terça-feira, 22 de maio de 2018

Ultra Trail S. Mamede, (Meia Maratona) 19/5/2018

Em 2015 aventurava-me à distância maior 100 kms do Ultra Trail de S. Mamede em Portalegre, partira ás 00,00h. e ás 14h estava a desistir com 70 kms percorridos, o calor e o esgotamento ditaram leis castradoras da minha vontade! Voltei agora passados mais 3 anos, não para a distância maior mas para a meia maratona (22,900) kms, as minhas condições físicas já não permitem ir muito mais além, mas permitem ainda continuar a palmilhar aqueles terrenos na serra sejam eles planos, a subir ou a descer, muito ou pouco técnicos, o que interessa é que esteja lá ainda que assista à partida com o bichinho a mexer, daqueles que ousam enfrentar as distâncias longas que um dia cheguei a partilhar.
Foi um regresso carregado de sentimentos, duas figuras muito queridas faltaram à chamada, Rui Pacheco e Analice Silva, as leis da vida retiram-nos o prazer da sua presença mas para cada um deles ficou-nos a lembrança do quanto ali foram felizes honrando-nos a todos pisar aqueles mesmos terrenos tão do seu agrado e satisfação.
Optei desta vez pela distância dos 22 kms, não tinha condições físicas para mais, a partida foi de Alegrete, último PAC da prova dos 100 kms, e um dos mais difíceis de ultrapassar, para os que começavam em ali Alegrete por si só as
dificuldades seriam as normais onde a altimetria de 755 metros positivos estavam distribuídos por 2 ou 3 pontos mais acentuados, embora o sobe e desce fosse constante, mas para quem ali chegava já com 80 kms percorridos aquilo complicava já que o desgaste anterior era enorme.
Gostei do percurso destes 22 kms, encontrei aquilo que mais gosto numa prova de Trail, linhas de água, pequenos ribeiros a que não regateei "matar" a sede, o calor era imenso e a partir do meio dia tornava-se insuportável andar pelos corta fogos, Sol a pique onde o único local onde estávamos bem era entre a floresta, felizmente bem aproveitada pela organização colocando à nossa disposição percursos excelentes para a prática da corrida. 
De resto foi um prazer enorme ter ali estado, um pequeno toque que sentia num dos gémeos desde a partida levou-me a ter precauções, queria era chegar e tinha encontro marcado na chegada com o Vitor Pinto, meu genro, eu apontava para as 5 horas de prova e ele para 15h na distância dos 100 kms, a pouco mais de 500 metros de chegar à meta eis que sou ultrapassado por ele, conseguindo o fantástico tempo de 14.53h. Eu ficava-me pelas 5, 01h. e 22,900 kms de distância percorrida.
À chegada esperava-me a volta à pista na sua companhia e a merecida  homenagem a um dos nossos que sempre nos acompanha nos nossos pensamentos!