segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

S, Silvestre do Olivais, 30/12/2012

Todo o Grupo, ainda lá faltava alguns.
E pronto, encerrado o ano no que diz respeito ás corridas após concluir  S.Silvestre dos Olivais que teve lugar hoje em Lisboa. No meu programa para este ano incluía ainda mais 3 provas: Almourol, Pastor e Lezírias que por dificuldades físicas tive de abdicar com muita pena minha, principalmente a de Almourol e os Trilhos do Pastor, ainda assim consegui bater o meu recorde de kms em competição num só ano em mais de 60kms, fixando-o agora nos 920kms. Como dizia um amigo meu, Armando Almeida, que hoje teve a gentileza de correr a meu lado para apandrinhar comigo a proeza de ter ultrapassado as 9 centenas de kms este ano, a prova de hoje não sendo a mais difícil é daquelas que mais me custa a fazer, por certo muito curtinha e por me obrigar a andar a ritmos a que não estou habituado (5,40m no dia de hoje!), ainda por cima tenho andado com um pequeno problema no gémio esquerdo que não me tem deixado treinar como queria.
Hoje usei uma meia elástica para atenuar a lesão no gémio esquerdo, creio que resultou mas durante toda a prova senti outros problemas na mesma perna, 1º começou na canela e depois passou para a côxa superior, creio que não foi alheio o facto desta meia elástica ser muito apertada e ter pressionado em demasia os tendões provocando problemas extras que podia ter evitado.
A noite esteve excelente para correr, faltou, como em edições anteriores, um pouco de chuva para nos refrescar durante a prova, ainda assim esteve muito bom e o único abastecimento de água oferecido durante a corrida aos 5kms foi suficiente, no final registe-se ainda a oferta em copo de um isotónico muito apreciado pelos atletas que iam chegando, pelos menos todos aceitavam, eu como não bebo dessas bebidas dispensei.
Armando Almeida, a minha companhia de hoje na prova
O percurso delineado respeitou o do ano passado, creio que está muito bom, pessoalmente dispensava aquele subida interminável logo a seguir ao 1ºkm, mas como todos têm de lá passar e o Bairro dos Olivais é para ser conhecido por toda a gente não fazia sentido que sendo o nosso Clube (Amigos do Vale do Silêncio) criado e batizado neste Bairro não o visitasse na companhia daquele pelotão numeroso que levou animação e côr ás bonitas ruas ali existentes onde aqui e ali o público se juntou para nos saudar. 
A companhia do Armando Almeida, aqui lhe deixo o agradecimento, (ainda com mazelas de uma queda que dera há 3 dias atrás) foi muito boa para mim, embora isso tivesse exigido de mim mais aplicação obrigando-me a andar a ritmos perto dos 5,30m até perto dos 7kms, ora eu apenas treino para ritmos de 6m ao km, logo sei que alguma coisa há-de faltar até cortar a linha de meta, mas também é certo que aquela franqueza da companhia do Armando não me podia transformar em "salta pocinhas" e ir hibernando até chegar por isso esforcei-me para que ele sentisse que eu estava a colaborar e tivesse ao mesmo tempo o menos prejuizo possível, sei que se fizesse a sua prova conseguiria baixar dos 45m, assim finalizou a meu lado com a marca de 58,20m para os 10,310kms que marcou o meu cronómetro, a média ficou-se nos 5,40m por km, nada mau para mim, digo eu.
O nosso Prasidente Sr. Silva, com o 2º lugar da nossa Equipa
Deixo também uma palavra para todos o Amigos do Vale do Silêncio que compareceram em grande número a esta prova e pelo significado que ela teve, por ser a última de quase todos nós este ano e por aproveitarmos para a sua despedida com votos que o novo nos traga coisas melhores a fazer esquecer as sombras que nos ameaçam.
Classificações

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Meia Maratona de Sevilha 2012

