domingo, 31 de outubro de 2010

Grande Prémio de Ribafria, Benedita



Depois de no fim de Semana passado ter carregado bem no "acelarador" era agora a altura de "assentar" um pouco, foi assim que encarei a Prova de hoje na Ribafria.
Levei 2 k. ás costas, muita gente estranhou, Camelbek? mas eu tinha as minhas razões, para alguns era o início dos treinos para a Freita, para outros era um encolher de ombros, mas a verdade é que aquela "carga" tinha um destino ali a 1,5km e tinha de lá chegar intacta. E chegou, para isso tive a preocupação de logo no início procurar companhia que assegurasse que caso não fosse capaz de cumprir a missão me levasse a encomenda até ao destino, a Susan foi a escolhida, e que companhia... foi até
lá, durante toda a corrida e também durante o repasto quando regressámos e por lá passámos.
Esta prova tinha a forte componente deste convívio em plena prova por volta dos 11kms.e não o regateámos, eu e a Susan chegámos lá com 1,02h. depois de parar o cronómetro, comprimentar os amigos na pessoa do Sr. José de Sousa atirámo-nos ao petisco, antes pedi para conhecer pessoalmente a simpática menina Daniela Sousa, filha do Sr José, pois tive o previlégio de já ter trocado algumas mensagens no facebook, nomeadamente focando precisamente este encontro, e ela apareceu, sujeitando-se ainda assim a trocar um beijinho de afecto comigo, apesar do meu aspecto naquele momento não ser o mais apropriado. Pouco depois apar
eceu o Daniel e o Luís Mota que depois de cortarem a meta foram ao nosso encontro e acabaram por participar conosco naquele pequeno convívio.
Não sei ao certo quanto tempo estive ali, recebi uma prenda do Sr. José (uma t,shirt e um galhardete da J.Freguesia e dos Bombeiros da Benedita), retomei a prova, liguei o cronómetro e terminámos com o tempo de 1,10h. ainda a tempo de chegarmos à frente do último participante da corrida. Assim acabámos por não prejudicar ninguém nem atrasar o final da prova.
Pelo trabalho e empenho de toda a organização, ( foram impecáveis), merecia que estivessem muitos mais atletas presentes, talvez pelo mau tempo, talvez pelas muitas provas que se realizaram um pouco por to
do o país, talvez porque os prémios fossem pobres para alguns (t,shirt de boa qualidade para todos e bonitos troféus) e que estão habituados em muitos casos em "facturar", e como isso aqui não aconteceu!!! mas aquilo que eu sei é que os ausentes nem sabem o que perderam, (atenção, carinho e para selar tudo isto um excelente almoço foi servido a todos os participantes onde nada faltou).
Aproveitei este 2º convívio para conversar um pouco com uma das nossas melhores Ultramaratonistas, Glória Serrazina, pois ainda não tinha tido essa oportunidade e como ela surgiu nem pensei duas vezes, e que histórias ela tem para contar e fiquei com pena de só ficar pela rama, mas outras oportunidades surgirão.
Para a Semana temos finalmente a Maratona do Porto pela frente, estou confiante embora uma pequena dor nos gémeos na perna esquerda me ande a apoquentar já à alguns dias.

