quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Corrida da Festa do Avante.

Ainda não tinham passado 12 horas do final do Trail Noturno de Vale de Barris em Palmela na distância de 15 kms e já estava eu e muitos mais que também lá estiveram, na partida da Corrida da Festa do Avante na Amora, mais propriamente na Quinta da Atalaia, local onde este ano se iniciou mais uma Edição desta extraordinária Corrida integrada nos festejos da Festa do Avante organizada pelo Partido Comunista Português.
Pela 4ª vez se conheceu um novo percurso desde que a Festa e a Corrida  se mudaram em difinitivo para as imediações da Amora, no Concelho do Seixal. Pode dizer-se que o espectáculo desta Corrida saiu beneficiado com a nova mudança no percurso, totalmente percorrido à beira Tejo e com uma marginal lindíssima bem convidativa a quem deseje por ali praticar qualquer tipo de desporto como ocupação dos seus tempos livres contribuindo assim para o seu bem estar, por uma saúde melhorada e de combate ao stress do dia a dia.
Em contra-partida não se poderá dizer que tudo esteve perfeito, piorou e muito a confusão habitual no local da partida, agora num local mais estreito e onde se confunde e misturam os habituais frequentadores da Festa e os atletas, são milhares de pessoas que quase se atropelam não permitinho que a maioria dos atletas inicie logo ali as suas capacidades de corrida, situação que começa a regularizar-se apenas a partir do 1º km. Na chegada a confusão ainda é maior com os atletas a partir do meio da tabela a terem muitas dificuldades em furar por entre atletas já chegados e cidadãos que por ali circulam e invadem a estrada destinada à passagem de quem ainda procura chegar à meta. Creio que se poderia resolver o problema com a colocação de grades naquele espaço de cerca de 500 metros enquanto decorresse a prova, com uma previsão de cerca de 1,30h. Todos tínhamos a ganhar, atletas e a Festa  e por certo o movimento da Corrida marcaria muitos pontos com a qualidade que se impõe e que sabemos poderá estar perfeitamente ao alcance dos responsáveis da prova.
Estive lá e participei, parti na 3ª metade do pelotão precisamente para evitar a confusão e o nervosismo, sim porque os da frente foram incapazes de aguardar na linha de partida que viesse a ordem  de iniciar a corrida, foram andando, andando, andando até que já não era possível voltar atrás, não só atrasaram a prova como se comportaram com grande indisciplina, tendo sido então dada a partida sem honra nem glória. Segui num ritmo adequado à minha condição física pois na véspera tinha estado a correr na Serra da Arrábida e sentia por isso algum cansaço nas pernas e dificuldades na respiração. Foi assim até virar a meio da prova mas logo aí verifiquei que a coisa ia agravar, os 31 minutos que levara a percorrer até ao barril (leia-se Rotunda) não seria possível manter para o regresso, e desde logo comecei a reduzir o andamento (quase a passo de caracol) alternando com períodos bem melhores conforme ia sentindo as pernas e os pulmões. Cheguei com 1,07h. isto é, mais 6 minutos que a primeira metade da prova, mas cheguei bem e isso era o mais importante.
Após o banho retemperador nas cabines do Amora F.C. a um preço aceitável mas não compatível com o local para o efeito, espaço exiguo e nada higiénico, onde se misturava num salve-se quem puder toda a gente, fossem atletas ou não.
Como é de tradição fizemos (eu, o Daniel e o Hugo) uma  visita à festa após as formalidades higiénicas onde fomos encontrar um saboroso arroz de polvo  e um apetitoso vinho tinto, tudo da Região de Setúbal. E haja saúde que me permita para o ano voltar a repetir tudo de novo.

A.M.M.A.

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