sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2ª "S.Silvestre Pirata", Monsanto 28/12/2011

Por muito que se diga as palavras nunca dirão tudo, podem quando muito dar uma ideia afastada daquilo que se passa ou passou, ou ainda no limite dar uma olhadela naquilo que muito se escreveu e escreve por quem teve a sorte ou disponibilidade de ter participado na 2ª S.Silvestre Pirata realizada à noite no dia 28 de Dezembro de 2011 nas matas de Monsanto, em Lisboa, com partida e chegada no Parque de Campismo de Monsanto.
Compareceram à chamada 180 atletas, sem dorsais, sem pagamento de taxa (apenas 0,50€) para pagamento de ocupação da sala de convívio, apenas e só o mínimo de organização que funcionou tipo pirataria já que praticamente não se fizeram notar "os carolas" que puzeram a rolar e a circular pelos diversos trilhos da mata de Monsanto. Ainda assim deixo aqui alguns nomes que dinamizaram esta iniciativa através do Forum O Mundo da Corrida: Luis Miguel, Orlando Duarte, Luís Parro, que em conjunto com mais alguns tornaram este treino/convívio um grande sucesso.
Não participei na 1ªEdição realizada o ano passado e por isso a curiosidade era imensa e o número de inscritos já era assustador, mas este ano não podia faltar e só por motivo de força maior é que faltaria (o que esteve quase a acontecer) pois só na véspera é que garanti a minha presença.
Cheguei lá quase com duas horas de antecedência, aliás como habitualmente faço, e já lá estava o Orlando Duarte e a sua esposa a preparar a sala e a cozinhar o caldo verde e a canja para nos ser ofertada no final do treino pirata. Só por volta das 20,30h. é que começou a chegar com muita intensidade todos aqueles que se inscreveram e outros que lá chegaram sem estarem inscritos e não sabiam que tipo de organização estava a organizar aquilo, mas tal como os outros também foram aceites.
Apesar de pirata ouve o cuidado de esclarecer à partida por quem conhece bem a Serra (Orlando Duarte) que tipo de evento era aquele e os cuidados a ter, nomeadamente os andamentos e os grupos que se podiam formar, 2 ou 3 no máximo. Eu olhei em volta e comecei a ficar preocupado, deveria ser o mais "velho" que ali estava e "apenas vislumbrava rapaziada mais nova e uma grande parte deles identificada já com provas de Trail. Tinha sempre uma outra opção pois o Orlando tinha idealizado uma volta de 9 kms para aqueles que optassem por um circuito mais pequeno, mas não me intimidei e lancei-me para o circuito principal.
É impossível pedir, nem isso foi feito, que todos fossem num andamento que permitisse a todo o grupo manter uma ligação do princípio ao fim e chegarem todos tal como partiram, e não foi preciso muito para perceber isso pois os mais capacitados logo trataram de arrancar levando consigo apenas aqueles que iam resistindo estendendo desde logo aquele imenso pelotão, a noite estava muito escura mas amena e os frontais davam um efeito espectacular no meio da mata que por certo deixou bem surpreso quem por ali passou e assistiu. Segui nos primeiros kms no último quarto do pelotão mas a partir do momento em que entrámos nos trilhos onde o sobe desce era constante e as curvas eram atrás uma das outras perdi a noção, não só onde é que estava mas também o meu lugar no meio daquele enorme grupo de "piratas". 
Pela 1ª vez tinha instalado um Trek no meu Garmin, exactamente aquele que foi utilizado o ano passado, e seguia com alguma curiosidade a sua leitura durante a minha corrida, mas era impossível  ter ali uma garantia que se tivesse ficado sozinho na Serra não me iria perder, por isso a minha preocupação era não me deixar ficar só. Perto dos 5 kms começo a ver cada vez menos gente atrás de mm e há minha frente via afastar cada vez mais os mais próximos, para agravar a situação o Garmin informa-me que já ia fora de rota, de seguida encontro o grupo do Luís Miguel que vinha do lado esquerdo e por certo se tinham enganado ou então era eu que já vinha em caminho errado e por sorte encontrei-os ali. Agarrei-me a eles, era ainda um grupo numeroso e se não queria ficar isolado tinha tentar seguir com eles, mas foi sol de pouca dura, via-os afastarem-se aos poucos cada vez mais pois aquilo ainda não estava estabilizado e não havia a necessidade dos da frente se irem a preocupar com quem vinha lá atrás, essa preocupação tinha de ser minha ou então não me tivesse eu metido naquilo, de vez em quando apontava o frontal ao relógio e ia verificando as incidências da altimetria que iam surgindo à minha frente, só de ver arrepiava mas não tinha outra opção do que seguir e não perder aquele grupo, pois atrás de mim já não tinha mais ninguém, ou porque se atrasaram ou porque se perderam pois o trajecto não tinha qualquer marcação e era totalmente pirata.
