quarta-feira, 28 de março de 2012

Treino acompanhado com a inspiração de um amigo

Sozinho, mas a imagem do Melro estava ali atrás da câmara
Com o Melro no pensamento hoje de manhã novo treino, o mesmo cenário de sempre, o Parque Urbano de Santa Iria da Azóia, dizia a Ana à dias num comentário que deixou no meu blogue que ele estava cada vez mais bonito e eu confirmo, é uma alegria para todos nós quando vemos que ele está a ser bem tratado. Uma brigada C.M.Loures de limpeza e corte de matagal está a deixá-lo impecável, esperando nós que todo o recinto tenha o mesmo tratamento para bem dos nossos visitantes e de todos os aproveitam aquele magnífico espaço para ocupação dos seus tempos livres, correndo ou passeando.
No isolamento da nossa corrida, e neste caso da minha, deixamo-nos envolver pelos pensamentos que fervilham na nossa mente enquanto metódica e mecanicamente vamos dando liberdade aos nossos movimentos em passo de corrida por forma a que a distância a percorrer se torne o menos monótona possível, neste caso veio-me à mente o nosso querido amigo Melro, o fotógrafo que nos habituámos a ver em tantos locais do nosso país permitindo assim a todos nós que colecionássemos em fotos as recordações que perpectuam a nossa passagem por esta coisa bonita que é correr ou caminhar pelo nosso bem estar ou para satisfação de objectivos traçados na nossa vida desportiva.
Melro aqui estou à tua espera, até já
As entrelinhas das últimas postagens da Ana, da nossa querida amiga Ana, davam um sinal claro que algo não ia bem, não cometerei nenhuma inconfidência que fale aqui do seu pai e de um grande amigo que encontrei e que está a viver momentos difíceis ao nível da sua saúde, o seu coração tarda em dar-lhe o devido descanso que tanto merece, ele por certo saberá superar mais esta fase contando para isso com a sua grande força  de vontade e voltar  a estar conosco e com a sua família em paz e com saúde. 
Hoje o treino foi inteirinho a pensar nele, o exame a que se estava a sugeitar decorria praticamente à mesma hora ou perto disso e a emoção por vezes visitava-me, mas sei que ele é forte e que tudo iria correr da melhor forma. Aproveitei este 3º treino para prolongar mais um pouco o tempo de duração na esperança que a lesão não se fizesse sentir, uma hora era o objectivo mas ali chegado e porque as coisas estavam a correr bem acabei por fazer mais 10 minutos, 1,10h. para os 10,5kms finais. Creio que se tudo continuar assim poderei pensar em recuperar algumas provas que já considerava perdidas.
Agora está assim, bonito e à nossa espera.
Domingo não irei aos Trilhos de Almourol, com muita pena minha, quero agradecer o amável convite que o José Brito me fez para estar presente e acompanhá-lo durante toda a corrida, a exemplo aliás do que já tinha feito o ano passado, mas é muito penoso para mim estar lá e não poder correr, por isso deixo aqui os votos de sucesso para a Organização e para todos os atletas que participarem.

