segunda-feira, 1 de março de 2010

Terras de Sicó, uma corrida diferente.


Terras de Sicó, em Condeixa a Nova foi a 2ª experiência que tive em provas denominadas de Trails, a 1ª tinha sido no Tail Noturno de Óbidos realizada em 8 de Agosto de 2009. Por curiosidade nem faltou ali o Jorge Serrazina, um dos responsáveis da prova de Óbidas, com que a abençoar-me nesta 2ª participação em provas deste género.
Cheguei no Sábado, depois de termos ultrapassado um agressivo temporal ali bem perto quando circulávamos pela A1, como estávamos avisados que íamos passar por esta instabelidade seguíamos com a maior prudência e felizmente tanto nós como os outros viajantes conseguimos sair daquilo sem qualquer problema, o Elísio Costa estava ali comigo juntamente com o Mário Lima, os três contituíamos a equipa do "Pára&Comando" que irá servir de identificação ao longo do Ano em algumas provas que vamos estar envolvidos. Será um "empréstimo" do CCD de Loures a esta modesta equipa, sem pôr em causa a fedelidade que lhe nutrimos nem a nossa participação na maioria das provas do Torneio de Loures e outras onde estaremos colectivamente.
Ficámos numa Residêncial (previamente marcada pelo Costa) bem perto do local onde estava instalada toda a logística de apoio ao Trail "Serras" de Sicó, como eu e o Mário, contando com a compreensão do Costa, queríamos ver o Jogo Leixões-Benfica procurámos, logo que levantámos os dorsais, encontrar local para jantar e não foi difícil, tendo todo o grupo no final do mesmo ficado com a impressão que as gentes daquela bonita terra sabem receber os seus visitantes, tal a maneira como fomos simpaticamente tratados.
Na Residêncial, após terminar o desafio de futebol pelas 23 h. dicidimos iniciar de imediato o merecido descanso, dormindo. Mas como todos sabem isto não se decreta, acontece, cada um tinha a sua cama e o 1º que adormecesse saía-lhe a sorte grande, todos os que ali estavam gostam de coser feijões em panela de alta pressão, e um de nós, que não eu, ao fim de 5 minutos já fervilhava alto e bom som a boa nova do sucesso e bom funcionamento da sua panela. Os 2 restantes ficaram de vigilância as duas primeiras horas seguintes à espera que a cosedura terminasse, mas foi por pouco tempo, o feijão era rijo de mais e o nosso subconsciente acabou por ceder a espaços bem curtos a um pouco de sossego, ainda que só pelas 8h. da manhã de Domingo se deu por concluída aquela infindável forma de imitar a alta pressão em voz rouca (para dentro e para fora) sem descanso quando fomos abruptamente acordados pelo despertador e quando estávamos finalmente a ter um pouco de paz.
O pequeno almoço foi-nos servido numa excelente Pastelaria, ali mesmo em frente à Cãmara Municipal, e não perdi a oportunidade de atestar bem pois sabia que pelo menos durante 4 horas ia estar a água, laranjas e bananas e que o almoço só seria absorvido lá pelas 15 horas, se chegasse a tempo, claro.
No Local da partida foi tempo de encontrar os amigos, os actuais e os virtuais se fosse possível, muitas caras conhecidas, dos blogues de Atletismo e também de amigos com quem vou fortalecendo laços de amizade e que de uma forma ou de outra estão ligados ao Fórum Mundo da Corrida e respectiva Associação, dos quais destaco, sem desprimor seja por quem for, do Eduardo Santos (Administrador) a Margarida, Carlos Fonseca e o José Magro.
O dia estava bonito mas foi arrefecendo até à hora de partida, a ponto de me obrigar a vestir uma t-shirt de manga comprida personalizada para me proteger, existia também alguma ansiedade, não só pela noite má dormida mas também pelo desgaste que eu já vou acomulando, nomeadamente pela Maratona de Sevilha que tinha feito há 15 dias.
Até ali tinha corrido tudo lindamente, a organização (muito profissional, e sem salário) tinha tudo planeado na perfeição, da entrega dos dorsais ás recomendações sobre como as coisas iam decorrer e passando também pela atenção que o Eduardo Santos nos dispensou no Sábado quando lá chegámos, augurava um dia de Domingo bem passado ali naquelas terras, vales e montanhas na presença de centenas de amigos e apaixonados por estas aventuras saudáveis.
A prova, como já foi relatado por alguns amigos, foi espectacular em termos de percurso mostrando a beleza de um local completamente estranho para mim, mais de 99% do percurso foi feito por estradões e carreiros de terra batida e pedras, algumas das quais com alguma dimensão e escorregadias a requerer sempre a maior atenção possível. Apesar dos avisos dados antes da partida para a perigosidade da situação ouve um ou outro que assentaram o trazeiro no chão, todavia sem qualquer consequência física.
Louvar aqui o extraordinário apoio que tivemos durante o percurso, abastecimentos em pontos cruciais e em quantidade, cuja média encontrava-se entre os 4 e os 5 kms. Mesas bem recheadas de água, em garrafas e também dispostas em copos, laranjas, bananas, queijos, sumos em alternativa e muita, muita simpatia por parte dos colaboradores e amigos do Mundo da Corrida que estiveram envolvidos e puseram de pé esta belíssima competição. Decerto muitos outros e muitas organizações a nível local também estiveram envolvidos e sem eles seria bem mais difícil pôr este edefício de pé.
A minha prova foi aquilo que eu já esperava, penosa, e agravou-se este sentimento a partir da altura em que começámos a subir... 100 metros mais à frente do local da partida.
Ainda assim consegui correr até ao 1º abastecimento que estava um pouco antes dos 5kms, raramente percorremos terreno plano, o encanto deste tipo de provas está exactamente aqui, subimos, subimos e nunca imaginamos o que está para além do ponto mais visível, daí a cautela ter de estar sempre presente. Aquele pequeno "rebuçado" inicial depressa se diluiu e as grandes dificuldades começaram a aparecer, logo a partir do 1º abastecimento o trilho levou-nos dos 140m de altitude para os 331m em apenas 2,5kms, por mim foram feitos a andar mas acredito que os homens da frente tivessem conseguido fazer aquilo sempre em passo de corrida, no alto desta montanha descemos novamente à cota 230m para de seguida voltar a subir para os 400m num percurso naturalmente acidentado na distância de 5kms. Aqui já estávamos sensivelmente a meio da prova, a Otília tinha chegado ao pé de mim perto dos 10 kms e por ali se manteve, ás vezes à frente, outras mais atrás, passa também o Nuno Cabeças por mim e mete-se comigo, vai ali um pouco mas depressa segue o seu caminho, um pouco antes tinha perdido a companhia do Elísio Costa e depois também do Mário Lima, fiquei mais confortável, assim não tinha de ir de afogadilhos e a fazer uma coisa que sabia me iria prejudicar lá mais para a frente
É a partir dos 15 kms que começam as maiores dificuldades para mim, o sobe e desce não tem fim (excepção feita aos 100m finais mas que ainda estavam muito longe) e começo a ter problemas nos joelhos com as constantes descinas com um grau de inclinação muito elevado e também com o piso irregular aos quais os meus pés não se conseguiram adaptar (talvez os ténis que usava não fossem os mais adequados, um eterno problema). Aos 16.3kms volto a descer aos 290 m para logo voltar a subir até aos 4o2m de altitude em apenas 1.700m. A partir daqui todas as subidas com alguma inclinação eram feitas a andar e logo que surgisse terreno mais favorável eu aproveitava para correr mais um pouco pois ainda me ia sentindo bem, as descidas eram feitas muito lentamente pois os joelhos já estavam a fraquejar bastante. Entretanto a Otília tinha ficado para trás sem eu me aperceber e voltou a apanhar-me no abastecimento dos 20kms. A partir daqui não mais nos separámos, (penso que por gentileza dela, o que muito lhe agradeço) talvez por consideração (não precisava) por aquilo que partilhámos no Trail Nocturno da Lagoa de Óbitos o Ano passado.
Apesar das marcações estarem bem visíveis numa ou noutra situação se não tivesse a companhia da Otília eu ter-me-ia perdido pelo menos duas vezes, sei que ouve corredores que tiveram pequenos erros, um deles foi o Nuno, mas de certeza que foi uma pequena desatenção que provocou os enganos.
A partir dos 20kms descemos da cota 347m para os 203m para um percurso de 3kms, mais suave que anteriormente mas ainda assim fazia-o muito lentamente, a Otília descia bem e eu depois voltava a alcançá-la na subida seguinte, e foi assim até final percorrendo nesta altura as encostas das serras onde se podia observar já a aproximação ao ponto de partida em Condeixa a Nova.
Fizemos o tempo de 3,49,52h. para a distância de 30,760kms, à média de 7,28m por km.
Na chegada tive o grato prazer de conhecer o António Bento (O Tartaruga), uma promessa que que me tinha feito e que fez questão de concretizar agora.
Dada a falta de adaptação a estes terrenos, no final não só os joelhos se queixavam, os pés começaram também a ter câimbras com muita frequência e algo dolorosas, apenas o banho retemperador e a feijoada que nos foi servida conseguiu que este problema fosse minimizado e depois resolvido. Agora está tudo bem.
Domingo que vem vou estar também nos Trilhos de Almourol, são 35kms mas a otília disse-me que aquilo era um pouco mais suave, fingi simpaticamente que acreditei, eu fui tropa ali junto ao traçado da prova e conheço aqueles terrenos, mas uma coisa eu sei, não existem ali serras com uma altura de 400m e onde se tem de subir e descer varias vezes.
Espero que Sicó se mantenha no Calendário de provas, se possível com o mesmo traçado, desta vez se algo não correu bem a responsabilidade é só minha e nada tenho a apontar seja a quem for.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sevilha ainda está fresquinha e não é para esquecer tão depressa, aqui deixo mais algumas recordações: O Vídeo da chegada e fótos na passagem à Meia Maratona e na entrada do Estádio Olímpico, já em plena pista.