Fotos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Corrida do Tejo 2010



Inesperadamente, ou talvez não, acabei por ir fazer a Corrida do Tejo, não contava em estar presente e também não fazia parte do meu calendário de provas a realizar. A razão era simples, tinha os 20 kms de Almeirim na véspera e estava de todo arredada a epótese de alinhar à partida nesta competição à beira do Tejo. De facto estava com pena de não a fazer pois nas últimas edições participei sempre mas Almeirim desta vez estava no caminho.
Mas surgiu a oportunidade com a cedência do Dorsal de um colega da Equipa (João Portugal) e porque não estava em causa a conquista de qualquer lugar no seu Escalão que desse lugar a prémio aceitei e participei. Almeirim não me deixara qualquer mazela e estava convicto que aquilo me ia correr bem pois apenas pretendia correr confortável e recuperar do dia anterior. Outro aspecto é que eu também não queria perder aquele espectáculo que é correr no meio de tamanha muitidão e a moldura que os nossos olhos podem contemplar.
Como não tinha pulseira de acesso aos vips não me restou outra opção do que me resguardar junto do moderador da corrida dos + de 60m que estava situado já no último quarteirão daquela multidão imensa, alíás era ess
e o meu objectivo, desde que me deixassem correr.
As pulseiras são uma boa opção para facilitar a vida aos atletas melhor preparados na sua condição física, mas infelizmente aquilo é uma "santa" mentira, salvaguarde-se a boa intenção da organização mas continuamos a ter uma gritante falta de ética desportiva, a 500m da partida já encontrei muito boa gente a andar e algumas delas com evidentes dificuldades em prosseguir.
A grande largura e extensão da Avenida onde está instalado o início da corrida permite que todos os atletas mal passem a linha de partida iniciam logo a sua corrida, lenta é certo mas corre-se, permitindo assim fazer o necessário aquecimento à posterióri antes de impôr a si mesmo andamentos mais exigentes.
Confesso que pensava que aquilo me ia correr melhor, embora tivesse o objectivo de apenas participar e recuperar do dia anterior, dei comigo em dificuldades em algumas fazes do percurso, não porque fosse rápido mas porque me falavam as forças nas pernas, principalmente nas subidas, ainda assim ia dando para prosseguir pois sabia que estes 10kms são coisa pouca para me amedrontar.
Aos 7 kms, após aquela longa mas acessível subida, parei por breves segundos para me idratar e tomar um Gel, ferramenta
s estas que faço questão de me acompanharem sempre, independentementa da distância que as provas possam ter. (Alqueva serviu-me de lição)
E a diferença fez-se logo notar pois de seguida apanha-se a descida para S.Amaro e até à chegada pude correr com mais vitalidade e enfrentar com ânimo redobrado aquela subida final que nos levaria até ao fim da corrida.
Estranhei a parte final após a concluão da prova, a ausência de bancas de apoio com produtos sólidos e líquidos (devem ter acabado antes de eu chegar) ou então efeitos da crise, que são de todo compreensíveis.
Cheguei atrás de 5.152 amigos da corrida e à frente de 4.109.
Precisei de 58,25m (tempo chip) para percorrer aqueles 10,110kms (Garmin).
Para a Semana vou até à Ribafria, Benedita onde mais uma vez conto divertir-me imenso.

Ver resultados aqui

Vídeo (de Maneta Pereira)