Consegui ir na cauda do grupo ainda que à distância cada vez maior havendo alturas em que os perdia mesmo de vista, por sorte um pouco mais à frente eles vão por um caminho errado e logo que deram pelo erro (o Tigre também levava o Trek e ia a orientar o grupo) voltaram atrás, o suficiente para eu chegar junto deles para nunca mais os largar, a partir dali começou a haver o cuidado de não deixar ninguém para trás. Nas subidas mais longas e íngremes perdia sempre um pouco de terreno mas era logo recuperável nas descidas seguintes, descidas estas que em alguns casos eram muito perigosas face à inclinação, aos buracos, à água e lama exestente em alguns locais e à muita pedra solta que havia em quase todo o percurso. Do grupo destaco para além do Tigre, o Serrazina e o Mimoso, ilustres finalistas do último Ultra Trail do Mont Blanc de 166kms, João Gonçalves, Dina Mota, Paulo Pires e muitos outros, eu ao pé deles sentia-me orgulhoso por ali estar, ainda que para o conseguir fosse necessário ir buscar forças não sei onde. Os kms foram sendo ultrapassados, agora também eu ia dando uma ajuda na orientação do trajecto a seguir, pelo menos dava para eu ir mais tranquilo, agora ia também mais confiante e seguro que iria conseguir chegar com eles pois já tínhamos passado a barreira dos 10 kms e o ritmo não sendo menor deu para me adaptar sem grande sacrifício.
Aqui e ali ia recebendo palavras de incentivo por parte daquela rapaziada e eles viam que a minha determinação era tal que os tranquilizava também para o resto que faltava. Tinha já perdido totalmente o Norte de onde estava, se estivesse sozinho já não saía de lá tão depressa mas confiava naquele grupo e a confiança que o Tigre nos ia transmitindo. Continuámos ás voltas, em alguns casos junto ao alcatrão mas sem nunca o pisar, a não ser para o atravessar, o meu Garmin ia-me mostrando que a nível de subidas e também das descidas ainda estávamos longe de terminar, até que atingimos o último topo e começamos a descer até alcançarmos a estrada que nos levaria de regresso a Parque de Campismo, estes 2 últimos kms foram percorridos como se estivessemos a libertar-nos de um colete de forças, foi expontâneo, a passada abriu de tal forma progressiva que ninguém ousou ficar para trás, eu colei-me de tal forma, não para me fazer de forte mas para não perder a ligação pois ainda não sabia que o Parque corria a nosso lado ali mesma à nossa esquerda, e ali me mantive ao lado daquela saudável juventude em corrida certinha mas bem rápida até alcançarmos o portão do Parque onde fomos recebidos calorosamente.
Não sei se fomos os únicos que completamos todo o percurso previamente estabelecido, nem isso é muito importante, pois o objectivo foi conseguido e num evento destes todo o tipo de "piratarias" é permitido já que é este o sentimento principal que procuramos.
No final fica registado que fizemos, (o meu grupo) 16,080kms com o tempo de 1, 43h. e sem mazelas.
O convívio que se seguiu serviu para completar esta grande jornada de confraternização, mantendo-se o espírito que nos norteia de amizade em torno de um desporto que se quer cada vez menos competitivo e onde todos se sintam integrados e aceites.
Para o ano, neste ou noutros moldes como já disse o Orlando Duarte, tudo farei para continuar a fortalecer esta ideia que vai germinando e nos contagia a todos.
