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À chegada, com o Tigre (ao fundo a marca oficial) |
Mais uma prova de estrada, esta a comprovar que se vai tornando cada vez mais difícil para mim participar em competições de média e pequena distância desde que esta se efectui em asfalto. Em particular esta foi enfadonha e demasiado longa (para mim que devia repousar mais um pouco), apesar da sua beleza natural ali mesmo à beirinha do Oceano Atlântico.
Mais uma vez o Luís Miguel (o Tigre) deu-me uma mãozinha, apanhei-o ainda na fase de aquecimento, já ele tinha 10 kms de treino com vista aos 101 kms de Ronda já em Abril. Começámos com muita prudência e fomos encaixando o nosso andamento na casa dos 5,30m por km, aos 5kms passámos com 27m e aos 10kms com cerca de 55m. A partir daqui comecei a sentir os efeitos da falta de ritmo para esta distância, os pulmôes já não respondem ao esforço que lhe é pedido e vejo-me forçado a abrandar, as pernas vão perdendo força e procuro recuperar os índices de respiração aceitáveis para retomar o ritmo que trazia, entretanto o Tigre abala e conto não mais o ver até chegar à meta. Aproveito a passagem dos 13kms para ingerir um Gel que levava comigo, para isso ando um pouco em marcha mais rápida e bebo uns goles de água que levava comigo e sigo de novo a correr, agora com mais vigor depois desta pequena recuperação. Volto a apanhar o Tigre no abastecimento dos 15kms (penso que ele estaria à mnha espera), não me abasteço nem recebo água pois ainda tinha e não valia a pena estar a desperdiçar aquela água tão preciosa para os que vinham mais para trás.
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O Hugo a chegar, com a sua excelente marca |
Sigo agora na sua companhia mas a um ritmo muito lento, as dificuldades voltaram e chego mesmo a andar perto dos 17kms quando já se vislumbrava o cimo daquela longa mas acessível subida, foram cerca de 200m mas o suficiente para recuperar algumas forças, dos 18 para os 19kms tive de refrear de novo, aqui chega ao pé de nós o Manuel Fonseca que veio ao nosso encontro e ajudou a palmilhar aquele último km a um ritmo mais de acordo com o desnível do percurso existente naquele local. Tal como em Alvados cortei a meta abraçado ao Luís Miguel, nem sei como lhe agradecer pois passei por fases difíceis e ele manteve-se ali sempre por perto, incentivando-me sempre que observava que eu não ia bem.
Cortámos a Meta com 1,54,55h. para os 20,130kms que o meu Garmin registou com uma média de 5,43m por km.
Em conclusão tenho de aceitar que as provas de estrada têm de ser feitas com muita prudência e nunca em ritmos acima daquilo que sou capaz de aguentar, fazer uma prova de 40kms em Montanha não é a mesma coisa que fazer 20kms ou mesmo uma Maratona em Estrada, a preparação tem de ser específica, o problema é que não há tempo para isso, ou por outra, não tenho dado espaço para que isso aconteça e o resultado é este que vou enfrentando que se traduz em cansaço acumulado sem interválos para recuperar.
Até aos Trilhos do Pastor vou tentar recuperar nas provas que se vão seguir até lá: Lezírias e Meia Maratona de Lisboa, correndo o risco desta última ficar por fazer se sentir que tenho mesmo de repousar mais um pouco.
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Passagem na meta pouco antes dos 5 kms. |
A minha Equipa Amigos do Vale do Silêncio esteve bem representada com um elevedo nº de atletas, tendo a maioria deles melhorado as suas marcas individuais.
A prova esteve muito bem organizada e com apoios aos atletas excelente, nomeadamente os 3 abastecimentos de água ao longo do percurso em quantidade suficiente, o que é sempre de registar.
Pena aquela falha no Computador do registo da chegada dos atletas que levou a que a distribuição dos prémios se atrasasse e as classificações finais não fossem divulgadas.
Ao Tigre o meu obrigado por mais uma vez ter tido a paciência de andar a rebocar-me, e à Isabel Fonseca e Hiolanda pela força que nos foram dando sempre que por elas íamos passando.
Uma referência também para o meu filhote Hugo Adelino que participou nesta prova fazendo a excelente marca de 1,19h.
Fótos da:
A.M.M.A.
Classificações aqui