sábado, 23 de outubro de 2010

20 Kms de Almeirim



Hoje fui conhecer a "nova" da Corrida dos 20 kms de Almeirim. Fiquei surpreendido, há bastantes anos que já não ia lá e o percurso que fui encontrar era totalmente estranho para mim, não sei há quantos anos tem este traçado, aquilo que sei é que o achei menos enfadonho que aquele que existia anteriormente que nos levava estrada fora sem fim à vista e depois fazíamos o regresso até um não mais chegar. Aquela 1ª volta dentro de Almeirim na distância de 5 kms também foi novidade para mim e gostei imenso de a fazer, mas não estava à espera, e assim foram "cortados" mais 5kms naquelas estradas de perder de vista.
Foi também um regresso, se a memória não me falha, à Estrada que liga até Alpiarça e até à sua bonita Barragem, que eu também não conhecia. Era este o percurso que eu percorri quando lá estive pela 1ª vez, vínhamos depois apanhar a Estrada que vinha de Santarém e terminávamos no mesmo local em Almeirim. Penso que se abandonou este traçado original devido ás cheias que quase todos os anos inundava aquele local, mas foi uma pena pois um prova torna-se bastante monótona quando temos de ir e vir pelo mesmo percurso.
Agora encontrei as coisas melhores neste meu regresso, até a Sopa da Pedra foi uma agradável novidade e que saborosa ela estava, servida num amplo espaço onde todos se poderam sentir à vontade, e o que é mais importante sem confusões. Eu já gostava muito desta prova e só por outros compromissos é que eu estive ausente em edições anteriores, mas espero no futuro não mais faltar por várias razões: Uma prova muito bonita, muito bem organizada, bons abastecimentos de água, gente de apoio muito simpática e a recepção final, um saco com bonitas recordações e o convívio final entre todos e em especial dos amigos que tiveram oportunidade de confraternizar em redor das mesas enquanto saboreavam a excelente Sopa da Pedra e o bom vinho da Regíão, de entre muitas qualidades de bebidas.
Da Corrida tenho a dizer que fiquei muito satisfeito e foi um bom teste para a Maratona do Porto, Tinha falado ao Daniel, meu Genro, que desta vez não correu mas fez-me amavelmente companhia nesta deslocação, que me podia esperar pela 1,45h a 1,50h, e assim foi pois acabei por realizar 1,47,17h para os 20,160kms no meu Garmin com uma média de 5,19m por km.
Para esta melhoria de média muito contribuiu o regresso, quando ainda faltavam 7,5kms para a meta, como havia disponibilidade física aproveitei e foi um regalo ir ultrapassando tantos atletas que no regresso já sentiam maiores dificuldades, coisa rara em mim pois normalmente sou eu que estou naquele estado, para isso também muito contribuiu os amigos que com tantos incentivos só podia dar naquilo, uma excelente prova e a acreditar que a Maratona do Porto poderá correr melhor do que aquilo que eu estava a pensar. Vamos a ver.
Uma palavra final para os amigos, foram tantos os que me falaram durante a corrida, não vou poder dizer todos mas realço alguns das Lebres do Sado, do Narciso, do Parro, que fazia ele ali?, do Mota e Susan, A.Almeida e família, (que alegria qundo vi a Vitória a correr para mim para um grande abraço) do V.Veloso e família, o Venâncio, Mário Lima, o Carlos Coelho (perdeu o cartão para a Sopa, oh Carlos), o Romão e tantos outros, que me desculpem!
Vou tentar mais logo fazer a Corrida do Tejo, se arranjar dorsal estou lá batido.
Segue-se para a semana a Corrida da Ribafria, estou ansioso pois vou voltar a encontrar aquele grande número de amigos que tão simpaticamente nos aplaude (no km11) quando por lá passamos, e eu espero poder retribuir quando por lá passar na 2ª parte da corrida quando viermos de regresso.
Fotos do Daniel e de amigos

Mais fotos aqui
Classificação Geral aqui

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Corrida do Bicentenário das Linhas de Torres