Um obrigado aos organizadores, à Gerência do Parque de Campismo e á companheira do Orlando Duarte pelo trabalho de apoio que desenvolveu no apoio a todos os participantes na confeção da Sopa e da Canja, que dizem, estava excelente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Meia Maratona Sevilha-Los Palácios.

Pela 6ª vez participei na Meia Maratona de Sevilha, assim chamada mas na verdade de Sevilha tem muito pouco, já que saímos a 6 kms de Sevilha seguindo ainda mais para Sul até chegarmos a Los Palácios & Vila Franca a cerca de 18 kms.
Mas é uma prova que considero espectacular desde a 1ª vez que lá fui há cerca de 10 anos. Desta vez segui com com mais 6 Amigos do Vale do Silêncio em transporte particular, claro que não é tão cómodo como ir de Autocarro, mas como em tempos de crise anda toda a gente a cortar não nos resta outra opção do que fazer mais alguns sacrifícios para podermos estar onde gostamos e também onde somos respeitados e bem tratados.
Estive ausente nos 2 últimos anos desta prova e ao regressar notei algumas alterações, não no percurso que estava intacto e igual ás edições anteriores, os abastecimentos deixaram de ser a cada 2,5kms e passaram a ser de 3,5kms, nada a que cada um não se adapte rapidamente, menos gente (ou estavam mal destribuidos) nas mesas colocadas ao longo do percurso a dar a água ou a facilitar que a mesma estivesse ao alcance dos atletas, aqui e ali alguma confusão, eu pelo menos de tive de parar duas vezes e voltar atrás para receber a minha água. A outra novidade foi o local da chegada, desta vez mais bem organizada já que toda a assistência aos atletas após a chegada foi feita em linha e não como anteriormente que causava estrangulamentos e uma perda de tempo enorme stressante numa altura em que os atletas mais necessitam é de algum descanço e não de confusão.
O dia estava excelente, algum frio até antes de partirmos (11h. de Espanha), mais uma do que aqui em Portugal, o sol apareceu muito cedo e quando partimos já era muito agradável o meio ambiente. Estavam reunidas todas as condições para todos fazerem uma excelente prova desde que para isso estivessem preparados e também motivados. Foi com esse espírito que parti mas sem saber até onde poderia ir a minha vontade de fazer uma boa prova, sim porque eu não ia percorrer quase mil kms. e fazer depois aquilo que custumo fazer, que é partir e chegar sem me sacrificar muito, não, eu estava ali para fazer mais qualquer coisa. Tanto assim foi que me posicionei um pouco mais à frente do que é habitual mas por enesperiência na frente antes da partida encostei-me um pouco ás grades e por consequência ia sendo atirado para cima delas, valeu-nos, porque havia mais, que do outro lado das grades um grupo de pessoas conseguiu suster a avalanche impedindo estas de caírem o que iria provocar alguns danos em muita gente. Ainda mal refeito do susto e instintivamente imprimi um ritmo bem forte, para as minhas possibilidades está claro, aos 5 kms levava 25,6m gastos e não se pense que esta fase é fácil pois no 1º km temos cerca de 600 metros sempre a subir e com o restante um pouco mais ou menos plano. A grande dificuldade estava entre o 6º e o 7º km, uma subida de 300 metros onde se via já alguns atletas a andar para superar aquele pedaço de percurso. A partir dali eu sabia que o terreno ia ser muito irregular, trata-se de um percurso com um falso plano pois quando sentíamos as dificuldades é que sabíamos que estávamos a subir, e como eram longas essas subidas. Aos 51 minutos estava a atingir
 os 10 kms, nesta altura achei que lá mais para a frente iria penar bastante, mas não me importei demasiado com isso, pois levava ainda na mente que na Maratona de Lisboa realizada há 15 dias tinha passado os 10 kms com 56 minutos, aí sim era para me assustar. Como é habitual corria mais uma vez isolado pois não gosto da pressão quando se corre em grupo e procurava agora não perder muito o ritmo que trazia até aos 10 kms mas sentia que estava a perder algumas capacidades. Com os abastecimentos vou recuperando alguma energia, até que chega os 15 kms onde existia novo abastecimento com água e laranja, levo uma garrafa e um pedaço de laranja que logo deito fora por custar a degerir, prefiro tirar um Gel que levava comigo e ingeri-lo logo ali aproveitando para recuperar um pouco as forças. Esta passagem aos 15 kms permitem-me começar a tirar alguma ilações da corrida que estava a fazer, estava com 1,20h. de corrida e se para a parte final se a quebra não fosse muito grande poderia melhorar a minha melhor marca deste ano. Aos 18 kms à entrada de Los Palácios sinto a necessidade de ingerir mais um Gel, o que faço junto ao último abastecimento fornecido, mas rapidamente concluo que pouco efeito veio trazer ás grandes dificuldades que já trazia. Em contra partida foi a partir dali que a energia renovada surgiu fruto da gigantesca mola humana que se apinhava nos passeios durante aqueles 3 últimos kms finais, ás forças que já faltavam juntou-se aquele apoio humano à vontade férrea que levava em não me deixar cair e lutar sempre até à linha de Meta por uma boa marca, para mim claro está.
