quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Trail do Grande Lago do Alqueva.


Ao km 6 (Aldeia de Alqueva) venho a fechar o pequeno pelotão (57 atletas chegados) na companhia da grande campeã Analice Silva quando nos deparamos com os participantes da caminhada que tinham partido à breves momentos com destino à Aldeia do Amieiro a cerca de 15 kms, este breve encontro foi pretexto para os numerosos caminheiros aplaudirem de forma efusiva esta grande Sra. Aplausos merecidos mas que ela não quis capitalizar sozinha, um pouco mais à frente fez questão de os partilhar comigo, "ouve cá, eu quero partilhar contigo metade daqueles aplausos e apoio que as pessoas me deram, isto porque você também merece", vindo da Analice não me surpreende mas que fiquei engalinhado isso fiquei. Esta enorme satisfação pessoal viria a ser ensombrada de tristeza para mim pela desclassificação desta Senhora porque no final da prova enganou-se no percurso e fez menos 400 metros de prova, isto num percurso com 42 kms de extensão, rigor a mais? creio que sim pois seria a última atleta a chegar e concorria nos escalão mais de 60 anos sózinha, descuido da Analice? creio também que sim pois bastaria voltar atrás aqueles 400 metros após ser avisada por um agente da autoridade e retomar a prova e correr o último km de prova.
O Trail de Alqueva deste fim de semana (21/9) ficou assim assinalado para mim por sensações estranhas ainda que relacionadas com a corrida mas que nos marcam de forma surpreendente, pela satisfação como as coisas correram bem para mim e pela tristeza por ter saído de Portel sem saber de nada e posteriormente vir a tomar conhecimento do desenlace do final da prova da Analice da sua desclassificação pela Internet.
A prova de Trail do Alqueva tinha para mim o objectivo de meter kms nas pernas com vista a chegar melhor preparado à Serra D`Arga no próximo Domingo dia 28 de Setembro onde me esperam cerca de 53 kms muito duros e exigentes quanto ás metas impostas em termos horários para terminar aquilo.
Cedo fiquei para trás, à saída da Aldeia do Alqueva a Analice partiu ficando eu apenas com o Iko que nesta prova exercia a função de "vassoura", nesta posição da corrida apenas tinha um
objectivo, terminar, por isso desde aquele momento a minha preocupação era fazer a prova dentro das minhas melhores possibilidades e disso dei conhecimento ao  Iko que de imediato me pôs à vontade. outra das minhas preocupações passava por não me atrasar muito dos atletas que seguiam à minha frente, parece-me que não consegui este objectivo, mas ficava a cada momento incomodado por saber que a partir dali os postos de abastecimento apenas estavam montados em toda a sua amplitude enquanto eu lá não chegasse, sei que fiz o melhor que era capaz. 
Quero agradecer ao Iko o apoio que me deu e o espaço que me concedeu não me pressionando e à sua companhia que nos kms finais fez questão de fazer ao meu lado.
À organização e a todos os amigos que ao longo da prova, principalmente nos abastecimentos pelas palavras simpáticas que tiveram sempre comigo, em todas as mesas, procurei estar um pouco com todos, mas foi sempre breve essas paragens pois eu era o último e não podia esquecer que estava em prova e mais à frente havia muitos mais amigos à minha espera para me receber e desarmar as "tendas".
Agradeço também a companhia do meu filho Hugo Adelino que se estreou na distância da
Maratona mas na versão de Trail, com resultados aceitáveis considerando que a distância em prova nunca ter ultrapassado a meia maratona. Tem futuro se insistir mais algumas vezes em vencer mais algumas montanhas.
Não sendo o mais imortante, embora a considere como um sinal, consegui superar estes 42 kms em 6,37h,
Este valor é o suficiente, retirando-lhe apenas os 7m para poder superar a 1ª parte da Ultra da Serra 
D Àrga (33kms) no próximo Domingo, mas a dureza desta Serra vai ditar as suas leis e vai ser necessário muito empenho para a poder superar.