A Edição da corrida comemorativa do Bicentenário das Linhas de Torres realizada no dia 17 de Outubro que ligou Sobral de Monte Agraço a Torres Vedras foi mais um êxito a juntar a muitos outros que a Autarquia de Torres Vedras leva a efeito no plano Desportivo.
A juntar a este sucesso está naturalmente a Xistarca que no plano organizativo esteve mais uma vez excelente.
A corrida do Bicentenário contou com 194 atletas chegados à meta, podemos considerar que foram poucos, mas se calhar a organização também não pretenderia reunir ali um pelotão muito volumoso já que a intenção era mesmo comemorar esta data histórica.
Com transporte dos atletas até ao local de partida a Autarquia deu uma excelente ajuda na resolução deste problema mas este dado não chegou ao conhecimento dos atletas pelos canais normais de informação, tendo desta forma muitos deles levado as viaturas para o Sobral e depois tiveram por diversos meios de os recuperar no final da prova.
Por sorte (eu e o Daniel) obtivemos a informação na véspera num contacto estabelecido com a Xistarca e fomos directos a Torres Vedras até ao local de concentração.
Na ida para o local de partida o insólito aconteceu, a cerca de 5kms encontrámos uma cancela dos Caminhos de Ferro fechada e com a sinalização a funcionar, esperámos e esperámos, até que comecei a ver os automóveis a contornar as cancelas e a passar, curioso o motorista da Cãmara foi ao local, (estávamos a 100 metros) e foi observar o que se passava e disseram-lhe que aquilo estava avariado!!! e por isso estavam a passar. O seu grau de responsabilidade revelou-se logo ali quando nos disse que também estaria disposto a passar desde que atravessassemos a linha a pé, e assim fizemos, tranquilamente e com todo o cuidado. A linha tem ali duas curvas, uma em cada lado bem próximas e o perigo podia ser eminente mas o descernimento do motorista e a colaboração de todos ajudou a que tudo acabasse em bem e podemos então seguir viagem.
Partimos para a nossa prova de 15kms logo após a passagem da prova oficial, era aquela que concentrava naturalmente todas as atenções da Organização e populares, e porque não também dos atletas presentes nesta corrida do Bicentenário que ali estavam? Exactamente 4 minutos depois saímos nós numa correria louca já que descemos cerca de 2 kms sem encontrar qualquer dificuldades. Mas quem desce muito também sabe que logo a seguir vai apanhar subida pela certa, e ela surgiu logo a seguir a Dois Portos, 2 kms a subir até Caixaria, a meio estava o 1º abastecimento que aproveitei para encher um pequeno cantil pois mais à frente estava com intenções de tomar um Gel e não sabia se os abastecimentos estariam em locais adequados para o efeito. Tinha feito a esta fase da corrida com o Carlos Coelho mas para o final da descida escapei um pouco pois sentia-me bem e é nas descidas que eu habitualmente fraquejo sempre, como disse, no 1º abastecimento bebi e enchi o cantil, parei para conseguir fazer esta operação rápida e logo segui, o Carlos esteve quase a chegar novamente mas como não olhei para trás segui e ele nunca mais conseguiu colar. Depois de Caixaria encontrámos mais uma longa descida até perto de Runa, lembrei-me do Xavier e da Esposa, como eles devem conhecer bem estes caminhos, uma Terra muito bonita e com gentes muito acolhedoras, foram muitos os aplausos e as palavras de incentivo, coisa rara, no entanto esta Terra tão bonita bem merecia uma placa de identificação bem visível para os seus visitantes e não aquela que lá está, pequena e em muito mau estado dificultando a sua leitura para quem não a conhece.
Quando voltámos a passar pela tal cancela já estava a funcionar como deve ser e desta vez já pudemos passar com total segurança.
A partir do último abastecimento foi o cabo dos trabalhos, principalmente pelos 17 kms, o trânsito conseguiu invadir a estrada, esta ainda por cima era estreita e tinha viaturas a circular nos 2 sentidos, fiquei "entalado", junto a um motar da Polícia, atrás de um camião e acossado por outro e ali permaneci quase 1km sem poder ultrapassar e a levar com os gazes queimados daquele monstro, um pouco mais à frente viramos finalmente à esquerda numa estrada que nos levava até Torres e sem mais confusões.
O último km (à boa maneira do Jorge) foi feito totalmente dentro da Cidade de Torres Vedras passando sempre pela zona mais nobre desta bonita Cidade acabando no Parque Central onde estava instalada a meta final.
O Daniel já me esperava, tinha feito uma prova muito interessante face à sua condição física actual (algum atraso na sua preparação) conseguiu a marca de 1,09h controlando sempre nos limites o seu esforço.
Como sempre faço corri confortavelmente sem nunca atingir o limite de esforço, só assim conseguirei alcançar o objectivo de chegar à Maratona do Porto em condições de a realizar e se possível sem sofrimento.
Nesta Prova precisei de 1,21,08h para percorrer os 15,110kms com a média de 5,22m por km.
No próximo Sábado estarei em Almeirim para percorrer os 20 kms, ali sei que vou encontrar novamente muitos amigos, o que é sempre muito agradável.
O que é as Linhas de Torres?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meia Maratona da Moita