Aquela ponta final da prova, principalmente o último km, foi dolorosa em termos físicos parecia que estava a subir uma montanha, o certo é que aquilo é plano e não fosse o facto de quase sermos levados em braços por aquela imensa muitidão e as coisas teriam sido mais difíceis. No final olhei para o meu Garmin e registava 1,54,08h. para os 21,170kms. marcados. 6 minutos a menos em média do que na Moita, Almeirim e Nazaré e apenas 4 minutos do que tinha feito a meio na Maratona de Lisboa. As dificuldades na parte final devem.se por certo da prova da Maratona e também ao facto de em 15 dias ter feito apenas 6 treinos e sem qualquer expressão em termos quilométricos.
Vim de lá satisfeito, por mim e pelos meus colegas, 2 deles bateram recordes pessoais: O Luís Pedro com 1,17,06h. e o Filipe Ramalho com 1,39,40h. O Rui Pacheco realizou a excelente marca de 1,13,19h. conseguindo a 19ª posição da classificação geral e 6º do escalão sénior. Os restantes 2 Amigos realizaram as suas provas dentro daquilo que já nos habituaram: Hernâni Monteiro 1,43,15h. e o José Rebocho 2,08,16h.
Uma referência ainda para o nosso Amigo João Vaz por ter conseguido a 6ª posição na classificação geral e vencido o seu escalão + de 40 anos com a marca de 1,10,26h.
Se a crise nos deixar pode ser que para o ano póssamos voltar.

Classificações

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Maratona de Lisboa, (O vídeo que faltava)

O Vídeo que faltava
        O trio está mesmo no final do Vídeo


E cá está o homem do meio, grande Zé.
 Valeu a pena esperar pelas 4,38,36h ali bem juntinho à meta para ver chegar estes 3 amigos, o do meio (José Lopes) estava a chegar da sua estreia na Maratona e eu sem nada ter feito ali estava a apadrinhar a sua triunfal chegada, por ironia do destino lá estava também o Comando, este sim, muito contribuiu com a sua experiência para que o José fizesse esta estreia o mais acompanhado possível.
Haverá mais oportunidades e com grande satisfação que verifico que aos poucos a Maratona vai-se implantando num número cada vez maior de aderentes, em especial pela rapaziada mais nova, mas considero uma pena que as 3 maratonas que se realizam em Portugal se efectuem em Outubro, Novembro e Dezembro. Alguém me sabe explicar isto?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Maratona de Lisboa, 4 de Dezembro de 2011


O Comando e o Pára junto de amigos estreantes Foto de José Lopes

E pronto, a 12ª Maratona em estrada (8ª em Lisboa) foi concretizada este fim de semana em Lisboa, sem grande história para mim embora aqui e ali ouvesse incidências que vieram marcar em termos pessoais a minha participação.