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Venho de t-shirt vermelha e boné amarelo e um pouco encoberto

Entrada no Estádio Olímpico com as pernas tingidas de vermelho

À passagem da Meia Maratona, ainda vendia frescura


O Costa (de amarelo) excelente companheiro da Maratona



A chegada do Elísio Costa à meta, parece que ainda fresquinho.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Légua do Infantado, uma gota de água!



Já se torna complicado correr provas pequenas, 5 kms (uma légua) cansa mais do que correr uma Maratona, sim porque correr uma Maratona não cansa, existe sim um desgaste físico permanente que nos vai diminuindo conforme a corrida se vai aproximando do fim. Esta Prova no Infantado, ali ás portas de Loures, na distância da Légua estava no Calendário do Troféu Corrida das Colectividades do Concelho de Loures, Época de 2010.
Uma Semana após a Maratona de Sevilha pouco havia a esperar de mim, ainda assim aproveitei para após o primeiro km colocar mais velocidade no andamento, rapidamente percebi que o organismo tem dificuldade em acompanhar aquilo que os membros inferiores ainda são capazes de fazer, mas segui nos limites os restantes 5 kms da prova.

No final o meu Garmin assinalava 5,110kms para uma marca de 25m e a média a assinalar os 4,56m por km. (A Maratona tinha sido feita a 5,34m a média por km.)

Por aqui se pode aferir com segurança que as provas pequenas não são nada favoráveis a corredores como eu, idade avançada e sem ritmo, mas encaro isto com normalidade, se fosse ao contrário então teria razões para me preocupar, assim direi que venham provas daquelas complicadas que é onde me sinto mais à vontade.

A minha rapaziada que me acompanhou portou-se toda bem, com destaque para a Susana que me surpreendeu com a sua vitória no sector femenino e com uma marca a rondar os 18m não fora os 110 metros que a prova tinha a mais, começa a adquirir a boa forma e este resultado é bastante animador.

Segue-se agora as Terras de Sicó na distância de 30 kms já no próximo dia 28 de Fevereiro, onde a Equipa Pára&Comando estará representada pelo Eurico Charneca, Elísio Costa, Mário LIma e eu próprio. São atletas
emprestados pelo CCD de Loures para esta prova.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pára&Comando, Obrigado Mário



O nosso amigo Mário Lima tem destas coisas, no seu blogue fez-me uma surpresa que deveras me emocionou.
Não posso de maneira nenhuma deixar passar esta oportunidade para salientar aquilo que eu já referira à algum tempo, ele andou um pouco escondido destas andanças e sob a capa de um mouro ao mesmo tempo que ia criando bagagem e conteúdo para quando se apresentasse aqui ás tropas blogueiras trazer algo de novo para que os nossos Generais o acolhessem como um bom soldado. O certo é que o Mário dicidiu, talvez inspirado nesta metáfora, brindar-me e a ele também,com uma homenagem que me sensibilizou imenso a ponto, devo confessá-lo, de me emocionar.
A guerra de Angola em que estivemos envolvidos foi marcante e onde corremos de facto risco de vida, e não é necessário muito para quebrarmos quando isto nos aparece assim pela porta a dentro.
Convido a quem ainda não viu esta expectacular postagem do Mário Lima no seu Blogue hojecorroeu que o visitem e se apercebam o porquê de este amigo desde que chegou não pára de criar simpatias e amizades.
Desculpa amigo Mário a clonagem que tive de fazer mas acho que merecias manter-te à mesma altura do que eu, mesmo separados apenas por algumas palavras.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Maratona de Sevilha



