quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Grande Trail Serra D´arga, aproveitando a companhia de Vitor Pinto e Rui Pacheco regressei à Serra D´arga após a ausência do ano passado devido a lesão.
Foi uma decisão de última hora, tanto mais que nem sequer estava inscrito, contei com a cedência de um dorsal de um amigo nosso que representa o G.D. da Granja que à última hora se viu impedido de participar, depois contei com a sempre simpática ajuda dos amigos da organização da prova, particularmente o Carlos Sá na regularização da inscrição.
Tive mesmo de participar na prova principal, 53 kms, não tinha alternativa devido ao facto de as provas mais pequenas se realizarem no dia seguinte, por compromissos assumidos não pudemos ficar para Domingo e assim tive de alinhar à partida para a prova grande!
Quando parti tinha a noção que não ia longe, nem podia pois quem conhece a Serra D´arga e o seu percurso sabe bem o quão é nefasto para as articulações, principalmente os joelhos, já que se anda em permanência a saltar de pedra em pedra de princípio a fim da competição. 
Fui por fases, primeiro até ao alto da Serra (3 kms) que fiz em 50 minutos, uma subida que vai dos 250m até cerca dos 700m, depois como era a descer (de rocha em rocha) e de novo uma subida sem dificuldades de maior, mas prolongada, cheguei ao abastecimento dos 15 kms já com duas bolhas nos pés, levava pensos e isolei as bolhas tornando mais confortável o andamento. Continuámos a subir por caminhos tortuosos mas mais acessíveis até ao planalto a cerca de 750m de altitude, depois foi descer e descer até esquecer, aqui começam também a fazer-se sentir a dor nos 2 pés, as unhas não foram cortadas, os sapatos já velhos não levavam palmilhas por esquecimento tornando-se assim as coisas muito mais difíceis, entretanto chego ao abastecimento dos 24 kms ainda muito animado e confiante, bebi uma sopa (canja) quase sem caldo e sem colher, só me tinham dito para levar o copo, para a próxima a colher acompanha-me.
Depois, bem depois começou o pesadelo, os "vassouras" que me acompanhavam dizem-me que este ano o trajecto da prova a partir dali passava por se fazer o percurso do Km Vertical, descemos então até quase à base da Serra (nível de 170 m de altitude) durante cerca de 1,5 km para depois então subir, subir (até esquecer) e chegar aos 800 m de altitude num espaço de 4 kms. Escusado seria de dizer que aquilo foi um tormento, o suficiente para queimar a réstia de esperança de chegar pelos meus próprios meios a DEM, iniciei esta subida final em último, depois ainda passei por duas atletas que falavam inglês à minha passagem e assim fui até ao alto da Serra, já nada lá havia, também não era para haver, algumas horas antes descera por ali perto ainda a caminho dos 24 kms e a algazarra era enorme, a lembrar-nos por certo que tínhamos de lá ir abaixo e voltar a subir por ali, era só o ponto mais alto da Serra a percorrer por nós.
Depois foi percorrer aquele lindo planalto onde apesar da imensa seca que nos atinge ali ainda se encontra muita humidade, muita vegetação verde, caudais de água nascente e muitos animais a pastar, nomeadamente cavalos e bois à solta. Ali estava também uma ambulância de apoio, eu passei olhando de soslaio, ainda não era a minha altura de parar, segui, mas o mesmo já não aconteceu com as simpáticas faladoras de inglês, entraram, deixando-me de novo na última posição!
Já quase no início da descida para Montaria os simpáticos vassouras passam por mim e informam-me que por certo já não poderir para além deste controlo de Montaria uma vez que já levava mais 1,5h para além do tempo de corte, ok achei bem, até porque já não estava a sentir nenhum prazer naquilo que estava a fazer, esta descida até a Montaria tem 5 km e é tramada de fazer, neste percurso de 10 kms levei "apenas" 3 horas para o fazer, imagine-se!
Em Montaria informam-me que já não havia ali corte e que poderia prosseguir, apenas teria de fazer os próximos 17 kms em 3 horas, impossível, nem sequer vou tentar pensei eu, pedi a minha evacuação para a meta e acreditem, parti feliz por ter conseguido chegar ali, 34 kms em 8h. Agradeço do fundo do coração àqueles 2 bravos companheiros que tiveram a paciência de me vir a vassourar quase toda a prova, também eles já sentiam as dificuldades próprias de quem tem de vir ao meu ritmo (quase sempre a andar), e à organização mais uma vez pela sempre simpatia com que nos acolhe! Talvez volte, veremos!
Garmin

Corrida da Festa do Avante 3/9/2017

Corrida da Festa do Avante, 2 anos depois da lesão do meu joelho esquerdo que incluiu uma operação para extracção dos meniscos interno e externo ainda existem muitas limitações e dificuldades na articulação da perna quando tenho de correr. Como no ano anterior apenas participei porque esta prova estará sempre no meu percurso de  corredor, contudo e devido ás limitações inerentes ainda consegui terminar, correndo e andando no bom tempo de 1,23h., a tempo ainda de terminar antes do encerramento da competição. De seguida e como faço sempre o resto do dia foi dedicado a visitar a Festa, bonita, divertida e como sempre voltarei.