terça-feira, 27 de março de 2012

Recomeçar, a esperança volta de novo

Hoje devia estar aqui a escrever mais uma crónica das minhas aventuras de fim de semana, desta vez seria os Trilhos do Pastor, realizado ontem dia 25 de Março. Pouco sei dessa prova, os meus colegas de Clube foram até lá mas ainda não li nada sobre a sua participação, contudo duas coisas já me chegaram, o Rui Pacheco que foi ocupar a minha vaga, deixada em aberto devido a lesão, teve um comportamente excelente, ficou em 3º lugar da geral e 1º no escalão sénior, foi extraordinário porque este terreno não é o dele, não é mas poderá vir a ser pois tem excelentes condições para vir a ser um grande campeão. A outra notícia é que o Hernâni se perdeu no percurso e apareceu na meta do lado contrário do sentido da prova. Ele já não é um novato no Trail e a organização já deu provas em anos anteriores pelas excelentes marcações em todo aquele percurso. Mas compreende-se uma pequena distração e o que está determinado é que em 200 metros sem fitas o melhor é voltar atrás e recomeçar. Mas vou esperar pelo relato lá no nosso blogue para saber o que se passou.
É verdade, devia estar a escrever a minha crónica sobre esta corrida, ao invés disso escrevo com um otimismo moderado sobre o 1º treino que efectuei hoje após a paragem forçada devido ao problema que me surgiu na perna esquerda e que já dura desde os Trilhos de Sicó há precisamente 1 mês. Entrei muito receoso neste treino e à espera de a qualquer momento ter de parar de novo como acontecera em vezes anteriores, desta vez segui as instruções dadas pelo fisioterapeuta que me andou a tratar, correr até sentir a dor, depois parar e gêlo para cima. Não foi preciso uma parte desta recomendação já que durante os 30 minutos que corri não senti nada na perna, parei porque achei que já era suficiente, depois do banho passei a zona dorida com o gêlo e neste momento sinto isto em condições de amanhã repetir a dose.
A má circulação e e as dores do peróneo mesmo junto à articulação do pé poderão estar em vias de resolução para isso tenho de continuar a ser paciente e criar as condições de regressar aos trails sem receio de me magoar novamente. Os trilhos de Almourol vão ficar por fazer, talvez aproveite o convite do Brito para ir até lá e poder ajudar em alguma coisa que for preciso, mas devo dizer que me custa muito estar lá e não poder participar como aconteceu na Edição anterior, não sei...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Trail de Penafirme, Uma bonita prova manchada por erros evitáveis.