Sevilha confirmou mais uma vez o que é a arte de bem receber, rigorosos é certo, mas onde as coisas se desenvolvem sem que praticamente tenhamos de perguntar seja o que for. Somos guiados numa sequência impessionante desde que entramos naquele imponente Estádio Olímpico até nos apresentar-mos na linha de partida passando por todas as fases de preparação: WC, vestir equipamento adequado à corrida, entrega de sacos para o banho à chegada, aquecimento, tudo dentro das naves do Estádio e falamos de mais de 3 mil maratonistas.
Já na véspera tinhamos sido obsequiados com um almoço de Pasta Party como é habitual em grandes eventos (excepção feita à Maratona de Lisboa na Edição de 2009, inacreditável) num espaço gigantesco situado na Isla Mágica (Ilha Mágica) antigo espaço que serviu de palco à Grande Esposição de Sevilha em 1992.
Por isso só posso estar satisfeito por ao fim de 6 deslocações a Sevilha para correr continuar a elogiar a forma sempre profissional como em todos os eventos os espanhóis se esforçam para que nada falte aos corredores.
A manhã de Domingo estava fria, dizem que 2 graus positivos, mas eu praticamente não o sentia provavelmente por estar um pouco ansioso a aguardar que fosse dado o tiro de partida. Estive sempre acompanhado, desde o aquecimento, pelo meu colega de equipa Elísio Costa e fizemos questão de fazer a prova juntos até onde isso fosse possível. Antes da partida procurámos o marcador das 4 horas que era antes da partida um dos objectivos possíveis para a minha prova. Com a confusão da partida depressa ficámos para trás pois o túnel de saída dos atletas é bastante estreito e só a poder de um ritmo bastante forte conseguimos recuperar e chegar junto do marcador das 4h. era fácil de identificá-lo pois levava um balão bem lá no alto. Ficámos por ali até por volta dos 5 kms iniciais, como os encontrões iam-se sucedendo eu e o Costa fomos um pouco mais para a frente e comecámos a rolar a uma cadência entre os 5 e os 5,15 ao km e afastámo-nos do Marcador. Aos 10 kms passei com 53,37 e sentia-me muito bem e a companhia do Costa era excelente pois de km a km eu ia vendo a regularidade dos tempos, depois, também tivémos ótimos abastecimentos a cada 2,5kms. Os 15kms foram ultrapassados com 1,20,10h. com um ritmo idêntico e ainda bem confortável, do Costa nem um queixume, seguimos e em breve chegámos à Meia Maratona com 1,54h. (tempo oficial 1,56h.), encontráva-me com uma margem de 6´que me iriam servir de almofada lá mais para a parte final quando as dificuldades maiores começassem a dificultar-me a tarefa. Aos 30kms passei com 2,41,14h. sentindo já algumas dificuldades e rolava já à média de 5´30 km e foi a partir daqui que o Costa começa a sentir-se melhor e vai avançando na companhia de outro atleta que entretanto se juntara a nós, mas consegui manter o ritmo e segui sempre com eles na minha visão, sinal de que conseguia manter, também eu, o ritmo. A partir dos 20 e a cada 10kms tive o cuidado de ingerir um gel sempre que encontrava o abastecimento de água respectivo, neste campo pode-se dizer que a organização podia estar melhor, apenas colocou pedaços de laranja à nossa disposição, mesmo assim não lhe toquei, faltou ali uma banana, e um cubo de mermelada em alternativa para que muitos dos atletas podessem retemperar algumas forças.
Aos 35kms já rolava a 5,45m e as pernas começavam a reagir e o frio começa a fazer-se sentir, pois já seguíamos numa zona junto ao Rio onde a protecção das casas pouco se faz sentir, ainda assim passei com 3,10,14h. Nesta altura já não dispensamos nenhum abastecimento líquido, a água estava gelada nas garrafas, mas mesmo assim foi de uma ajuda preciosa e ela estava ali em cada lance de 2,5kms. 40ks, chegado ali já nada nos impede de cortarmos a meta e o Estádio ali estava imponente à nossa espera, 3,40,51h. marcava o meu Garmin e os 6´era agora o que demorava fazer cada km. Desde o início que a distância oficial marcada a cada km não correspondia com a minha e no final viria a traduzir-se em mais 530 metros, e não fui o único a verificar isto.
Quando o meu Garmin marcou os 42,190kms tinha 3,54,23h tendo cortado a meta com 3,57,34 (oficial ) com a média final de 5,36 final, correspondendo este tempo aos tais 530m a mais.
A Chegada à pista do Estádio Olímpico é espectacular, estava pouca gente e certo, mas terminar uma Maratona naquele local recompensa-nos do sacrifício que tivemos de enfrentar para chegar ali, (citando o amigo Capela que me enviou uma mensagem enaltecendo aquele momento).
Ouve muitas coisas boas e menos boas que se passaram, prefiro salientar as boas, as outras é para não esquecer e para não repetir.
Voltarei a Sevilha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Caminho de Sevilha



Eis a Maratona de Sevilha a dois dias de distância, confesso que estou expectante e não ansioso pois vai ser a 7ª Maratona que vou fazer e a 1ª que faço fora das estradas do nosso Portugal.
A última foi há 2 meses em Lisboa e a antepenúltima há 3 meses.
Pelos treinos efectuados não posso avaliar como as coisas vão correr, no entanto considero que foram os suficientes para que faça uma prova tranquila e aproximar-me da marca que obtive no Porto em Novembro do ano de 2009, +-4h.
Mas este, tal como em outros eventos, é sempre um objectivo secundário, a prova será sempre comandada conforme o seu desenvolvimento e a forma como o organismo for reagindo, nada mais.
Conheço Sevilha pelas 5 Meias Maratonas que já lá fiz, é uma Cidade muito bonita e a Maratona desta Cidade estava objectivamente no meu pensamento, até porque o próprio traçado faz-nos percorrer em alguns locais que desconheço por completo e tem o aliciante de raramente termos de passar pelo mesmo local, (excepção feita aos primeiros e últimos kms).
Vou acompanhado de muitos amigos, alguns daqui da blogosfera: Brito e Otília, António Almeida, Luís Mota, Fernando Andrade e muitos outros, será sempre um estímulo enorme estar e correr na sua companhia.
Aproveito esta oportunidade para agradecer a todos os amigos que já me enviaram mensagens de sorte e boa corrida, não vou nomear nomes porque de certeza que me ia esquecer de alguém, a todos o meu obrigado acompanhado de um forte abraço.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Grândola, a caminho de Sevilha



Estou de regresso após um ligeiro colapso aqui do meu sistema de comunicação, numa altura em que o meu pensamento já está bem longe daqui, em Sevilha.
Como habitualmente faço em todas as corridas em que participo deixo ficar aqui um pequeno testemunho da minha participação na Corrida José Afonso em Grândola no passado dia 7 de Fevereiro.
Era uma prova para ser encarada com tranquilidade pois visava colocar um pouco mais de ritmo por se tratar de uma prova pequena,(10kms)contrariando assim a tendência dos treinos que tem rondado a média dos 6´ o km.
Pode-se considerar que consegui esse objectivo, embora com alguma dificuldade, e não fosse a ajuda de 2 amigos, o Pedro Ferreira até metade da corrida e do António Caçador até final, teria sido bem mais FOTO CEDIDA POR VITOR VELOSO difícil.
O tempo final no meu cronómetro foi de 49,36 para uma distância de 10.150 metros com a média de 4,56m ao km. (Confesso que pensava já não conseguir baixar a barreira dos 5´km.
Ficou ainda a companhia dos amigos e também da Susana que desta vez conseguiu arranjar ali uma folgazinha tendo deixado ficar o seu mais que tudo que por motivos profisionais não nos pode acompanhar.
No Cruzamento, assim se chamava o Restaurante, não consegui fugir à tentação da comida regional e especialidade da casa, Pézinhos de porco com grão e estavam uma delícia, pena foi que alguns dos pézinhos já eram de adulto, mas deu para compensar devido à qualidade e sabor. Aquilo é paragem obrigatória.
Quero destacar aqui o excelente comportamento dos meus Amigos do Vale do Silêncio que obtiveram um excelente 2º lugar por equipas classificando os seus 5 melhores atletas entre os 32 e os 36 minutos para a distância já referida, 10.150m.
Agora fico com o pensamento no próximo fim de Semana onde irei ter a companhia de muitos e bons amigos, a Maratona de Sevilha irá marcar a minha primeira experiência nesta distância fora de Portugal e pelo que sei o apoio que nos é dado ao longo do percurso é extraordinário, eu conto com isso para conseguir chegar ao final ou não fossem os espanhóis do melhor que há no apoio aos corredores, sejam eles os primeiros ou os últimos a passar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Humildemente agradecido