terça-feira, 15 de agosto de 2017

Trail Noturno de Óbidos (21 kms) 12/8/2017

Ainda a recuperar de lesão grave que me levou à extracção total do menisco da perna esquerda recebi em Maio um convite irrecusável a altas horas da noite para participar no Trail Noturno de Óbidos do seu principal promotor Jorge Serrazina durante a sua participação no Estrela Grande Trail de 2017, seguia nesta altura com oVitor Pinto, meu genro, perante tal incentivo como podia recusar? Em Junho inscrevi-me para participar na Ultra da Freita a pensar já na Noturna de Óbidos, é certo que a preparação era ainda muito deficiente mas Óbidos e a Freita são duas provas ás quais eu só faltarei se algum dia me faltarem as duas pernas, na Freita levei o esforço só até 2 terços da prova (+- 40 kms), mas estou convencido que foi decisivo e um bom contributo para agora ter conseguido concluir a prova de Óbidos de 21 kms.
Foi aqui em Óbidos que há 2 anos começou o meu calvário do joelho, após a partida e ao fim de 1,5 kms a desistência, o menisco cedera e a fractura aconteceu logo de seguida, regressei ao ponto de partida e até aos dias de hoje o regresso tem-se feito a conta gotas, devagar e devagarinho a ver se a coisa ainda dá para espremer mais um pouco para ir matando as saudades, das serras e vales, da estrada, dos treinos, dos amigos e dos convívios saudáveis que vamos encontrando um pouco por todo o lado. Óbidos, pelas razões conhecidas e já apontadas apenas falhei a edição de 2016, este ano apontei apenas aos 21 kms, em todas as outras, excepto 2015, a minha prova preferida era sempre a distância mais longa, recordo ainda a edição de 2014 que pelo facto de já ter chegado perto do Castelo na manhã seguinte e com forte claridade não dei com o TÚNEL mal cheiroso pelo facto de não haver fitas e os sinais reflectores não se verem
com a luz do dia, evitando assim desta forma contribuir para o mau "ambiente" (cheiro)  que se criou junto à estrada e no local da chegada, não me perguntem o caminho que fiz para chegar ao Castelo e cortar a meta porque eu também não sei! 
Desta vez, no dia 12 apresentei-me bem, estava confiante apesar dos sempre deficientes treinos que tenho feito e me deixam sempre poucas garantias para poder estar totalmente tranquilo na hora da verdade. A correr parece que vou a fazer MARCHA, a perna afectada quando toca o chão vai direita, isto acontece em auto defesa incontrolável já que ainda permanece uma ligeira dor e por vezes também alguma falta de sensibilidade provocando alguma instabilidade que é preciso controlar em corrida.
Confesso que correu tudo muito melhor do que esperava, estranhamente melhor pois nunca pensei poder correr durante tanto tempo como acabou por acontecer, correr muito lento como é óbvio, aliás o tempo que levei a fazer a prova não corresponde ao tempo real de corrida, o frontal desta vez pregou-me a partida, 4 vezes tive de parar para o reparar, a última das quais tive de cortar as "bananas" e fazer ligação directa no 2º abastecimento da prova, mesmo assim voltou a falhar e não fora um frontal suplente que um elemento da organização me emprestou e não saberia como sair daqueles labirintos noturnos.
Óbidos estará sempre na minha lista de provas, voltarei, deixando aqui um abraço de felicitações aos obreiros desta formidável prova e um agradecimento a todos pela forma simpática como somos sempre recebidos.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Uma miragem sobre a Serra da Freita, o sonho e a realidade!

