Na 2ª feira dia 17/11 quando já me encontrava prestes a terminar o meu treino (desta vez matinal) num percurso também diferente, Santa Iria, Sacavém e volta, pela variante junto ao Rio Tejo, apercebo-me que algo se passa quando avisto no horizonte perto de minha casa uma imensa e expessa núvem negra elevando-se para o espaço deixando-me apreensivo pois deixava transparecer que algo de grave estaria a acontecer. Pensei em muita coisa enquanto corria o mais que podia, (ainda estava a 3 kms.) pensei num atentado ao meio ambiente provocado pela queima de pneus, pensei na possível queda de um avião (ouvia-se muitas sirenes), enfim era a ansiedade que se apoderava de mim e que só ficou mais desanuviada quando cheguei a casa e a minha Mariana me disse que a nossa filhota Susana tinha ligado, estava de serviço nos Sapadores Bombeiros de Lisboa, a informar que tinha havido um acidente grave com um camião cisterna com gasolina para aviões na Auto-Estrada aqui bem perto de nós.
Logo de seguida a televisão dava conta de existir pelo menos uma vítima mortal do acidente.
Eu como estava cansado do treino e Santa Iria estava coberta pelo fumo negro e um cheiro pouco agradável resolvi ir tomar um banho e deixar que as coisas corressem o seu curso normal sem mais preocupações.
Ao final da tarde comecei a tomar conhecimento das graves implicações que este acidente teve aqui na nossa comunidade. O Lago do Parque de Via Rara a 500 metros de Santa Iria tinha sido invadido, através das condutas pluviais, pelo produto derramado pelo camião cisterna incendiado, e o que era mais grave é que se tinha incendiado levando ao pânico muita gente que por ali reside. De notar que dali até ao local do acidente existe uma distância de perto dos mil metros e que as cundutas vinham em chamas até chegar ao Lago onde foram controladas pelos bombeiros.
Só hoje visitei o Parque de Via Rara e o seu Lago e o que vi deixou-me triste: 3 camiões cisterna de prevenção no local, 2 depósitos de 500 litros cheios de combustível retirado do Lago, a água ainda cheia de espuma branca em resultado do combate ás chamas, os lagos mais pequenos e situados mais a norte estão vazios e era aí que existiam diversas variedades de peixes, que penso eu, acabaram por morrer. Eram a alegria da pequenada e também de todos os visitantes que acabaram assim por ficarem mais pobres.
A bola mais pequena mostra o local do acidente na Auto Estrada do Norte em Santa Iria da Azóia e a bolamaior o Parque cujo lago ficou destruído pelo combustível.
A imagem mostra já o lago em recuperação mas ainda é visível à esquerda a espuma utilizada pelos bombeiros no combate ás chamas.
O Lago ainda com pouca profundidade de água onde se pode ver ao fundo os efeitos da invasão do combustível e um camião cisterna de prevenção. Os patos e os cisnes sobreviveram.
Por baixo desta pequena ponte ficam os pequenos lagos onde existiam grande variedade de peixes e que morreram devido à intoxicação. É visível dois depósitos do lado esquerdo cheios de combustível retirados do local e mais uma cisterna de prevenção.
Vista geral do Parque onde é visível a permanência das 3 cisternas
que estão de prevenção para possível aparecimento de mais combustível através das condutas das águas pluviais.
Este combustível era destinado ao Aeroporto de Lisboa para abastecimento de aviões, agora vamos esperar para ver se a construção do novo Aeroporto de lisboa em Alcochete vai ser equipado com um sistema autónomo de combustíveis que evite este tipo de transporte.
1 comentário:
Parabens pelo post.. mas deixo uma recordação, passei 2 anos nesta pela Ponta de Portugal.
HINO DO PÁRA-QUEDISTA DE S.JACINTO
Oh doce brisa matinal
Exalta o Pára-quedista
Que já marcha no areal
Sua vida vai abrindo
Domina e conquista como um belo flamingo
Voa do céu sem medo e tem punhos de rochedo.
Sono perdido, manhã cedo
Vem o fiel Soldado distinto
É Boina Verde destemido
O Pára-quedista de S.Jacinto
Em cada gesto de memória
O Sol que brilha no areal inflama a sua história
Um só desejo um só corpo
A cumprir Portugal, Oh doce Brisa matinal
Sibila o canto sem segredo do Pára imortal
Sono perdido, manhã cedo
Vem o fiel Soldado distinto
É Boina Verde destemido
O Pára-quedista de S.Jacinto
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