Hoje não resisti e porque quero partilhar com mais amigos o convite que o Amigo Vitor Dias Correr por Prazer me fez para partilhar com todos a história de como eu apareci neste blogue vindo das trevas, fazendo lembrar os já imensos cabelos brancos que me acompanham e bem.
E porque gostamos que falem de nós, também é verdade que existe a necessidade que cada um de nós se "confesse" um pouco para que todos de uma forma desinteressada saiba os caminhos trilhados para chegar até aqui. Foi-me dado algum tempo para o fazer, mas antes que a ansiedade se apoderasse de mim na hora seguinte despachei meia dúzia de linhas testemunhando a historia deste blogue, Pára que não pára.
Visitem este Site do Correr por Prazer e adicionem nos vossos correios electrónicos e assim receberão com regularidade textos actualizados sobre vários temas de muito interesse para os corredores.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sintra, Corrida Fim da Europa


Um ano depois regressei ao Fim da Europa, o cenário era o mesmo, frio, chuva e vento que cortava, a beleza natural da Serra de Sintra continua lá e sempre convidativa, as personagens que fazem a festa mais uma vez disseram presente, agora em muito maior número, de resto pouco mais mudou, as subidas têm tanto de beleza como de dificuldade acrescida, a descida final tem tanto de facilitismo como de traiçoeira, O Pavilhão e a chegada continua a ser apenas para os mais fortes, aos outros (retardatários a partir da 1,25h.) fica apenas um saboroso cházinho, porque se continua a pactuar com a desvorgonha de alguns para quem a ganância não tem limites.
A Susana chegou 7 m antes de mim tirou 2 biscoitos, comeu um e esperou que eu chegasse para me oferecer o outro. Até aqui nada de novo, repetiu-se tudo o que acontecera em 2009, basta ver a fóto que o Nuno Romão publicou no seu blogue e está tudo dito.
Sobre a corrida não me posso queixar, mais um ano passou e isso revela-se sempre fatal, este ano levei mais 4m para fazer a mesma distância mas poderão haver outros factores que jogaram contra mim, constipado há duas semanas, correr com sapatos novos e ainda por cima de montanha, só de loucos, mas é isso mesmo que eu demonstrei, a dada altura nas descidas tinha de enrolar os dedos porque já não cabiam nos sapatos, as unhas mais uma vez mudaram de côr.
Fiz grande parte do percurso com a Otília Leal, principalmente até meio da prova, depois mais adiante fiquei muito satisfeito por a ver afastar-se aos poucos, o que revela que se encontra muito bem preparada, ainda alimentei esperanças de voltar à sua companhia na descida final (5kms) mas o raio dos sapatos e das unhas... não deixaram.
Concluí a prova com 1,33,53 (não oficial) na distância fiável do meu Garmin de 16,540kms.
Voltou a ser um prazer enorme reencontrar ali tantos amigos da blogosfera e não só, não vou destacar nenhum porque de certeza absuluta eu iria sempre esquecer algum e isso eu não quero.
Agora venha Grândola dia 7 de Fevereiro e logo de seguida a Maratona de Sevilha a 14 de Fevereiro.
Fótos da A.M.M.A.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sacavém Homenageia Armando Aldegalega


Ele não precisa de apresentações, é uma figura ímpar do Atletismo Nacional e que continua a encantar-nos todos os fins de Semana pelos 4 cantos de Portugal. Ele não se ficou apenas com o Estatuto de Atleta Olímpico, continuou até aos dias de hoje a fazer aquilo que sempre gostou de fazer, correr. Cruzar com ele aí em qualquer lugar leva o nosso pensamento e a memória a calcarrear muitos e muitos anos atrás quando o víamos em plena pista e também na estrada a lutar por objectivos que sabia estarem ao seu alcance, como também não regateava esforços para ajudar os colegas em tarefas bem enquadradas pela sua equipa, o Sporting.
Nos dias de hoje, já com 72 anos, para além de a sua saúde e bem estar ainda lhe permitirem correr a um bom nível, partilha também os conhecimentos que foi adquirindo ao longo dos anos como técnico do seu Clube de sempre desde 1956, ajudando a criar os talentos que o seu Clube tem gerado.
A minha filha Susana foi uma das suas atletas e à qual dispensou sempre muita atenção e carinho, ainda hoje perduram muitos traços de amizade que jamais se esquecerão.
Foi com grande satisfação e prazer que no Domingo dia 10/01/2010 assisti a mais uma simples homenagem a este Homem , de H grande, concedida pela Direcção da Cooperativa a Sacavenense, na presença do Presidente da Associação de Atletismo de Lisboa Dr. Marcel de Almeida e de 2 Vereadores da Cãmara Municipal de Loures, João P. Domingues e Ricardo Leão.
O Armando é mesmo assim, simples e modesto para com todos e ao fim de tantas e mais uma homenagem , não consegue resistir a alguma emoção por estes gestos que lhe concedem. Eu também fiquei comovido por ver tanta simplicidade no seu agradecimento que as próprias palavras ao saírem trémulas deixaram transparecer a alegria por ter sido alvo deste gesto tão bonito.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sacavém, com o pensamento em Sevilha.

Este Domingo, dia 10 de Janeiro quando saí de casa ás 07,30h estava mais preocupado com a invernia instalada do que com o treino que ia fazer de 1,45h. a partir das 08h e logo de seguida a Corrida da Cooperativa de Sacavém que teria início ás 10,30h.
Sob os viadutos do IC2 junto ao Rio Trancão pensei seriamente se deveria dar início ao treino que estava planeado, eram 08h e estava exitante porque o frio, o vento e a chuva eram de tal forma agrassivos que tive para desistir. À chuva liguei o GPS e enquanto não foi descoberto o competente Satélite ali me mantive pois nem debaixo das pontes me safava, foram 3m intermináveis e já todo encharcado e a tremer de frio pois o endumentária que tinha vestido nem era o mais apropriado para aquelas condições climatéricas, dei início ao treino. Cometi ainda a improdência de levar os óculos naquelas condições, pois passado pouco tempo já estava a precisar de um limpa pára-brisas, ainda assim teve alguma utilidade pois sem eles de pouco me serve levar o GPS como ajuda ao treino que ia realizar.
Com a agressevidade do mau tempo e a correr junto ao Rio Tejo a partir do Trancão depressa me refugiei pelo interior do Parque das Nações amenizando assim as dificuldades que ia sentindo.
No regresso ao ponto de partida depois de ter chegado ao Beato as coisas melhoraram bastante pois o vento já aparecia pelas costas mas lateralmente e assim consegui uma melhor prestação no regresso apesar de ainda estar muito frio e chuva.
No final contabilizei 16kms para um total de 1,44h.