quarta-feira, 17 de setembro de 2014





A Meia Maratona de S. João das Lampas foi disputada este ano sob uma temperatura amena onde o sol esteve ausente para dar lugar a um aglomerado de nuvens tornando o ar quase irrespirável por influência da altíssima humidade e tempo abafado em algumas partes do percurso, principalmente os primeiros 6 kms. Os habituais chuveiros, agora inovados, e os abastecimentos de água tradicionais ajudaram a superar uma prova que em anos anteriores infernizou a vida de muitos atletas pelas elevadas temperaturas que se fizeram sentir. Foi neste clima mais favorável que mais uma vez participei nesta prova, será por certo das que mais vezes repeti e daquelas em que os organizadores a mantêm fiel em termos de traçado desde o seu início (exceptuando as primeiras edições,poucas diga-se. onde a distância era de apenas 20 kms e mais alguns metros), tornando assim possível um melhor conhecimento da prova e das suas dificuldades que de forma muito positiva se vai passando de boca em boca tornando-a pela sua persistência uma das mais antigas do calendário nacional e uma das raras que se vê crescer de ano para ano de forma organizada e também sustentada.
A edição deste ano contou com quase 7 centenas de participantes, só na Meia Maratona, ainda me lembro de lá ir algumas vezes onde o nº de atletas rondavam as 2/3 centenas, muito se alterou desde então, esta prova a par da Corrida do Avante são as que abrem a época para a maioria dos
atletas de estrada, a acrescentar a estes vêm também um vasto nº de atletas que desenvolvem a sua actividade de corrida mais virados para as corridas de montanha ou simplesmente por trilhos que por norma não têm início nem fim de época, ora esta prova tem em muito beneficiado desta nova realidade arrastando por si só e também muitos outros fiéis adeptos desta prova, a simpatia, a excelência da organização e o envolvimento da população em todo o percurso fazem o resto, é por isso que a prova cresce actualmente de forma extraordinária, as dificuldades das rampas existentes que faziam da prova uma barreira para muitos estão finalmente ultrapassadas, o que assistimos hoje é
a curiosidade de ainda existirem atletas que vão lá a 1ª vez para conhecer as dificuldades do que se diz e acabam por gostar e depois voltar. É assim S. João das Lampas que aprendi a gostar ainda na década de 80, uma prova sempre muito bem organizada e orientada por gente conhecedora, altamente responsável e cativante não deixando ninguém indiferente e sempre com vontade de lá voltar, eu serei sempre um deles.

Estou a preparar (com muitas deficiências de preparação) o Alqueva, Serra D`Arga, a Maratona do Porto e agora também AXTRAIL de 19/10 na distância da Maratona, por isso esta prova das Lampas era para reforçar o endurance que tem andado pelas horas da amargura, desde Óbidos que os treinos são muito fracos, não admirando pois que em algumas partes do percurso tivessem que ser efectuados a andar, nomeadamente nas subidas mais a pique e a partir dos 9 kms, nada que já não estivesse à
espera, o que importava mesmo era chegar e tirar o melhor aproveitamento físico possível com vista ao futuro próximo dos meus objectivos pessoais.
21,369 kms de distância percorrida, (o que está a mais se calhar deveu-se ás voltinhas debaixo dos chuveiros) e com a marca de 2,19,39h, a possível e não a que queria.
Parabéns a todos os que lá estiveram e também àqueles que conseguiram cumprir os seus objectivos, e á organização que mais uma vez montou e organizou impecavelmente mais uma edição prestigiando ainda mais a elevada consideração tida por esta já "velhinha" prova.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Corrida da Festa do Avante 2014

A corrida da Festa do Avante foi a todos os títulos mais uma organização perfeita, este ano sem a oferta da tradicional t,shirt mas com a facilidade de entrada no recinto da Festa de forma gratuita através do Diploma de participante atribuído a cada um no final da prova.
A partida da prova foi a exemplo do ano passado junto à Baía com um percurso muito bonito de ida e volta num total de 10,5 kms. Para mim tratava-se da 3ª prova de estrada deste ano cumprindo assim o plano traçado até a esta data no que se refere a provas a realizar no alcatrão, faltam ainda 3 até final do ano: S. João das Lampas, Maratona do Porto e uma S. Silvestre.
Como de costume fiz a prova muito lenta, os treinos desde a nocturna de Óbidos são poucos e de má qualidade, por isso a prudência imposta, até final do mês em 3 provas vou ter de percorrer mais 105 kms e por isso os treinos serão muito reduzidos de forma a tornar possível concluir o que para já está programado recuperando e treinando regularmente.
O calor apertou um pouco connosco na 2ª metade da prova, disso se fizeram sentir alguns atletas, principalmente os que corriam na frente, já que a maioria iniciava ali a sua época desporitva e não estavam muito virados para a competição, como ia acompanhado por um grupo simpático de amigos forcei um pouco na parte final para os acompanhar mas a 1 km da meta desliguei e fui num passo mais lento até ao final da prova onde já se via muita gente a regressar atrapalhando quem ainda se dirigia para a meta, creio que ali ainda há alguns melhoramentos a fazer pois a confusão instala-se junto ao portão de entrada dos atletas onde aqueles que já entraram procuram por sua vez sair e a passagem é só uma e muito estreita!
Nestes 10,5 kms de prova registei ainda assim 1,03h, demasiado rápido tendo em conta os meus planos iniciais.
Parabéns à Organização da Festa por manter uma prova desta dimensão de há muitos anos a esta parte e sempre com elevado nível, manchada apenas pelo elevado nº de atletas que se inscrevem faltando depois à partida uma elevada percentagem deles, daí resultar algumas alterações na edição deste ano, mantendo-se a inscrição gratuita, mas retirando a atribuição de t,shirts aos atletas.
Até amanha S. João das Lampas.