Parti sem qualquer plano de corrida, aliás como é meu hábito, mas rapidamente mudei de ideias passados que iam apenas 2 kms quando observo à minha frente o marcador das 4 horas e um número significativo de atletas que o acompanhavam, dicidi juntar-me ao grupo e experimentar pela 1ªvez acompanhar numa Maratona o marcador de serviço. Pareceu-me nos primeiros kms que o ritmo era acessível para mim e segui sempre quase ombro a ombro com o homem que tinha a responsabilidade de conduzir todos aqueles homens para a marca que levava assinalada bem lá no alto. Aos 10 kms deu para ver que íamos mais rápidos do que era necessário (56m), conforme os kms iam avançando ia sentindo gradualmente o desgaste nas pernas fazendo-se sentir com maior dificuldade nas subidas que dão acesso ao Corte Inglês (Rua José Malhoa e António Augusto de Aguiar), ainda assim não cheguei a descolar do grupo e ali me mantive até chegar ao final da Rua do Ouro. Foi a partir daqui que fui ficando para o fundo do grupo e depois descolei prepositadamente já que comecei a ver que não ia aguentar aquele ritmo até ao final da prova. À passagem da Meia-Maratona registei o tempo de 1,57,17h, muito abaixo daquilo que tenho feito nas últimas 3 meias- maratonas que andaram sempre acima das duas horas. Vi logo a partir desta marca que iria ter um resto de Maratona bem sofrida e não foi preciso muito para começar a verificar isso mesmo e passados que foram mais 3 kms comecei a arrastar-me, havia alturas muito difíceis com tudo quase a querer parar e de seguida o regresso a uma boa disposição para prosseguir, percebi os sinais e reduzi ainda mais o andamento, na primeira parte da corrida (até à meia-maratona) andei na média dos 5,30m, agora já pisava os 6,30m até chegar ao km 29/30. Aqui e já muito perto dos 30kms parei e comecei a andar, não tinha qualquer reação no corpo e as pernas não tinham força, para piorar as coisas os intestinos dicidiram pressionar-me a ponto de ter de procurar local para lhe fazer a vontade, olhei para o lado direito e só havia o caminho de ferro, olho para a esquerda e só vejo relva bem cuidada e com algumas árvores dispersas e bem limpas na sua base, saio da estrada e entro no jardim sempre a andar, procuro uma esteva ou um conjunto de pequenas plantas para me esconder lá dentro mas ali não há nada disto, os bancos do jardim estão apinhados de gente que por ali passeia ao fim de Semana, olho mais ao longe e vejo a entrada para o Palácio do nosso Presidente e sigo nessa direcção, estava disposto a tudo, só não queria era imitar a Russa que há 2 anos cortou a meta em estado miserável, mas desistir é palavra que raramente aceito, então atravessei o quarteirão até à linha do Elétrico e reparo que ali existia um Restaurante que dá de frente para o tal Palácio e peço autorização ao proprietário para utilizar as suas instalações sanitárias o que foi logo concedido. Aproveitei para descansar um pouco e  disposição para voltar de novo à prova o que fiz passado pouco tempo. Atravessei de novo o quarteirão e entrei a poucos metros de novo no percurso mesmo em cima da marca dos 30kms (Fazer zoom no mapa Garmin na zona de Belém), (perdi ali cerca de 13m). A partir dali já parecia outro, mas por pouco tempo, tendo sido obrigado a manter o ritmo de corrida sempre muito lento até final da prova, aproveitei os abastecimentos (35 e 40kms)  para idratar bem e tomar o Gel que levava comigo. Os últimos 12 kms foram feitos sempre em passo de corrida, incluindo a Almirante Reis!!! tendo chegado ao Estádio com uma enorme satisfação depois de ter passado por situações nunca antes vividas numa prova de Maratona. Sinais dos tempos, provavelmente.
Penso que destas palavras que aqui deixo podem ser retiradas algumas ilações por parte da Organização da prova em melhorar as condições de corrida para os atletas e não preciso estar a dizer o que se deve fazer, existe já um historial de problemas que se repetem de ano para ano e já era altura de serem resolvidos.
A Organização da prova é profissional e os atletas precisam de ter as condições mínimas para poderem correr e estamos a falar de uma prova cujo percurso é totalmente realizado nas ruas de Lisboa.
Terminei a Maratona com o registo ainda assim simpático de 4,37,39h para os longossssssss 42,800kms.
Uma palavra de parabéns para alguns amigo que se estrearam na Maratona, Fábio Dias, José Lopes, Pedro Ferreira, Henriqueta Solipa de entre outros.