Corrida de Aniversário da Cooperativa A Sacavenense

Mal terminei o treino, todo engadanhado, meti mãos à obra ali mesmo dentro carro (acho que este comportamente é comum a todos) e mudei toda a vestimenta e calçado a fim de me apresentar no local de partida (ainda a 2kms) devidamente apresentável, faltavam ainda 45m. Neste momento passam a Susana e o Daniel por ali e ainda lhes digo para levantarem o meu dorsal, pareceu-me que apesar de estarem dentro da viatura o frio que estava também os incomodava.
Na hora da partida a chuva fez uma pausa mas o frio era ainda muito intenso, a partida foi retardada e as dificuldades agravaram-se, veio a justificação, a estrada a 100m tinha muito óleo devido a um acidente e os bombeiros estavam a colocar lá pó branco para evitar possíveis problemas devido a quedas, atitude louvável que agradecemos apesar do frio sentido.
Miguel Quaresma, vencedor da prova
Devido ao treino estava bastante desgastado e com dores na coxa esquerda, ainda assim "encostei-me" enquanto pude ao nosso míster Fernando seguindo com ele desde o início e até ao final da prova, não sem antes em alguns traços do percurso com maiores dificuldades ele avançar e depois simpaticamente voltar para trás e rebocar-me até à dificuldade seguinte.
Terminámos os 5.790 metros em 30,30m.
Gostei do novo traçado da prova, não sabia que conseguiriam arranjar um percurso de pelo 3kms, quase planos, dentro de Sacavém num total de quase 6kms. É um bonito traçado, descobri uma parte de Sacavém que ainda não conhecia e depois gostei também de fazer todo o percurso da prova, pois em edições anteriores devido à minha "Idade" só me deixavam correr 2.800m, um desperdício.
Lamentável a falta de água no final, fui o último a receber uma garrafa, todos os outros que vinham atrás e provavelmente eram aqueles que mais precisavam ficaram atónicos com a falta daquele precioso líquido, uma situação lamentável e sem justificação.
Incompreensível também o critério de atribuição de t-shits, eu já não cheguei a tempo de receber uma, desconheço se o regulamento era restritivo, agora o que não pode acontecer é que depois de acabar a prova apareceu por lá (ainda no final do funil) uma caixa de t-shirts (todas XXL !!!) que foi destribuída a granel gerando-se ali grande confusão. A Sra. que estava lá, voluntariamente, a fazer aquele serviço a dada altura "passou-se" e gritava por tudo e por nada, não dignificando a Instituição que ali representava, quando devia era calmamente enfrentar a situação e não contribuir para o azedume que se verificou. De certeza que ela aprendeu alguma coisa e no futuro trate as pessoas com mais dignidade, eu espero que assim aconteça ou então não deverá ser colocada num lugar tão sensível como aquele onde os atletas que chegam precisam é de carinho e não de agressividade.
À parte a falta de água (grave) a organização esteve excelente, nem a morosidade da destribuição dos prémios e a exiguidade do espaço diminui a sua eficácia, percurso excelente, segurança dos atletas em todo o percurso, com um local de partidas e chegadas excelente.
Fiquei também muito sensibilizado e comovido com a Homenagem que a Cooperativa a Sacavenense concedeu ao nosso querido amigo Armando Aldegalega no final da Cerimónia.
A este assunto voltarei em breve.

domingo, 10 de janeiro de 2010

SACAVÉM - O 26º Torneio de Loures (Breve Apreciação)

Com o Amigo Gravito (Director da Prova)
Dupla jornada a de hoje, coisa que nunca tinha feito no mesmo dia, e depois na ressaca não sei se voltarei a repetir a gracinha.
A prova de hoje em Sacavém, organizada pela Cooperativa a Sacavenense foi a 1ª corrida do troféu Corrida Das colectividades do Concelho de Loures, Edição 2010, este ano amputado de 3 provas em relação ao ano passado, de entre as quais o Loures Cross que era habitualmente realizado em Janeiro/Fevereiro todos os anos da responsabilidade do Município de Loures em parceria com a Associação de Atletismo de Lisboa, consumando-se assim o abandono total do Município na organização directa de competições pois há uns anos atrás já deixara cair, (por menos) as 3 Léguas de Loures, prova muito apreciada por todos os que gostam da corrida.
Fiquei surpreso quando cheguei ao local e verifiquei existir uma grande adesão a esta prova, por duas razões: O frio intenso que se fazia sentir e fundamentalmente pela alteração ao Regulamento do Troféu no que diz respeito à atribuição dos prémios finais aos atletas mais bem classificados e ás melhores equipas.
Friamente analizando, compreende-se o motivo face ás dificuldades sentidas a nível financeiro, mas com esta medida salvou-se a continuidade deste Troféu que já vai na sua 26ª Edição e que tem sido o motor do desenvolvimento do Atletismo no nosso Concelho. É verdade que esta decisão assumida pela área do Desporto da Cãmara Municipal de Loures não é do agrado de uns quantos que pelas suas boas qualidades atléticas aproveitavam esta competição para ganhar mais algum dinheiro.
Pois bem, chegou a altura de testar se no futuro existem candidatos ás 10 medalhas que pelo novo Regulamento do Torneio são atribuídas por escalão ectário em cada prova. Sacavém não serve de exemplo, daí a minha surpresa, ou talvez não, é que havia dinheiro em disputa para os 3 primeiros classificados em cada escalão, (prova principal) e então lá estavam novamente as trutas, sempre os mesmos, (na sua totalidade, quase todos de fora do Concelho), e vão voltar, pois estão no seu direito, porque o chamariz do dinheiro ainda vai continuar a funcionar até ao final deste Torneio.
O que lamento, e vai acontecer, é que algumas organizações de provas cá no nosso burgo sem capacidade financeira irão fazer um esforço tremendo para colocar as suas provas de pé e no fim apareçam meia dúzia de fiéis participantes tornando desolador as ruas desertas e reservadas para o efeito e as gentes que pelo seu trabalho realizado irão sentir na pele a desolação pela indeferença.
Oxalá que me engane mas estamos na presença de 3 categorias, não de provas, mas organizações de 1ª, de 2ª e de 3ª, umas têm dinheiro e outras não, estas saiem claramente desfavorecidas, não há dinheiro e a ausência vai-se sentir fortemente porque a medalha não substitui o dinheiro.
Este dilema não existia nas edições anteriores, para alcançar o prémio monetário no final o atleta teria que participar em quase todas as provas para pontuar no seu escalão ectário, agora não, ninguém vem disputr um Torneio para no fim ser premiado com um Diploma!!! Até na pontuação por equipas se perdeu o total interesse, até aqui as primeiras 15 equipas eram premiadas com um Prémio monetário consuante a sua classificação, agora é só premiada a 1ª Equipa que vencer o Troféu com uma Taça de duvidosa qualidade e valor!!!
Como se pode verificar a motivação será praticamente nula para se "lutar"por esses objectivos. Com a agravante e desoladora decisão de se pôr termo, sem apelo nem agravo, ao Torneio Atleta Jóvem que trazia sempre grande animação através da miudagem ás estradas e localidades do nosso Concelho.
Que incentivo terão agora os nossos jóvens? Esta decisão teria sido bem pensada? Parece-me que não e compromete seriamente o futuro desta modalidade no nosso Concelho
Como disse atrás, é preferível a solução que foi encontrada (salvaguardando a necessidade de urgentemente reactivar a Edição juvenil do Trofèu) do que aquela que se prespectivava, acabar pura e simplesmente com este bonito projecto que já dura há um quarto de século.
Será apesar de tudo um Torneio de 2010 onde será reposta alguma justiça no plano desportivo aos amantes da modalidade que correm pelo prazer de correr e que a competividade natural dos mais "fortes" por vezes os impediam até de receber como simples recordação, uma também simples t-shirt.
Amanhã volto para falar do meu treino, seguido da corrida em Sacavém.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Um Novo Blogue, Um Novo Amigo

É sempre com grande satisfação quando vemos os amigos com quem convivemos diariamente criarem condições para estreitar ainda mais os laços de amisade e comunicação que são apanágio de pessoas libertas de qualquer preconceito, sejam elas jóvens ou menos jóvens, o que importa aqui sempre é o gesto e a intenção e quando estamos em presença de um jóvem amigo de apenas 18 anos estes valores sobressaem pela maturidade que revela.

Ao centro o Tiago

O Tiago Silva, apesar da juventude dos seus 18 anos, já criou o seu espaço no seio de um grupo bem numeroso de amigos que todos os dias se junta para treinar no Parque Urbano de Santa Iria da Azóia, é um regalo vê-lo treinar, ele faz competições em Atletismo (36´ e uns pózinhos) aos 10kms, ele faz BTT Todo Terreno (Plano e Montanha e é dos melhores júniores nacionais), ele faz Duatlo, ele faz provas de Orientação (onde é também muito orientado) e dos melhores diga-se a verdade, e ainda vai pescando algumas coisas em outras disciplinas. Um prodígio.