Tocado ainda com um problema na canela a que se custuma chamar de Canelite fui fazer ontem o 1º Trail  de Penafirme, ali um pouco a norte de Santa Cruz na Região de Torres Vedras na distância de 30 kms.
Escusado será dizer que fiz asneira mas quando parti sentia que a lesão podia ser gerida conforme a corrida se ia desenvolvendo, só que "esqueci" que ia fazer trail com terrenos agrestes onde não faltou muita pedra solta, rochas, mata, asfalto, areia e muito sobe e desce. Ao fim de 2 kms de prova começo a sentir a canela com dores ainda que ligeiras, nesta altura seguíamos pelas arribas junto ao mar na direcção Norte, seguia já nas últimas posições com 2 amigos, Mário Lima e Carlos Coelho. Quando passo de novo junto ao local de partida pelos 4kms tinha duas opções, ou ficava ali e aliviava a dor que já era intensa ou seguiria e iria passar as tormentas até chegar ao final, optei por seguir.
No 1º abastecimento  perco de vista os meus companheiros e ganho também a certeza que até ao final vou sofrer e a valer. Consigo juntar-me a outro grupo onde seguia a Dina Mota (a contas com problemas numa perna mas em vias de recuperação) e o António Pinho, por volta do 6º kms erro no percurso, devíamos ter virado à esquerda e fomos em frente gerando-se aí grande confusão, começámos a ver os atletas da frente ao nosso encontro (junto ás Termas), já tinham dado uma volta e tornaram ali ao fim de 12 kms  para seguir o seu percurso, como vimos as fitas pensámos que íamos bem mas não era assim, estávamos agora num dilema, por onde seguir? é que ali naquele local havia fitas para 4 lados diferentes e não havia ali ninguém da organização para ajudar, soube depois que muitos atletas acabaram por fazer menos 4/5 kms e falharam 1 ou mais controlos num total de 4. Quando a organização se apercebeu do problema ainda destacou para lá alguém ainda a tempo de evitar males maiores.
O meu grupo andou por ali para trás e para a frente até que optámos por ir pela estrada de alcatrão na direcção do Vimeiro mas continuávamos a não ver as fitas, até que ao fim de 1 kms começámos de novo as ver as fitas ao mesmo tempo que vemos surgir da esquerda da estrada uma atleta que vinha pelo caminho certo e que deveria ser também o nosso caso não nos tivéssemos perdido. Agora seguíamos com a certeza que a rota era a correta, a Dina vai-se embora e eu fico com o Pinho e a Margarida, aquela que surgiu ali da esquerda e que optou por ficar conosco, era a sua primeira prova para além dos 21kms e estreante em provas de Trail, acho que fez bem e as suas fragelidades depressa se começaram a notar, a juntar ás suas juntaram-se as minhas devido à canelite e também ao Pinho que resolveu levar sapatos justinhos ao pé e que ainda faltava espaço para a meia, o resultado foi desastroso, a juntar a isto estava também com um problema na coluna, que rico trio.
Depois de contornarmos aquela volta (Km12) chegámos de novo ao local da confusão anterior, descíamos uma Serra e quando chegámos ás Termas já seguíamos em frente, é quando um elemento da organização nos manda virar logo à esquerda, se antes e após a passagem dos primeiros clkassificados lá estivessem muita coisa podia ser evitada, agora percebo porque se deu a confusão é que o local onde nos mandaram virar à esquerda vemos mais 2 percursos de fitas e por onde havemos de passar depois desta volta que íamos agora iniciar. Ao fim de mais 4 kms descemos de novo uma Serra retornamos ali ás Termas para logo de seguida apanhar outro trilho que nos conduziria para a parte Sul da prova. Creio que poderia ser evitada aquela confusão criada aos atletas abrindo um pouco mais o espaço de proximidade entre os atletas evitando o contacto visual das fitas em circuitos diferentes.
 Conforme o gráfico que o Garmin demonstra o sobe e desce foi sempre constante, a parte mais alta estava a pouco mais de 100 metros mas quando descíamos o plano regista perto de 10 metros acima do nível do mar pelo que o total acumulado pouco passou dos 700 metros positivos, bastante acessível este Trail tornou-se doloroso por causa da lesão, seguia agora bastante devagar e muito inconstante, descia mal pois a perna doía cada vez mais, aproveitava as subidas para aliviar um pouco mas logo os meus companheiros se atrasavam, até que por força de terminar o mais rápido possível com as minhas tormentas, dicidi com muita pena, ir-me embora e evitar o prolongamento daquele soplício, mas fi-lo apenas nos 8 kms finais e numa altura em que já nos abeiravamos do mar. Para mim foi um alívio enorme quando comecei a correr em cima de areia e tive pena que aqueles 5 kms finais não tivessem sido feitos sempre em cima de areia já que ao passarmos pela arriba ali havia de tudo, muita pedra e rocha  tornando dolorosa a progressão.
Fui-me arrastando e quando cheguei ao areal junto ao Hotel de apoio senti um alívio enorme, faltava cerca de 1,5km que são feitos sempre em passo de corrida até cortar a linha de meta, tendo ainda antes de lá chegar percorrido a pista de corrida de cavalos com cerca de 400 metros de diâmetro.
Após a chegada fui prontamente assistido pelos Bombeiros (a quem desde já agradeço a simpatia e dedicação) que ali estavam a dar assistência aos atletas. Ao fim de 10 minutos de gêlo segui a caminho do "almoço", aqui os parênteses justificam-se porque naquele momento senti muitas saudades daquilo a que estamos habituados, e quem lá almoçou compreenderá aquilo que quero dizer.
Creio que a prova tem muito a melhorar no que diz respeito ao seu percurso, existe demasiado asfalto que é percorrido, as partes do verdadeiro trail devem manter-se pois está espectacular, existe Serra suficiente para criar novos trilhos evitando-se aquelas curvinhas que nada trazem de novo, a subida e passagem pelo túnel foi de sonho bem como vistas extraordinárias que fomos tendo ao longo do percurso, recomendo a quem queira experimentar esta prova, eu voltarei sem qualquer dúvida pois sei que aquilo que fizeram em apoio aos atletas foi exemplar, trilhos bem limpos, outros nem tanto como convém, nas subidas agrestes aqui e ali não deixaram de abrir alguns degraus, creio que o pessoal do trail dispensaria essa atenção, mas pronto esta bom e isso é que interessa.
Não sei qual a decisão final da organização quanto à classificação geral, mais de metade (ouvi falar em 80%) dos atletas não passaram em todos os controlos por sucesivos erros de orientação, sendo por isso desclassificados. Eu, conforme o gráfico que anexo fiz todo o percurso, excepto o erro ao 6ºkm mas retomado o percurso pouco depois e tenho assinalado no meu dorsal os 4 controlos feitos pela organização. A culpa principal pelo ocorrido é dos atletas, correm sem olhar por onde devem ir no entanto qualquer organização deve acautelar com nitidez os cruzamentos que os atletas devem percorrer e assim precaver possiveis erros que podem ser evitados. Se a prova for anulada eu compreendo mas custa-me aceitar porque fiz todo o percurso e não tenho culpa dos erros dos outros.
Os meus dados estão no Gráfico: 29,750kms e o tempo de 4,55,20h.

