quarta-feira, 27 de junho de 2012

Trilhos Loucos de Reixida, 24/6/2012

Tal e qual como nos treinos, água a rodos
Para que fique registado aqui neste meu cantinho de encantos e desencantos (felizmente poucos) deixo algumas palavras pela excelente aventura (mais uma) que os amigos de Reixida nos ofereceram com a realização de mais uns Trilhos Loucos de Reixida realizados no ido dia 24 de Junho. Foi a 3ª vez que lá fui e em todas elas me surpreenderam, sempre diferentes e para melhor, quer em bonitas paisagens e percurso quer o adicionar de mais alguma dureza a cada edição que promovem. Depois mantêm aquilo que mais aprecio que é a passagem pela nascente do Rio Liz, desta vez entrámos duas vezes no rio mas para mim se fosse possível faria o percurso na totalidade dos 20 kms ali dentro. Depois o calor que estava também ajudou (na incursão na água) , embora ele só se começasse a sentir mais fortemente lá para o final da prova, mas foi o suficiente para a Organização (e muito bem) se preocupasse e colocasse mais postos de abastecimentos de água durante o percurso. Eu como levava o kamelback não ia muito preocupado mas via por ali muitos que nem pinga de água levavam, coisa que não aconselho a ninguém pois se há coisa que num Trail não pode faltar seja a quem for é a água.
Cascata improvida com banho
Já outros levantaram a questão mas parece-me de absoluta necessidade (creio que para alguns) que +- a meio da prova se colocasse lá um abastecimento sólido em que constasse principalmente fruta fresca tais como: laranja, banana, maçã e ou melancia. Encontrei um abastecimento com água e maçãs mas considero insuficiente pois o esforço dos atletas é muito intenso e justificava-se para quem necessitasse algo mais que ajudasse a repôr as energias entretanto perdidas. No meu caso pessoal vou sempre prevenido com alguns produtos, embora a maior parte das vezes acabo por me esquecer e regresso normalmente com a mochila atestada.
Encontrei uma inovação espectacular a meio do percurso uma cascata improvisada de água  colocada no cimo de umas rochas alimentada por um depósito colocado em cima de camião e manuseada a sua abertura por um elemento da organização á nossa passagem possibilitando a quem o pretendesse refrescar-se lá debaixo afastando por momentos o calor abrasador que nos queimava já as partes menos protegidas do nosso corpo.
Ponto mais alto, estavam a controlar-me lá bem em cima
Desta vez fui acompanhado de mais 4 AVSilêncio (Rui Pacheco, Rui Almeida, Filipe Ramalho e Vitor Pinto), nas vezes anteriores fui sempre sozinho, confirmando-se assim a apetência cada vez maior de mais amigos do nosso Grupo a aderirem a estes eventos na Montanha onde a dureza mais se faz sentir nesta nossa mania de enfrentar sempre novos desafios independentemente das suas dificuldades.
Com algumas queixas apesar de tudo todos gostaram de fazer a prova, queixas essas que nada tem a ver com a organização que foi impecável mas sim por algumas partes do percurso não serem do seu agrado, mas isso é normal numa prova como esta que está sempre a surpreender-nos, o puro Trail estava lá e o nome que lhe foi dado também ou não se chamasse áquilo Trilhos Loucos de Reixida.
A nossa equipa, AVSilêncio
A prova teve 19,500kms de extensão nesta 3ª Edição, a 1ª tinha 16kms e tem condições para continuar a aumentar mas devido à sua dureza era de bom senso manter o que já está, apenas acrescentaria mais algumas centenas de metros à nossa passagem pelo ribeiro evitando-se aquela parte de sair e voltar a entrar.
Concluí com o tempo de 3,13h. e muito confiante para o que se segue no próximo Sábado e principal objectivo desta época, a Serra da Freita.
Classificações