Boa jornada esta da Moita, corrida e convívio familiar.
A Meia Maratona da Moita, como todas as outras da mesma dimensão nesta altura da época serve para encher em número de kms com o objectivo de chegar à Maratona do Porto na melhor condição possível em termos físicos, ainda não sei se é a melhor opção pois muitas competições, (em tão pouco tempo), com quilometragem a rondar os 20kms ou mais também deixa algum desgaste, o que para a minha idade não abona a meu favor. Mas também sei que não tenho alternativa, pois se também quero estar lá estes passos têm que ser dados.
E a Moita veio dar-me alguma tranquilidade, sem forçar nada deixei-me ir rolando sem grande esforço, 5,30m ao km nos primeiros 10kms, na segunda metade ouve uma pequena quebra que considero normal pois o percurso sofre um pequeno agravamento de dificuldades refletindo-se naturalmente na média final alcançada (5.36m). o curioso é que foi nesta parte final que me senti melhor, tendo inclusivé ultrapassado muita "concorrência" que sentia ali dificuldades acrescidas na sua progressão, (2kms de subida suave).
O dia estava excelente e a espaços difícil, devido ao calor intenso que se fazia sentir sempre que o sol abrasador fazia a sua aparição, desta vez levei abastecimento extra, gel e água, para evitar os erros que tinha feito no Trail do Alqueva na semana passada.
Incrivelmente consegui o objecto para esta corrida que era de duas horas, (Tempo do meu Garmin, 2,00,29 para os 21,320kms do percurso, média de 5,36m km).
Os abastecimentos estavam nos pontos certos, aliás como em todas as edições, em quantidades suficientes e só é pena e ao mesmo tempo desolador observar tanta embalagem vazia de água espalhada ao longo das estradas em todo o percurso da prova, as organizações das provas de estrada têm também elas de começar a consciencializar os atletas que nelas participam da necessidade de acabar com este flagêlo, basta um alerta nos regulamentos e espalhar alguns contentores no km seguinte aos abastecimentos e anula-se ou reduz em muito aquele degradante aspecto que sendo mau para a própria Natureza também o é para a população que localmente se vê de repente invadida por tal poluição e falta de respeito.
Do mesmo modo quase que me atrevia a pedir desculpas a quem se viu prejudicado na sua vida quotidiana e sem o saber viu alterado os hábitos naturais do seu dia a dia. Estou a lembrar-me de uma Senhora vestida de preto que seguia a pé da Moita para o Rosário (3kms) porque durante a corrida foi totalmente cortado o trânsito automóvel e o Autocarro que serve aquela zona não podia circular, a Sra. levava 2 sacos de compras e uns sapatos com um tacão de média altura, corria e praguejava, aproximei-me e na brincadeira disse-lhe que se usasse uns ténis facilitava-lhe a vida, ela aceitou o repto e respondeu-me: "faltou-me a camioneta e tenho de ir fazer o almoço, estou muito zangada com vocês", perante isto só pude responder: olhe isto é só uma vez por ano e amanhã isto volta tudo ao normal, e ela continuou praguejando, remoento a sua mais que razão, quanto a mim segui o meu caminho pensativo tendo voltado a assistir à mesma cena no caminho entre o Rosário e Sarilhos, mas aqui já não me atrevi a meter conversa porque sabia já o que me esperava, de facto aquela passagem por Rosário é muito bonito para nós que corremos mas lá que prejudica muita gente lá isso prejudica.
À tarde fiquei pela Moita, almocei em casa de familiares e foi lá que comecei a recuperação para o que aí vem a seguir, a maioria vai dizendo que é até à Maratona do Porto, eu direi que é até à Maratona de Lisboa, assim as pernas e a ausência de lesões me ajudem.
Foto de Luís Carlos

