
Esta prova do Metropolitano de Lisboa não fazia parte da minha agenda de provas e só à ultima hora (no Sábado) é que consegui arranjar uma vaga por infurtúnio de um atleta amigo. Contei depois com a boa vontade dos amigos da Xistarca que logo regularizaram a inscrição para o meu nome e escalão.
Mas as viagens para as provas têm andado um pouco cinzentas, no Domingo anterior estragaram-me o carro, ontem na 2ª Circular junto ao Quartel Ralis, passámos por um acidente dramático com uma vítima mortal, alguns de nós ficaram um pouco impressionados e para quem vai divertir-se não é nada agradável assistir áquilo.
Este início de história sobre a prova do Metro não começa bem e ainda não acabou, tinha acabado de passar no Arieiro e quando já descia rumo à Alameda surge, não sei de onde, à minha frente um automóvel desgorvernado em plena Avenida, atravessa-se e vai espetar-se contra uma das árvores que está plantada no separador central da Avenida, por pouco eu e mais alguns que ali íamos a correr não fomos apanhados, o próprio polícia que ali estava a regular o trânsito por pouco não foi apanhado também, alguém logo ali alvitrou que o homem estava perdido de bêbado, segui o meu caminho e o sugeito ficou com o carro estragado e entregue à polícia, a sorte ali protegeu-nos.
Foi um regresso mais a sério à estrada depois de andar nos últimos tempos pelos campos e serras de alguns locais lindíssimos do nosso país.
Não foi fácil e quem anda por trilhos e raides já sabe que não rende muito no asfalto, existe força mas isso é incompatível com um ritmo mais aceitável que pretendemos imprimir, a máquina, isto é, os pulmões não conseguem acompanhar aquilo que lhes é exigido, e eles é que têm razão.
Foi uma prova que fiz com bastante à vontade, sempre confortável mas com o pé no acelarador e atento à resposta que ia obtendo do meu pobre esqueleto. Aos 10kms passei com 51m e achei que ia demasiado depressa mas como ia a descer a Av.Almirante Reis deixei-me ir, um pouco antes já o Manuel Azevedo me tinha passado e andei ali um pouco ombro a ombro com o Carlos Coelho, até que numa pequena subida fui embora e ele ficou lá, foi pena porque até ao final fiz a prova "sozinho" e isolado.
Sei hoje que 5 credênciados atletas (2º grupo da frente) se enganaram no percurso, foi uma pena e é incrível como foi possível se terem enganado, mesmo em frente onde cortaram à direita estava a placa dos 12 kms, um pouco mais de atenção e teriam visto o caminho certo. Saúdo o seu comportamento no final não criando problemas à organização. Não fosse o grande respeito que tenho por eles recomendava-lhes que fizessem um pequeno estágio em provas de trailes ou raides para aprenderem alguma orientação. Não levem isto muito a sério.
Achei também estranho aquele dançar cruzado no retorno junto a Santa Apolónia, como foi possível aquilo acontecer? ir no corredor da esquerda e de repente termos de passar para a direita e após o retorno termos de novo voltar para o corredor da esquerda é de loucos. É que estavam ali elementos da organização e onde existia também um controle Chip e podiam muito bem ter deslindado e corrigido aquilo, mas não, iam-se divertindo a rir da sua própria incapacidade enquanto os atletas tiveram de fazer uma ginástica tremenda para não se atropelarem uns aos outros e ninguém sair magoado daquela triste situação.
Devido ás obras na zona do Terreiro do Paço foi penoso atravessar aquela zona no Campo das Cebolas na ida para Santa Apolónia, (é claro que a chuva também não ajudou), mas parece-me que a organização podia ter melhorado o percurso pois existiam ali alternativas, bastava irmos pelo percurso que fizemos no regresso.
De resto tudo impecável, há muitos anos que não fazia esta prova, ali encontrei mais uma vez muitos amigos e que por serem tantos os saúdo mais uma vez. As lembranças que me ofereceram no final dentro de uma mochila bem verdinha foram excelentes e também justificou um pouco a razão de termos no início dado quase uma volta ao Alvaláxia e conhecer um determinado túnel, que eu não conhecia, que pela sua extensão quase eleminava a eficácia do meu Garmin, mas lá conseguiu passar e registar tudo sem problemas.
Consegui fazer a prova em 1,17,41 (1,17,55 oficial) para os 15,260kms registados no meu Garmin a uma média de 5,05m por km.
Quem me dera nas serras trilhos e campos andar assim...
As longas distâncias acalmam até final de Abril, em Maio irão começar novamente de forma progressiva, 1º de Maio, Meia Maratona da Areia e depois a Geira Romana. vai ser um fartote.