O seu pai Fernando Silva, (o nosso treinador) é certamente o grande timoneiro pello lapidar desta pérola, mas nada poderia ser feito se o Tiago não tivesse uma veia de campeão e disponibilidade de estar sempre pronto e disciplinado para as suas obrigações escolares e da sua complementaridade que é o Desporto.

Pois o Tiago Silva acaba também de criar o seu espaço de comunicação através de um blogue onde vai tentar descrever todas as sensações que vai vivendo nas diversas competições em que participar e divididas por diferentes disciplinas.Visitem este blogue Tiago Silvae adicionem ás vossas listas e vão acompanhando a progressão e evolução deste jóvem amigo e desportista.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

UFF!!! QUE 2009

Em altura de balanço, coisa que nunca fiz em 22 anos de corridas, atrevo-me desta vez a fazer com exactidão um levantamento sobre todas as competições em que participei em 2009. Faço-o também porque atingi números nunca imaginados quando iniciei o Ano de 2009.

Fica de fora o número de kms e a quantidade de horas que efectuei em treino para conseguir preparar todas aquelas corridas. Para o Ano este balanço também será efectuado.
Resumindo posso dizer que jamais efectuei um número tão elevado de kms em competições no mesmo Ano: 592,692 km. num total de: 42,48,10 horas.
O número de competições efectuadas em 2009 foi acima da média do que custumo fazer num só Ano: 45
É um bom incentivo para prosseguir em 2010 e procurar reforçar a participação em novas provas que irão aparecer, para além naturalmente daquelas que penso repetir e efectuadas em 2009, de entre as quais destaco a UMT e a Noct. de Óbidos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Olivais e o que nos reverva 2010


Com a S.Silvestre dos Olivais terminou um ciclo bem exigente que impuz a mim próprio com o objectivo de ver até que ponto ainda iam as minhas capacidades e se ainda tinha dúvidas elas desvaneceram-se após terminar esta fase bem curiosa no último trimestre do Ano que agora findou.
Na fóto: F. Gravito >J.adelino, Susana Adelino, Susan Mota, Luís Mota, Mariana Mota, Mário Lima, Luís Carlos, Vitor Veloso, Isabel Almeida e António Almeida
1ª Conclusão: Para quem nasceu em 1948 é melhor pensar sériamente que tipo de competições deverá fazer.
2ª Conclusão: A dimensão e extensão em número de kms que mais se me adapta deverá merecer uma reflexão com base nas debelidades/em>
naturais próprias da minha idade.
3ª Conclusão: Finalmente convenci-me que daqui para a frente os meus únicos objectivos passam por correr apenas por prazer, parafraseando
o Livro do amigo Vitor Dias seja em que competição for, desde as provas mais pequenas até chegar ás maratonas ou ultra maratonas. A palavra competir já não terá um significado pessoal no futuro, a não ser observar e admirar quem tem condições por enveredar por esses objectivos e desde que tenha as aptidões necessárias.
E é assim que me vou apresentar sempre junto dos amigos em todas as competições. Que bem me soube fisicamente fazer estas duas provas de S.Silvestre em Lisboa neste final de Ano, na companhia de amigos do coração, do Elísio Costa, da Susan Mota, da Mariana Mota, do Mário Lima, entre outros, com todo o respeito pelos amigos e pela distância tendo em conta que a condição física nesta altura também não era a melhor.
O Ano de 2010 vai ser de muita "animação", aproximam-se novos desafios a acrescentar aqueles que tive a coragem de enfrentar em 2009 e que faço questão de manter para este Ano, Meia Maratona da Areia, Ultra-Maratona Melides Tróia
Ver Melíadas de F.Andrade Trail Noturno de Óbidos, Maratona do Porto, Grandes Lagos Alqueva e Maratona de Lisboa. A estes "biscates" acrescento para este Ano a Maratona de Sevilha, Trail Serras de Sicó, Trilhos de Almourol e com possibilidades de a Geiras e Serra da Freita também estarem no horizonte se não colidirem com o programa delineado.
Vai ser um Ano "engraçado" onde os meus "dois Bombeiros" vão ter um papel importante (para me ajudarem ou para me impedir se forem capazes) mas acredito que vão estar por perto a vigiar sempre que lhes for possível.
Um Ano feliz para todos.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

S. Silvestre de Lisboa 2009


Desta vez tudo correu bem, o Ano passado fiquei a ver esta bonita corrida nos passeios da Baixa Pombalina, encharcado é certo, mas não arredei pé e assim pude observar e apoiar os amigos que tiveram oportunidade para a fazer. Este Ano as coisas correram melhor, aprendemos com os erros então cometidos de parte a parte que nos impossibilitou de ter acesso aos dorsais. A organização manteve o seu esquema, nós é que melhorámos e quando assim é o resultado final deixa-nos sempre nota positiva.
Desta vez não choveu apesar das ameaças e estava uma noite excelente para correr e uma boa temperatura, apenas se notou um pouco mais de vento e algum frio na Av. Ribeira das Naus entre o Cais do Sodré e a P. do Comércio (Terreiro do Paço). Lisboa estava hoje muito acolhedora.
De salientar o número elevado de público que estava nos passeios em quase todas as ruas do percurso (coisa rara em Lisboa), penso que a maioria eram de alguma forma acompanhantes dos atletas que participaram nas provas.
Hoje mais uma vez encontrei muitos amigos, tanto assim é que dicidi efectuar a prova na companhia de dois atletas do CCD de Loures, a Otília também lá estava mas abalou logo, que fera! da Susan Mota e da filhota Mariana Mota que aproveitou para efectuar ali um treino com vista aos seus principais objetivos que são, como se sabe as provas de marcha. Como estou actualmente em regeneração física aproveitei aquele ritmo (6m por km.) e fiz também um excelente treino, terminámos com 59,30m.
Desta vez levei a máquina fotográfica comigo e fui tirando algumas fótos, a maioria delas de má qualidade pois foram tiradas enquanto corria, ainda assim escaparam algumas.
No final encontrei ainda o António Almeida e a família, o Luís Mota e o Vitor Veloso tendo sido pretexto para falar sobre a S. Silvestre dos Olivais dia 30/12 e um possível convívio antes da prova e ainda um pequeno ensaio de compromisso com vista à participação na Maratona de Sevilha em 14 de Fevereiro de 2010. Tudo ainda em análise até final do Ano pois contamos com a ajuda do Fórum Mundo da Corrida.
Segue-se a S.Silvestre dos Olivais, última prova do meu Cardápio que programei desde Outubro até final de Ano, uuff.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE NATAL

Mensagem de Natal

Se for para aquecer que seja o sol;
Se for para enganar que seja o estomago;



















Se for para chorar que seja de alegria;









Se for para roubar que seja um beijo;















Se for para matar que seja a saudade;
Se for para guerra que seja de travesseiro;
Se for para ter fome que seja de amor;



Se for para perder que seja o medo;
Se for para brigar que seja por amor;
Se for para seres feliz que seja para sempre;
















Feliz natal com tudo de bom! Para todos

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sevilha, Espanha, Nem Bons Ventos Nem Bons Casamentos