Ver fotos aqui

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Revista Spiridon, o meu recorde e a Meia Maratona de Lisboa

A Revista Spiridon e o meu recorde à Meia Maratona quase se fundem numa comemoração que está a ter lugar neste mês de Março, precisamente no ano em em que se realiza a 22ª Edição da Meia Maratona de Lisboa, a 25 de Março de 2012.

Porque está a decorrer a comemoração dos 200 números editados pela revista Spiridon, cuja iniciativa a cargo dos amigos Jorge Branco e João Lima e está a ter um grande sucesso com a publicação de depoimentos de vários atletas e amigos que de uma forma ou de outra estiveram, e estão ligados a esta Revista pioneira na informação desportiva ligada ao Atletismo, aproveito para neste âmbito juntar a minha modesta homenagem divulgando aquela que foi o Nº 82 publicada em Maio/Junho no longínquo ano de 1992. E porquê esta? Porque foi o ano em que alcancei a minha melhor marca à Meia Maratona, precisamente na 2ª Edição da Meia Maratona de Lisboa e que esta excelente Revista publicou nas suas páginas interiores, há precisamente 20 anos atrás.

No soblinhado ao fundo do lado direito lá está o meu registo: 1,16,27h. À péle, mas ainda consegui entrar na primeira folha da classificação, que tempos fantásticos aqueles, hoje (sem nostalgia) apareço na última folha, mas ao mesmo tempo feliz por ainda cá andar e poder, dentro das limitações impostas pela vida, percorrer as mesmas distâncias mas com outro espírito diferente de modo a que a prática da corrida corresponda para mim uma salutar forma de bem estar e convívio com os amigos.
Termino com um incentivo à leitura que periodicamente a Revista Spiridon publica para todos os amantes da corrida, no seu interior pode encontrar sempre excelentes artigos sobre a prática da corrida, resultados e diversas iniciativas que se vão desenvolvendo no país e estrangeiro, como por exemplo este artigo que vem publicado em Editorial neste número e da autoria do seu director, professor Mário Machado:

Porque me revejo no conteúdo deste artigo, basta lembrar-me do tanque em S. João das Lampas, e por achar que está sempre actual esta e outras chamadas de atenção, reforça a ideia que após todos estes anos de prática da corrida temos sempre ainda muito a aprender e também a lembrar que tudo o que vamos desenvolvendo ao praticar a corrida deverá ser feito com a atenção devida e conhecimento e evitar os erros que por vezes se cometem desnecessariamente.
Quero também enviar daqui uma saudação ao meu caro amigo e Comando (Mário Lima) porque foi neste ano de 1992 e prestes a completar na altura os seus 40 anos de idade que se iniciou na prática da corrida, era um dos duros e felizmente ainda cá anda nos dias de hoje para grande satisfação minha e de muitos amigos que o conhecem.

Ei-lo aqui com o seu sorriso de sempre a terminar o Trail Terras de Sicó no passado dia 26 de Março.

domingo, 4 de março de 2012

Corta Mato de S.António dos Cavaleiros, 4 de Março de 2012

A equipa de CCD de Loures
Realizou-se hoje mais um Corta Mato em Santo António dos Cavaleiros, de novo a contar para o Calendário de provas integrado no Torneio das Colectividades do Concelho de Loures para a Época de 2012.
Estive presente a acompanhar o meu campeão Hugo Adelino e a rapaziada do CCD de Loures numa jornada que reuniu centenas de atletas de todos os escalões ectários. Aproveitei e revi ainda muitos amigos uma vez que só ocasionalmente vou aparecendo nestas provas já que o meu calendário de provas não permite passar por lá mais vezes.
Foi excelente o comportamento mais uma vez do Hugo, correndo nos escalões de veteranos obteve o 6º lugar da geral e o 2º no seu escalão mais de 35 anos. O CCD de Loures obteve também a 9ª posição da tabela colectiva.
O meu Clube o AVS não se fez representar nesta prova, a demonstrar de certa forma o desinteresse que o Torneio de Loures motiva nos seus atletas  com as políticas seguidas e a falta de investimento nas camadas jovens com projeção com vista ao futuro.´
Aproveitei a minha ida e tirei algumas fotos e registei em vídeo algumas passagens da prova dos veteranos que disponibilizo logo abaixo.
Como ando a recuperar de uma "canelite" talvez reapareça em Vila Franca ou em Torres Vedras dia 18 de Março. 
Fotos aqui