terça-feira, 12 de junho de 2012

Mais um treino de Trail com a Serra da Freita no horizonte, 11/6/2012

Mais um treino a caminho da Serra da Freita, na companhia do Daniel (meu Genro), Rui Pacheco e Nuno Gameiro fizemos mais 34 kms passando pelos Caminhos do Tejo até Alverca fazendo depois uma incursão à Serra logo após a povoação de Arcena em Alverca até chegar perto de Mato da Cruz, depois foi percorrer as serras desde o Cabêço da Rosa, Monte Serves, Eólicas junto à pedreira até chegar à Granja, ali ao lado de Vialonga. Importa nesta fase para além de kms a duração dos treinos, desta feita foram 4,44h. à média de 8,20m por km.
A Serra da Freita tem de extensão para fazer 70 kms, mais de 4 mil metros de acumulado positivo, trilhos manhosos e um rio de sonho para ultrapassar sendo necessários 17,30h. para vencer aquilo dentro dos limites impostos, ou seja à média de 20kms para cada 5 horas. Pode parecer fácil à 1ª vista, até porque dispomos de 21 minutos por km para vencer aquilo mas só para quem não conhece aquilo é que poderá pensar que se faz com uma perna ás costas. É por isso que estou a preparar melhor a minha resistência para tais dificuldades.
Dizia o José Moutinho (organizador da Prova) à 2 anos no pequeno breifing que fez e também já depois de terminada a prova que numa prova com esta dificuldade extrema tem de se treinar também de uma forma afincada a caminhada e é isso que tenho feito, para além de ser mais agradável caminhar, este movimento permite restaurar forças para se correr em locais mais acessíveis e assim possibilitar uma progressão assente em bases mais resistentes.
 Tenho de louvar aqui a paciência que os meus colegas de treinos têm tido comigo ao se manterem sempre por perto já que eu de forma alguma e em circunstâncias normais jamais os poderia acompanhar, tendo eu aproveitado ao máximo a sua companhia procurando mesmo assim contribuir para se tirar o máximo de rendimento do treino de cada um deles.
Falta menos de 3 semanas para a Freita, tendo ainda os Trilhos Loucos de Reichida para fazer no próximo dia 24 de Junho, nesta fase creio que o plano está a ser cumprido com um treino semanal acima dos 30 kms depois de ter concluído com êxito o Ultra Trail de S. Mamede à 3 semanas atrás. Assim creio ser possível desta vez superar as dificuldades que a Freita representa, com já "conheço" a 1º parte espero pelo menos alcançar os 40 kms com 8 horas de prova deixando para os restantes 30 kms as 9,30h seguintes que tenho como limite para terminar aquilo. A partir daqui é a Freita que está no meu pensamento, pelo respeito que lhe tenho e pelo desejo imenso de a vencer.
Mais fotos

domingo, 3 de junho de 2012

Corrida do Mirante, um dia especial

O Mirante este ano foi uma prova especial para mim, muito por culpa da minha filha Susana Adelino, foi o seu regresso ao fim de 2 anos e 1 mês a uma competição de pois de fazer uma pausa para ser mãe e trazer a este mundo uma linda criança. Para mim foi um prazer imenso em apadrinhar este seu regresso ainda que um pouco enfurrejada mas dando já sinais de alguma consistência física que com o andar do tempo se vai consolidar por forma a que se torne mais fácil o seu desempenho, seja em provas de Trail ou outras de menor dificuldade.
O Mirante foi a prova ideal para nós, para mim serviu para estabelizar um pouco do empeno que herdei da Serra de S. Mamede e que ainda não está totalmente estabelizado, para a Susana porque a distância era muito "curta" e permitia-lhe ter algum descanso entre as partes mais difíceis e aquelas mais acessíveis.
A corrida esteve sempre muito bem controlada, nas subidas mais acentuadas andávamos a um ritmo mais vivo permitindo dessa forma ir ultrapassando alguns atletas (se bem que isso não tivesse grande importância para nós), no restante percurso conseguimos sempre correr, em especial na parte plana, já que as descidas mais acentuadas eram feitas com alguma prudência devido a alguma perigosidade devido ìnclinação e ao terreno irregular, nomeadamente pedras e buracos. A princípio ainda receei que teria dificuldades em acompanhar a Susana porque levei tempo a ambientar o corpo novamente à corrida, logo que este pormenor ficou sanado pude então ir orientando a nossa corrida, poupando à Susana um esforço maior e aguardando por ela no final das subidas onde acusava maiores dificuldades.
A 2ª parte da prova já foi feita com maior consistência, até com o aproximar até nós de alguns amigos atletas do Mundo da Corrida de entre os quais se encontrava o Mário Lima, dali até ao final fez-nos companhia ao mesmo tempo que ia tirando algumas fotos, algumas delas ilustram este têxto, mas para isso teve de fazer alguns sprintes para a frente para conseguir obter as imagens magníficas a que já nos habituou.
O ritmo médio que conseguimos foi de 7 minutos, numa prova que atingiu o máximo de subida acumulada de 600 metros.
A prova registou 12.100 kms e como o último km foi feito sempre a descer acabou por ser o mais rápido, 4,50m.
O tempo final ficou-se pelas 1,34h. considerando eu uma boa marca dadas as dificuldades encontradas e acusando ainda algum desgaste acumulado de provas anteriores e presentemente dos treinos que continuam duros face ao aproximar de novo desafio, a serra da Freita no próximo dia 30 de Junho.

Uma palavra de parabéns e agradecimento para a Organização que montou impecavelmente esta prova, trilhos bem limpos e bem marcados. Fiquei agradavelmente surprendido com aquela subida ao Mirante quando já vínhamos no regresso um singletrack espectacular.


Fotos
Fotos: De Mário Lima, Anabela, e J.Adelino.