A magia da Freita continua tal como sempre a encontrei, com alguns retoques ela vai-se actualizando conforme os traçados escolhidos ano a ano pelos responsáveis que a modernizam. Não há planos seja de quem for que ali chegue e saiba o que o espera com a certeza que quando parte a batalha será ganha. Tantos sonhos que mais uma vez ficaram adiados para muitos, alguns deles profundos conhecedores de todos os meandros da Freita mas que a resistência física e mental não conseguiram vencer. Organizar uma prova destas requer um estudo permanente aliado ao conhecimento da Serra e adaptá-lo à resistência e capacidade humana, ora isto tem sido feito ao longo das 12 edições que a prova já leva. Pelas imensas capacidades que a Serra da Freita tem é de prever que continuem os testes à nossa capacidade física e resistência mental continuando a aumentar as dificuldades a cada ano que passa. É com o sonho de a vencer que as centenas de atletas partem à sua conquista sempre que se apresentam à partida, a boa disposição, a confiança que em si depositam, a boa preparação que trazem e o bom conhecimento que já têm da serra é motivo suficiente para um sentimento positivo para vencer e ultrapassar todas as dificuldades. Este é o sentimento de todos quando partem mas a realidade dura e crua para todos aparecerá lá muito mais para a frente quando a dureza e as dificuldades da prova começam a aparecer, (até para os melhores e mais bem preparados, que têm pretensões em a vencer). Para a maioria a grande machadada começa quando já não conseguem alimentar-se, são líquidos e mais líquidos que o próprio organismo de seguida começa também a rejeitar, o calor não sendo por aí além afecta também o discernimento, depois as dificuldades técnicas do percursos a acumular cada vez a partir da 2ª metade da prova desmoraliza qualquer um que por ali ande. Quem tem uma grande capacidade de resistência moral, aliado ao que vai resistindo de ordem física vai conseguindo levar a sua água ao moinho, aos outros não resta outro resultado do que ir resistindo até serem vencidos e procurar um refúgio para serem recuperados da serra e levados para o conforto do banho e aguardar nova oportunidade. Este é um relato e uma visão que se adapta perfeitamente a mim, parti e acabei a minha odisseia perto dos 40 kms de prova, (eram 65kms pela frente) um pouco antes de chegar à Lomba. Claro que as minhas condicionantes nada têm a ver com a dos outros atletas, a não ser a vontade de vencer e por isso voltei, arrastando-me sempre na cauda do grupo fui resistindo até quase ao limite, na descida (brutal) para a Lomba encontrei a estrada de alcatrão com destino à povoação, 1,5km para lá chegar e a desistência. Para ali chegar mais de 95% foi a andar e os restantes em passo de corrida muito lento. 12,30h foi o tempo decorrido desde a partida, tinha mais 14,30h para terminar mas o corpo e a mente não tinha mais nada para dar! Ela, a Freita vai continuar por lá, eu não sei se voltarei!

segunda-feira, 13 de março de 2017

3º Trail Cidade de Estremoz 12/3/2017

E à 3ª foi de vez, o Trail de Estremoz desta vez ficou marcada por mim no terreno, foram "apenas" 15 kms mas de grande satisfação, caminhando e correndo aos poucos os kms foram ficando para trás numa prova mais uma vez excelentemente bem organizada pelos amigos do Clube de Orientação do Alto Alentejo. Agradeço mais uma vez a forma simpática como fui recebido e obsequiado. 
15 kms em 2,34h foi o possível, ainda a contas com a extracção dos meniscos do joelho esquerdo e uma contractura nos gémeos da perna direita, para equilibrar como convém.
Para o ano regressarei, quem sabe...para subir uns furos na distância! 


domingo, 12 de março de 2017

Não voltaste, fomos ao teu encontro e levaste um pouco de nós todos. Deixaste-nos uma herança riquíssima que procuraremos salvaguardar durante o decorrer da

vida dos amigos que cá deixaste. A saudade já é imensa, um até sempre querida amiga.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Queremos-te de volta Analice!


A Analice corre para a eternidade, ela corre à procura do infinito, uma vida a correr sem olhar aos obstáculos que foi encontrando na sua frente, uma vida a lutar pelo dia de amanhã esperando a luz que a conduzisse pelo rumo que aspira para si e para os outros, uma vida a calcorrear vales e montanhas, estradas e desertos fazendo valer aí as diferenças de uma mulher guerreira que se afirma perante a coragem, o sacrifício e o exemplo, deixando a todos nós o caminho que abriu através da bondade, da simplicidade e da sua alegria.
Desbravou terrenos sobre as cinzas que a natureza lhe espalhou pela frente, tantas vezes as deixou para trás esperando que a natureza reponha o que ajudou a destruir. Também nós Analice esperamos que a mãe natureza saiba consagrar-te como uma das suas componentes e te dei-a a tranquilidade e a coragem para te trazer de novo para junto de nós!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O retorno desejado e começa um novo ano!

Está na altura de reavivar este moribundo blogue que desde a realização da Festa do Avante estava adormecido.
Relembro algumas actividades que entretanto fui fazendo, dentro das limitações físicas com que me vou defrontando, no sentido de poder voltar aos poucos à corrida e ás provas de trail de que tanto gosto.

TRAIL DAS BRUXAS EM BUCELAS EM 26 DE OUTUBRO DE 2016
Caminhada de 12 kms no tempo de 1, 55h


TRAIL AMIGOS DA MONTANHA EM 20 DE NOVEMBRO DE 2016
Trail na extensão de 19 kms com o tempo aproximado de 4 h


SÃO SILVESTRE PIRATA EM MONSANTO EM 16/12/2016
Treino/Convívio na extensão de 11 kms no tempo de +- 2 h.



BUCELAS, OCUPANDO O ESPAÇO DEIXADO LIVRE PELA NÃO REALIZAÇÃO DO TRAIL DE BUCELAS 2017
Treino/Convívio de Trail Caminhada no meu caso) na extensão de 9 kms com o tempo aproximado de 2 h



Segue-se Sicó na distância de 25 kms no próximo dia 26 de Fevereiro.