É verdade, é sempre penoso termos de abdicar de uma prova que aos longos dos anos tem ficado sempre programada para o Ano seguinte. Sevilha desta vez não vai ter a nossa visita, 15 dias antes da data limite encerraram as inscrições, 3 mil apareceram antes de nós por termos andado demasiado lentos, cremos que fosse esse o motivo mas também pode ter acontecido alguma coisa de estranho, pois a recepção da inscrição coincidiu com a data em que esgotou os lugares disponíveis.
Gostaria de ter a companhia mais uma vez dos habituais amigos para passar um bom fim de Semana, desta vez reforçado com as famílias Brito, António Almeida, Vitor Veloso, José Magro, mas saíu errado a inscrição. Penalizo-me porque devíamos ter previsto que esta prova está em permanente crescimento e era previsível que isto acontecesse.
Agora, todos os que ficaram privados desta corrida podem aproveitar o treino já efectuado e enfrentar as S. Silvestres que vêm aí com mais alguma folga e tirar boas prestações das corridas em que participem.
Acabámos por tirar boas ilações para as edições futuras da Meia Maratona de Sevilha com este episódio.
Aos estreantes marcamos novo encontro para o Ano

domingo, 13 de dezembro de 2009

Melíadas, passado e presente, olhando o futuro


O lançamento do livro Melíadas de Fernando Andrade por si só justificava a minha passagem por Grândola no dia 12 de Dezembro, foi esse o propósito que me levou até lá. Em simultâneo realizou-se o 4º Encontro do Fórum O Mundo da Corrida, coordenado por Eduardo Santos.
A 1ª parte do Encontro foi essencialmente para apresentação do Livro Melíadas e a sua origem com intervenções dos responsáveis da Cãmara de Grandola através do seu Vice-Presidente e do Vereador responsável pelo pelouro do Desporto(patrocinador do livro, do Eduardo Santos (criador do projecto), do Joaquim Antunes (velho pioneiro desta corrida (8 edicções) e do Fernando Andrade como autor e impulsionador do livro.
Como participante na última edição da Ultra Maratona Melídes/Tróia revivi ali momentos inesquecíveis (porque a 1ª é sempre a 1ª vez e todos os momentos lá passados ficam gravados eternamente) e quando assim é somos capazes de ouvir as histórias contadas por quem sabe e viveu aquilo ao longo de tantas edições.
Fiquei com pena de após a apresentação do livro ter de me ausentar, o Luís Parro também foi ali com o mesmo objectivo e também teve de seguir caminho, pois o Eduardo Santos merecia ter ali à sua frente uma boa plateia para debeter os temas que se seguiram e eram bem interessantes, mesmo assim os que lá estavam foram classificados e bem como poucos mas dos bons.
Conhecedores da nossa pouca disponibilidade de tempo foi feito um intervalo com o objectivo de cada um poder adquirir o livro. E nada melhor que a assinatura do seu autor a testar a autoria desta obra prima, que ao folhear descobri que também fazia parte dela, como dizia o Parro, senti uma satisfação e orgulho enorme, pois na minha 1ª participação tinha ficado um registo recompensador do sacrifício e tenacidade ali deixados. E lá estava também a nossa menina que pela mão do pai cortava mais uma vez a meta numa prova mítica.
Sentia-se a emoção do Fernando Andrade, mal disfarçada pois quem o conhece sabe que ele não gosta de protagonismo, apesar de o merecer, e é só por isso que lhe vou perdoar por me ter batizado outra vez, um pormenor sem importância e a corrigir oportunamente.
Foi ali também apresentada a edição de 2010 e vontade não me vai faltar para voltar.
clicar aqui

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Maratona de Lisboa, há sempre uma história para contar, esta é a minha.

