domingo, 12 de outubro de 2014

Meia Maratona da Moita, 2014


Levanto-me ás 08,30h e verifico que está a chover, já de noite tinha dado conta que que ela caía com alguma intensidade mas isso não me incomodou porque até gosto de ouvir o ruído da água a bater nos vidros ou nos estores, é sinal de vida e a Natureza soberanamente a exercer o seu papel neste já depauperado Planeta, mas aquilo que me interessava estava por decidir, tinha de treinar, se possível em estrada, exitava em fazê-lo aqui perto de casa ou ir até à Moita onde se realizaria a Meia Maratona anual neste Domingo, não estava inscrito e não gosto de correr infiltrado, respeito o suficiente quem organiza as provas para me aproveitar e usufruir dos apoios que disponibilizam aos atletas que se inscreveram e pagaram para terem o direito de participarem na corrida com todos os direitos e regalias. Ás 9,15h decido ir até à Moita, vou pela Ponte Vasco da Gama e é rápido a chegada à Moita, a chuva continua a cair e estava fresco, o meu genro Vítor Pinto está inscrito (bem como o meu Sobrinho Filipe Torres e o seu irmão Marco),
durante a semana desafiara-me a fazer esta Meia Maratona devido ao facto de eu ir à Maratona do Porto a 2 de Novembro, mas como ainda tenho de ir ao UTAX versão 42kms já no dia 18 (próximo Sábado) antes da Maratona estava exitante, mas ao chegar à Moita depressa ganhei alento para fazer a prova, faltava meia hora para o início e logo ali encontrei um amigo que tinha um dorsal a mais, a chuva a cair e a temperatura a condizer ajudaram à decisão, agarrei em 5€ e dei-lhe, tendo aceite apesar de alguma resistência, mas é assim que eu gosto, depois fui legalizar a minha participação com o meu próprio nome e o do meu clube, Amigos do Vale do Silêncio.
Ia preparado com equipamento para treinar e foi assim que parti, t,shirt e calção preto, ténis misto de trail e terra batida, boné laranja já muito usado e o meu Garmin 305, se tivesse planeado a
prova com tempo lá teria levado os amuletos todos e também o camelback me teria feito companhia, assim nada como voltar ás origens das minhas provas de estrada, não que tenha saudades, mas que por necessidade do calendário não pude fugir.
No início da corrida vem o Tozé de trás a ralhar comigo porque tinha começado muito depressa, apanha-me e lentamente vai embora, nunca mais o vi, a não ser quando já eu vinha a chegar à meta a 5´ao km o vi perdido na Moita a procurar o seu carro, com tanta volta na prova acabara por perder o Norte e eu lá o conduzi ao sítio certo pois vinha de Norte para Sul e ele recuperou do seu desnorte. Um pouco mais à frente chega-se a mim o José Pedro e o Pedro Ferreira, com a chegada deles considerei que ia mesmo depressa demais, por certo estes 2 amigos iam ali mas tinham em mente o seu familiar e meu amigo Joaquim Ferreira que estava prestes a chegar a Fátima numa
peregrinação que empreendera à alguns dias com o intuito de lá chegar no dia de hoje, por isso a sua tranquilidade porque ele atingira esse objectivo a que se propora, mas desde logo  seguiram na peugada do Tozé e eu fiquei no intuito de manter um ritmo que me permitisse fazer a corrida sem quebras e sem paragens. Perto dos 5 kms de prova cai a primeira carrada de água, vinha tocada a vento mas é assim que eu gosto dela e creio que ninguém ficou chateado com a sua visita, até final ainda tive a sorte de levar mais algumas pazadas dela de lado, de frente e de trás para não variar, mas que foi sempre bem vinda
Aos 10 kms passo com uma hora e alguns segundos e aos 12 kms 1,12h, é excelente, a média vem nos 6m km, um dos gémeos da perna esquerda começa a incomodar-me e a partir dali até final vou muito atento e procuro correr na estrada onde não haja inclinação para a esquerda. Estava assim até ao momento a conseguir correr até esta
distância sem ter a necessidade de andar para descansar um pouco, é verdade que o tempo fresco e a chuva estavam a ajudar mas as pernas também estavam a dar sinais muitos bons, decido então fazer a prova sem paragens no restante que faltava e assim verificar como estão as coisas para enfrentar a Maratona do Porto daqui a 3 semanas. O último km, (sempre a descer) embalo e rolo +- a 5´km, o Daniel já me esperava a meio, tinha terminado com o tempo de 1,39h, coloca-se a meu lado e reboca-me até à meta, digo-lhe que gostava de baixar das 2,10h e acabei por conseguir as 2,09,34h a uma média de 6,04 ao km (menos 9 minutos que a edição de 2013) para 21,380km percorridos, não que fosse um objectivo final mas forcei para amenizar a quebra da 2ª parte da prova, que foi mínima diga-se.
Terminei cansado e com as pernas bem pesadas, fizera 4 treinos de 12 kms esta semana que
passou, o último dos quais na 6ª feira sem saber ainda que ia fazer esta meia maratona, se soubesse as coisas se calhar tinham sido diferentes mas passado estas 3 horas de intervalo até agora acho que optei bem em estar na linha de partida desta prova, prova em que há vários anos sou assíduo e me deixa sempre muito satisfeito pela excelente organização que é colocada no terreno em apoio dos atletas desde os abastecimentos até à vigilância em todos os cruzamentos e entroncamentos, rapidez de processos antes e depois da partida, Uma normalidade que nos apraz sempre de registar.
Segue-se agora no Sábado o UTAX (42kms) e aguardar mais duas semanas pelo Porto para uma das maratonas que mais gosto de fazer, será a 18ª.

3 comentários:

JoaoLima disse...

Parabéns por mais uma, e encaixada no meio de tantas ultras e uma Maratona.

Justa referência aos voluntários que não arredaram pé, apesar das condições atmosféricas.

Um abraço e força para domingo!

Jorge Branco disse...

Parabéns campeão!

Sérgio Pontes disse...

Aqui está uma Meia Maratona à porta de casa, que para o ano vou querer fazer