Está finalizada a penúltima prova programada para 2012, a Meia Maratona de Sevilha realizada no passado Domingo dia 16 de Dezembro veio pôr termo também a provas com alguma distância considerável realizadas este ano.
Sevilha, e esta prova em particular, já me mereceram  7 deslocações nos últimos 10 anos e parece-me que este ciclo acabou aqui, não que esta Meia Maratona tivesse perdido qualidades ao nível organizativo (excepto a organização do local de chegada) mas porque a distância a percorrer para se chegar até lá desde Santa Iria da Azóia é saturante e o envolvimento final na chegada de apoio aos atletas já deixa muito a desejar, talvez os sinais de crise também estejam a chegar a esta prova que sempre nos presenteou muito bem ao longo das 6 edições anteriores em que participámos.
Nesta 34ª edição a prova esteve igual a si própria sem alterar nada daquilo que já se conhece, excepto os abastecimentos, mas aqui o problema continua a ser meu, chego demasiado tarde à meta, as 2 horas que levo para fazer a distância já não chegam para garantir à chegada o necessário apoio sólido, banana e laranja (era o que havia), atrás de mim muitos outros chegaram e não gostaram tal como eu da inexistência desse apoio indispensável após percorrer aqueles 21 kms bem difíceis.
Bem podiam partir as bananas em 2/3 bocados nos abastecimentos ao longo dos 5 postos, mas não, eram bananas inteiras, e muitas delas estavam espalhadas pelo chão, que podiam ser incaminhadas para a meta e apoiar aí os últimos classificados. Depois existem também os ganaciosos que ao chegarem nem sequer se lembram que existem outros a chegar e que precisam também de se alimentar, aqui a responsabilidade também é da organização ao permitir o acesso dos atletas já chegados de voltarem a uma zona de chegada para repetir e repetir até ficarem empanturrados, para eles os outros que se lixem!!! Apanhei uma água, devolvi o chip e saí dali para fora com a ideia de não mais voltar!
A prova até me correu muito bem, (até deu para aos 19kms beber uma imperial que me iria estragar o resto dia, mas isso é outra história), bem como aos meus 3 Amigos do Vale do Silêncio que me acompanharam, o Rui Pacheco, O Luis Santos e o Hernâni Monteiro, aos 15kms ainda ia dentro do objectivo traçado para esta prova, as 2h. mas aos 17 já levava 1minuto de atraso e decidi por incapacidade física não forçar nada e terminar a prova em condições aceitáveis.
Os 2,27minutos para além das 2 horas representa ainda assim alguma estabelidade nesta distância, recordo que na Maratona de Lisboa a 1ª parte foi feita exactamente com o mesmo tempo começando depois a partir dessa distância a quebra que se acentuaria até ao seu final.
Tempo final: 2,02,27h. distância 21,095kms.
Até ao Ultra Trail dos Abutres em Janeiro irei tentar recuperar um pouco, poupando-me, ainda que tenha até lá o treino/convívio noturno de Monsanto no dia 21, a S.Silvestre dos Olivais e o Cross da Laminha para fazer.
Prevejo um ano de 2013 bem engraçado!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Maratona de Lisboa, 2012