No dia da Maratona bem cedo precebi que as coisas não iriam ser fáceis, coisa que eu já esperava, desde a Maratona do Porto no dia 8/11/09 que não mais fiz qualquer treino longo com vista à Maratona de Lisboa, limitei-me a fazer a Meia Maratona da Nazaré, os 16,5kms da Mendiga e a Caminhada de 11kms da Serra de Sintra e depois alguns treinos sem grande disciplina durante estas semanas, por isso sabia que a Maratona de Lisboa iria ser um osso duro de roer, não só por não ter merecido uma preparação adequada mas porque eu conhecia demasiado bem o traçado da prova e por isso encontrava-me um pouco ansioso.
Quando cheguei ao Estádio 1º de Maio faltava ainda 1,30h para o início da prova, tempo suficiente para a habitual fase social onde disponibilizamos algum tempo para conviver um pouco com os amigos, até porque as oportunidades não são muitas. Lá estava o Luís Parro, não me perdeu a pinta desde a Mendiga, o M. Azevedo, J. Magro. M. Lima, Fernando Andrade, vai faltar-me algum, e conheci ainda o Joaquim Ferreira e o Pedro Ferreira.
A minha equipa estava ali em peso, mas só 2 elementos é que iriam fazer a Maratona, eu e o Elísio Costa, o Costa que já andava afastado desta distância desde a Maratona do Portode 2008.De tal forma estava distraído que quando me apercebo já só faltava meia hora para o início da corrida. Já na viatura optei por calçar os ténis com que fiz a Maratona do Porto (já velhos e rôtos) que me fizeram sentir sempre muito bem durante toda a corrida, completada a tarefa sempre trabalhosa de proteger algumas zonas mais sensíveis e devidamente equipado vou para a zona de partida, ainda vou a meio do caminho e verifico que me falta ainda o dorsal, então voltei ao carro e resolvi o problema e corro para o local de partida, mas após os primeiros passos de corrida dou conta que ainda tenho os óculos colocados, volto novamente para trás, as coisas não estavam mesmo a correr bem. À entrada do Estádio (a partida era em plena pista) ainda tive tempo de me despedir da minha equipa que aguardava a hora de participarem na Meia Maratona.
O Costa logo no início informou-me que me iria acompanhar até por volta da Meia Maratona, de certa forma fiquei mais tranquilo pois sabia que a experiência do Costa me ajudaria a controlar a corrida para evitar os excessos logo no início e que me iriam sair caros no final da prova.
Mas desde logo no início verifiquei que as coisas iriam ser muito difíceis, sem ter feito qualquer aquecimento no início antes do início sentia-me muito preso de movimentos e nem mesmo a descida da Av. Gago Coutinho serviu para melhorar as coisas, e a bem da verdade a subida para o Arieiro veio numa boa altura pois permitiu-me que eu encontrasse o ritmo e o esforço certo que eu vinha a procurar, e foi assim que segui até chegar ao início da difícil subida do Alto dos Moínhos onde estava assinalada a passagem dos 10kms, assinalava 57m. Nesta altura o atleta que levava o sinalizador do ritmo das 4 h. ia ali a cerca de 300 metros e nem tentei aproximar-me pois sabia que aquilo não era andamento para mim. Um pouco mais à frente o Costa começa a dizer-me que o andamento vai mais rápido do que devia, era natural porque um pouco antes tinha avistado logo ali à frente o Luís Parro e quis chegar até lá e foi o que fiz , pois já seria um grupo maior e a companhia era de todo aconselhável, mas foi sol de pouca dura, cedo percebi que aquele andamento era arriscado se dicidisse ir ali por muito tempo, optei por ficar com um andamento mais confortável, sempre na companhia do Costa.
Nesta altura começavam os meus problemas com os meus ténis, ao contrário do Porto esta Maratona de Lisboa é um constante sobe e desce e onde a fricção é uma constante e os dedos dos pés são os que mais sofrem e já só desejava chegar à baixa lisboeta onde o terreno já seria plano e as coisas iriam melhorar, pensava eu.
Passei à Meia Maratona com 1,59h (mais 3m do que no Porto) ainda me sentia bem, o pior foi que de seguida encontrámos o vento pela frente assim que entrámos na Av. 24 de Julho, foi nesta altura que perdi o meu companheiro de corrido, como estava previsto ele abalou à procura de uma melhor marca que pensava que estaria ao seu alcance, entretanto eu fui mantendo o mesmo andamento, 6m por km, após passar pelo Viaduto de Alcântara cruzo-me pelo António Almeida, e que bem que ele vinha, pois o sinalizador das 3,30h ainda vinha bem lá para trás, e eu já nem o das 4h conseguia ver, notava-se que eu já ia perdendo vigor e os ténis já pressionavam em demasia os meus martirizados pés, mas a Maratona é isto mesmo, espírito combativo e de sacrifício e quando a mentalização está virada para o objectivo que é a chegada não existe "nada" que o possa impedir.
Um pouco antes de Alcantara cruzei-me com muitos amigos que participavam na Meia Maratona e já estavam de regresso de Belém, o Vitor, o F.Avelino, o Fernando (Mister) o Orlando Duarte, o Tiago, o Luís e toda a equipa do CCd de Loures e outros que agora não me lembro, sabe sempre bem naquela altura um pouco de ânimo. Quando virei aos 27kms o Costa já ia com mais de 200 metros à minha frente, achei pouco para aquilo que ele pretendia mas ainda faltava muitos kms até final,
Aos 30 kms ainda passei com 2,58h (soube depois, já o Luís Mota tinha terminado), foi ali que parei a 1ª vez, só o tempo suficiente para beber água, comer um pedaço de laranja e tomar um gel que levava comigo, considerando as dificuldades que já sentia ao nível dos pés, tracei como objectivo fazer uma pequena paragem a cada 5 kms e onde ouvesse abastecimentos, sabia que o tempo perdido seria rapidamente recuperado logo a seguir, o pior era mesmo os pés, com as dores que sentia eu já imaginava o dedo grande do pé esquerdo com o dobro do tamanho e a sola do pé direito descolada do seu habitat natural, mas não era aquilo que me iria fazer parar.
Chego entretanto ao Terreiro do Paço e vejo o meu filho Hugo aos saltos de satisfação por me ver, na sua companhia estava o Tozé, velho amigo, que não perderam oportunidade de correr um pouco ao meu lado até se cansarem, ao fim de 100m!. Por volta dos 34kms chego-me de novo ao Luís Parro, pareceu-me com algumas dificuldades, ou talvez não, mas ia acompanhado e em boa cavaqueira, de lá saltou o Manuel Azevedo e fez-me companhia, por pouco tempo pois o seu andamento é superior ao meu. Logo a seguir estão os 35kms e foi aí que me "passei", a àgua tinha esgotado e não havia mais, Todos sabem que naquela zona e em qualquer Maratona a água é um elemento fundamental, tanto mais que se trata de uma zona crítica, e é essencial até para a saúde dos atletas. Uma amiga da organização simpaticamente ofereceu-me uma bebida em alternativa e sem açucar, dizia ela, mas água é água e é insubstituível.
Uma ocorrência que pode até arruinar o prestígio de uma grande prova como é a Maratona de Lisboa que arrasta centenas e centenas de estrangeiros e muitos deles ainda vinham lá para trás, uma distração difícil de perceber.
Aos 37,5kms começa a subida final que me irá levar até aos 40kms, um pouco antes passei pelo M.Azevedo pois sempre que aparecia uma dificuldade maior optava por descansar um pouco, andando. Os 40kms foram atingidos com 3,56h de prova, apesar de tudo sempre regular, aproveitando esta altura para o último abastecimento, ali havia água com fartura e deu para beber logo duas garrafas de seguida, mais um gel e laranja e estava pronto para enfrentar os 2 últimos kms e uns pózinhos. Nesta altura já me vou habituando a soportar as dores nos pés pois aproximava-se o final da prova e isso era mais interessante, mal cheguei ao Alto da Bela Vista logo a seguir ao viaduto do Metro (40,400kms) encontro um colega maratonista no chão a contorcer-se com dores, olho e sigo dando uma forcinha para ele, já antes tinha observado outras situações quase idênticas mas que estavam controladas, mas aquele caso mordeu-me a consciência e já a 30 metros voltei para trás e ajudei o homem, notei logo que eram os gémeos, levantei-lhe as pernas pressionando a parte da frente dos dois pés e a coisa estbelizou, dificil foi entendê-lo pois tratava-se um italiano e a comunicação era difícil, tentei ajudá-lo a pôr-se de pé, em vão, os gémeos voltaram a agarrar e voltei a fazer os mesmos procedimento com bons resultados, depois aconselhei-o a manter-se assim algum tempo e tentar chegar à meta com calma e devagar, não sei se me entendeu, pelo menos nem um grácias ouvi. Depois segui, estranhamente mais motivado e com as forças renovadas, tanto que voltei a apanhar o nosso conhecido M.Azevedo em plena subida final, que ao pressentir-me de novo ali arrancou para a meta cheio de força e energia.
A entrada no Estádio foi um momento fantástico, para a maioria das pessoas que ali estavam era mais um que chegava depois de o 1º ter chegado quase há duas horas, mas para mim era muito gratificante, era a 6ª vez que realizava esta proeza e que sonhar é coisa que também encaixa bem nos idosos. Terminei com 4,13,25h.
À espera estavam tantos amigos, lembrei-me dos meus "2 bombeiros" que se estivessem ali estavam tão felizes quanto eu, o Lima foi incansável, o António já tinha acabado há 40 m e manteve-se ali até que eu chegasse, a Isabel percorreu Lisboa quase toda, ela estava em todo o lado, o Vitor, a Família do Mota, e eu estava tão enleado que já nem sentia as dores, próprias de quem acaba uma Maratona.
O frio que estava aconselhava a que rapidamente fosse para o carro e mudar de roupa, e sem exagerar esta tarefa tornou-se quase tão difícil como fazer a Maratona, não fui capaz de tirar os ténis, pois cada vez que tentava chegar aos atacadores os gémeos agarravam e as dores eram muito fortes, optei então pela dicas que dei ao italiano, ao fim de meia hora comecei então pelos sapatos com receio do que ia encontrar e de seguida consigo trocar de roupa sem mais dificuldades, neste meio tempo que passou choveu a bom chover, passaram numerosos grupos de atletas e familiares de regresso aos seus pontos de partida com a boa disposição sempre a reinar, com os espanhóis sempre numa animação espectacular, foi assim durante o fim de Semana.
E eu, bem, regressei também a casa no meio de chuva e bastante frio, ainda com as câimbras a dificultarem-me a condução e a caminho de sarar as minhas feridas.
FÓTO DE LUÍS CARLOS

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cyberuners, uma nova janela


Sim, temos uma nova imagem para os actuais e futuros Ciberuners, a nossa equipa que tão boa conta deu de si na bonita Cidade do Porto pretende continuar a encher o caudal deste bonito canal de comunicação que se vai estendendo de Norte a Sul em redor desta bonita modalidade que é a prática da corrida, tornando ao mesmo tempo possível o aprofundar de amisades existentes e o aparecimento de outras.
Apesar de dispersa, a direcção do III Encontro dicidiu avançar com outra imagem mas com o nome muito idêntico ao que estava (depois explicamos melhor). Me
smo dispersos vamos (Fernando Andrade, Joaquim Adelino, Ana Pereira, António Almeida e Nuno Romão), gerir este espaço e para isso contamos com a participação de todos, comentando e dando opiniões acerca do que aqui se vai desenvolvendo.
Podem acessar a este novo blogue de apoio ao III Encontro Blogger no link abaixo.

corridaepatuscada.blogspot.com