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

I Trail Terras do Grande Lago em Alqueva


Abro esta minha postagem com um cumprimento muito especial ao Luís Mota pela sua brilante vitória neste 1º Trail de Terras do Grande Lago que se chama Alqueva.
Da mesma forma um grande abraço ao meu colega de Equipa (Amigos do Vale do Silêncio) e amigo João Vaz pelo seu excelente 3º Lugar da classificação da geral individual.
Deixo aqui também os parabéns pelo excelente trabalho realizado pela equipa do Mundo da Corrida que idealizou e realizou esta excelente competição.
Foi uma excelente jornada onde tudo de bom se conjugou, a Natureza, a corrida (competitiva e lúdica) e fundamentalmente o convívio entre todos, amigos e conhecidos. Aliás estas competições têm este condão, a amizade e a solidariedade, e isto deve-se ao grande respeito que todos nutrem uns pelos outros e pela coragem de uns tantos que teimam em estar junto daqueles que admiram e viverem as suas proprias dificuldades para se sentirem também realizados.
É neste quadro que eu me situo, por isso sentir as naturais dificuldades, cada vez maiores, desta minha ousadia. Adorei a prova, principalmente aqueles primeiros 15 kms ao longo da Barragem do Alqueva, mas a partir da Amieira quando penetrámos no Alentejo profundo aí começaram de facto as maiores dificuldades a condizer com a irregularidade do percurso num constante sobe e desce de dificuldade baixa mas que ao longo de 21 kms deixa mossa em qualquer um.
Momentaneamente andei perdido, exactamente no mesmo local que foi fatal para o João Vaz que seguia na frente e isolado, mas depressa retomei ao descobrir outros atletas num trilho diferente e não muit longe. A partir dos 25 kms começou o meu calvário, ao contrário do que é habitual não levei pinga de água comigo e a ajudar à minha imprudência os abastecimentos (suficientes) estavam colocados em desconfirmidade com o desenrolar da corrida, (isto também se deve em parte à inacessibilidade do terreno, o que se compreende) mas a falha foi minha, a partir dos 25kms o organismo começou a ter necessidades ás quais eu não tinha acautelado em devido tempo, valeu-me ali ainda ter um gel e uns cubos de marmelada que ajudaram a atenuar as queixinhas dos rins e também das pernas. Os últimos kms foram feitos muito lentos, ora andando ora correndo um pouco, a partir do último abastecimento, a 2,5kms da chegada, animei um pouco e comecei de novo a correr, o Mário seguia um pouco mais à frente e avisou-me da sua presença, deve ter-se ressentido muito na parte final, mas não consegui chegar até a ele, aliás, ele ainda beneficiou na parte final da ajuda de um diligente polícia que lhe indicou o caminho quando ele já tinha perdido o norte para onde devia ir, e assim se "esgotou" a minha última chance de reduzir o meu défice em relação a ele, por apenas 100m. Consolou-me o grande abraço que trocámos quando lá cheguei, à meta.
Vou voltar, nem tudo foi perfeito mas pequenos arranjos podem melhorar esta bonita prova, melhor sinalização, pelo menos mais visível (pois a Organização tem de contar que nestas provas aparece sempre quem tenha pouca ou nenhuma experiência e a confusão é fácil de instalar, mesmo aos mais experientes isso acontece), os abastecimentos apesar de suficientes estavam pouco uniformes na distência entre si (o 1º estava aos 9 kms quando deveria estar aos 6kms.
A melhorar também todo o processo do almôço, demasiado lento a acrescentar ao demasiado tardiamento do seu início, o que se compreende dado o grande desfazamento entre os primeiros chegados e os últimos. A rever talvez para mais cedo a hora da partida das diferentes provas.
Nunca é demais realçar o convívio habitual da rapaziada amiga no final e durante a refeição, desta vez reforçado pelo nosso campeão luís Mota, título que ele merece inteiramente.
"Fotos de Isabel Almeida"