Ao concluir a 15ª Maratona tenho de concluir que de história pouco tem, a não ser pelo bonito número que já atingi, 11 das quais nos últimos 3 anos. Creio que desta vez ultrapassei aquela barreira de correr por prazer e entrar em larga escala numa situação dolorosa que de todo procuro sempre evitar. Mas ao iniciar sabia perfeitamento que mais km menos km esta fase viria a acontecer, até porque tinha a experiência da Maratona do Porto no final de Outubro, por sinal bem sofrida, em que os antecedentes à sua preparação foram exactamente iguais e daí poder extrair esta comparação entre ambas e saber o que me esperava durante e até ao final da Maratona de Lisboa.
Existe uma explicação para ter ultrapassado aquela barreira do prazer de correr e chama-se teimosia, há duas semanas estive no Ultra Trail dos Amigos da Montanha na distância de 60kms e como é evidente o tempo de recuperação é muito exíguo, mas mesmo assim acreditei que era possível fazer a Maratona dentro dos moldes habituais sem exceder aquele ponto de honra de correr confortavelmente, já no Porto pelas mesmas razões cheguei ao fim muito apertado e ultrapassando os limites, tal como agora, justificando-se talvez aí o Ultra Trail da Serra d`Árga de 45kms que fizera 3 semanas antes.
A 1ª metade da prova foi feita muito confortável e à meia maratona tinha 2,03h, aqui já excedia o tempo previsto das 2h. sentindo já algumas dores nas pernas que se traduziam num cansaço crescente, estava um tempo fresco e sem vento, o que era o ideal para se correr, não levei nada comigo desta vez, nem geles nem água mas não creio que o colapso a partir dos 25kms fosse derivado a isso. Aliás, aos 25kms havia um abastecimento com fruta e aproveitei para aconchegar o estômago, mas de pouco serviu.
Ao virar em Algés perto dos 28kms tive a noção que aquilo ia doer se quizesse chegar ao fim, antes de chegar ali áquele ponto de retorno tinha cruzado com muitos amigo que habitualmente encontro nos Trails e via nos seus rostos a marca do grande esforço que iam a fazer, daí saber o que me estava à espera, é a partir daqui que decido ir numa passada mais lenta porque ia sentindo a perca da sensibilidade nas pernas. Aos 30 kms tinha 3h. de prova mas a condição física era muito débil, vejo ali a Ana Pereira que esperava o testemunho da sua colega de equipa para o levar até à meta, incentiva-me com a promessa de pouco depois me alcançar, como já ia com pouco "gáz" não fazia a ideia que ela tinha o objectivo de me acompanhar, possivelmente até à meta.
É pouco depois de  Alcântara que ela me apanha e decide ficar ali comigo, reconheço que animei um pouco e aproveitei para aumentar um pouco o ritmo até chegar ao abastecimento dos 35kms, um pouco antes tinha encontrado um dos atletas estrangeiros que nos visitaram completamente agarrado e fortes dores nos gémeos que não conseguia sequer dar um passo, deitei-o no chão e ajudei durante alguns minutos até que se sentiu melhor, aconselhei-o a caminhar durante algum tempo e fui embora. Ao chegar aos 35kms disse à Ana para seguir que eu ia parar ali um pouco para comer alguma coisa e hidratar por forma a recuperar se fosse possível alguma coisa, nem lhe agradeci mas fica aqui o registo pelo seu gesto, simples mas que muito me valeu. A partir dos 35kms já ninguém desiste numa Maratona, pelos menos aqueles que correm com o objectivo de a terminar e sem qualquer outra preocupação, mas é a partir daquela distância que começamos a ver as dificuldades que muitos sentem em avançar, por nós conseguimos ver os outros e não falta da parte de quase todos uma palavra de incentivo, senti isso na Avenida Almirante Reis, foi ali que comecei a andar por períodos de 50/100 metros até voltar a sentir as pernas com alguma energia e voltar a correr, aqueles 3 kms até chegar ao Areeiro pareceram-me infindáveis.
Aqui chegado volto a hidratar-me com água e abalo com o objectivo de já não andar até chegar à meta, mas mal entro na Avenida de Roma vou de novo abaixo mas resisto ao ver ali perto a marca dos 41kms, decido então quando lá chegar caminhar um pouco ali já que aquele ponto coincide com uma pequena subida, mas é nesta altura que surge o meu colega de equipa João Inocêncio que veio ao meu encontro e me levou quase ao "colo" até à entrada do Estádio do Inatel onde me aguardava uma forte comitiva dos Amigos do Vale do Silêncio, uns tinham terminado já a Maratona e os outros tinham também concluído a meia maratona com grande sucesso. Só me resta agradecer a todos o apoio que recebi.
Deixo aqui uma saudação a 2 Amigos do Vale do Silêncio que se estrearam na Maratona de Lisboa: o Paulo Duarte (3,35h.) e o Fernando Avelino /3,43h.)e ainda o Juca Jacob que ao fazer a sua 2ª Maratona melhorou o seu recorde pessoal em 10m com a marca de 3,44h.
Passado este dia de 2ªfeira já quase completamente recuperado, com o treino também hoje efectuado e sem mazelas de maior, contudo sei que os limites estão a ser ultrapassados em termos físicos, mas era este o calendário que escolhi fazer e só por força maior é que não cumprirei os objectivos a que me propuz, falta ainda para completar o ano a Meia Maratona de Sevilha e a S.Silvestre dos Olivais, depois regresso para o Cross da Laminha e o Ultra Trail dos Abutres. A partir daqui recomeça tudo de novo, não sei se repetirei algumas provas das mais duras que fiz este ano, uma coisa eu sei, vai ser difícil repetir os 900kms que já fiz  este ano só em provas, uma marca difícil de repetir.
Para os 42,390kms que o meu relógio marcou gastei 4.27,21h. a um ritmo de 6,19m por km. (320m de altimetria de acumulado positivo) e uma pausa/parado de 5 minutos em todo o percurso.
O sentido já está em Sevilha no próximo fim de semana! Agradeço as fotos enviadas por alguns amigos.

Classificações