enviadas por alguns amigos

3 comentários:

Jorge Branco disse...

O que é que se pode dizer deste extraordinário atleta que despacha quilómetros, atrás de quilómetros sem nos tornar-mos repetitivos?
PARABÉNS!

Anónimo disse...

Companheiro
o caminho faz-se caminhando...rumo a São Mamede e quando falta um mês foi um treino à maneira.
Abraço,
António Almeida

Isa disse...

Mais uma bela aventura do Joaquim.
Parabéns!
E força para S.Mamede. 100 km é impressionante!
Um beijinho e boas corridas.