segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

S. Silvestre de Lisboa 2009


Desta vez tudo correu bem, o Ano passado fiquei a ver esta bonita corrida nos passeios da Baixa Pombalina, encharcado é certo, mas não arredei pé e assim pude observar e apoiar os amigos que tiveram oportunidade para a fazer. Este Ano as coisas correram melhor, aprendemos com os erros então cometidos de parte a parte que nos impossibilitou de ter acesso aos dorsais. A organização manteve o seu esquema, nós é que melhorámos e quando assim é o resultado final deixa-nos sempre nota positiva.
Desta vez não choveu apesar das ameaças e estava uma noite excelente para correr e uma boa temperatura, apenas se notou um pouco mais de vento e algum frio na Av. Ribeira das Naus entre o Cais do Sodré e a P. do Comércio (Terreiro do Paço). Lisboa estava hoje muito acolhedora.
De salientar o número elevado de público que estava nos passeios em quase todas as ruas do percurso (coisa rara em Lisboa), penso que a maioria eram de alguma forma acompanhantes dos atletas que participaram nas provas.
Hoje mais uma vez encontrei muitos amigos, tanto assim é que dicidi efectuar a prova na companhia de dois atletas do CCD de Loures, a Otília também lá estava mas abalou logo, que fera! da Susan Mota e da filhota Mariana Mota que aproveitou para efectuar ali um treino com vista aos seus principais objetivos que são, como se sabe as provas de marcha. Como estou actualmente em regeneração física aproveitei aquele ritmo (6m por km.) e fiz também um excelente treino, terminámos com 59,30m.
Desta vez levei a máquina fotográfica comigo e fui tirando algumas fótos, a maioria delas de má qualidade pois foram tiradas enquanto corria, ainda assim escaparam algumas.
No final encontrei ainda o António Almeida e a família, o Luís Mota e o Vitor Veloso tendo sido pretexto para falar sobre a S. Silvestre dos Olivais dia 30/12 e um possível convívio antes da prova e ainda um pequeno ensaio de compromisso com vista à participação na Maratona de Sevilha em 14 de Fevereiro de 2010. Tudo ainda em análise até final do Ano pois contamos com a ajuda do Fórum Mundo da Corrida.
Segue-se a S.Silvestre dos Olivais, última prova do meu Cardápio que programei desde Outubro até final de Ano, uuff.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE NATAL

Mensagem de Natal

Se for para aquecer que seja o sol;
Se for para enganar que seja o estomago;



















Se for para chorar que seja de alegria;









Se for para roubar que seja um beijo;















Se for para matar que seja a saudade;
Se for para guerra que seja de travesseiro;
Se for para ter fome que seja de amor;



Se for para perder que seja o medo;
Se for para brigar que seja por amor;
Se for para seres feliz que seja para sempre;
















Feliz natal com tudo de bom! Para todos

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sevilha, Espanha, Nem Bons Ventos Nem Bons Casamentos


É verdade, é sempre penoso termos de abdicar de uma prova que aos longos dos anos tem ficado sempre programada para o Ano seguinte. Sevilha desta vez não vai ter a nossa visita, 15 dias antes da data limite encerraram as inscrições, 3 mil apareceram antes de nós por termos andado demasiado lentos, cremos que fosse esse o motivo mas também pode ter acontecido alguma coisa de estranho, pois a recepção da inscrição coincidiu com a data em que esgotou os lugares disponíveis.
Gostaria de ter a companhia mais uma vez dos habituais amigos para passar um bom fim de Semana, desta vez reforçado com as famílias Brito, António Almeida, Vitor Veloso, José Magro, mas saíu errado a inscrição. Penalizo-me porque devíamos ter previsto que esta prova está em permanente crescimento e era previsível que isto acontecesse.
Agora, todos os que ficaram privados desta corrida podem aproveitar o treino já efectuado e enfrentar as S. Silvestres que vêm aí com mais alguma folga e tirar boas prestações das corridas em que participem.
Acabámos por tirar boas ilações para as edições futuras da Meia Maratona de Sevilha com este episódio.
Aos estreantes marcamos novo encontro para o Ano

domingo, 13 de dezembro de 2009

Melíadas, passado e presente, olhando o futuro


O lançamento do livro Melíadas de Fernando Andrade por si só justificava a minha passagem por Grândola no dia 12 de Dezembro, foi esse o propósito que me levou até lá. Em simultâneo realizou-se o 4º Encontro do Fórum O Mundo da Corrida, coordenado por Eduardo Santos.
A 1ª parte do Encontro foi essencialmente para apresentação do Livro Melíadas e a sua origem com intervenções dos responsáveis da Cãmara de Grandola através do seu Vice-Presidente e do Vereador responsável pelo pelouro do Desporto(patrocinador do livro, do Eduardo Santos (criador do projecto), do Joaquim Antunes (velho pioneiro desta corrida (8 edicções) e do Fernando Andrade como autor e impulsionador do livro.
Como participante na última edição da Ultra Maratona Melídes/Tróia revivi ali momentos inesquecíveis (porque a 1ª é sempre a 1ª vez e todos os momentos lá passados ficam gravados eternamente) e quando assim é somos capazes de ouvir as histórias contadas por quem sabe e viveu aquilo ao longo de tantas edições.
Fiquei com pena de após a apresentação do livro ter de me ausentar, o Luís Parro também foi ali com o mesmo objectivo e também teve de seguir caminho, pois o Eduardo Santos merecia ter ali à sua frente uma boa plateia para debeter os temas que se seguiram e eram bem interessantes, mesmo assim os que lá estavam foram classificados e bem como poucos mas dos bons.
Conhecedores da nossa pouca disponibilidade de tempo foi feito um intervalo com o objectivo de cada um poder adquirir o livro. E nada melhor que a assinatura do seu autor a testar a autoria desta obra prima, que ao folhear descobri que também fazia parte dela, como dizia o Parro, senti uma satisfação e orgulho enorme, pois na minha 1ª participação tinha ficado um registo recompensador do sacrifício e tenacidade ali deixados. E lá estava também a nossa menina que pela mão do pai cortava mais uma vez a meta numa prova mítica.
Sentia-se a emoção do Fernando Andrade, mal disfarçada pois quem o conhece sabe que ele não gosta de protagonismo, apesar de o merecer, e é só por isso que lhe vou perdoar por me ter batizado outra vez, um pormenor sem importância e a corrigir oportunamente.
Foi ali também apresentada a edição de 2010 e vontade não me vai faltar para voltar.
clicar aqui

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Maratona de Lisboa, há sempre uma história para contar, esta é a minha.

No dia da Maratona bem cedo precebi que as coisas não iriam ser fáceis, coisa que eu já esperava, desde a Maratona do Porto no dia 8/11/09 que não mais fiz qualquer treino longo com vista à Maratona de Lisboa, limitei-me a fazer a Meia Maratona da Nazaré, os 16,5kms da Mendiga e a Caminhada de 11kms da Serra de Sintra e depois alguns treinos sem grande disciplina durante estas semanas, por isso sabia que a Maratona de Lisboa iria ser um osso duro de roer, não só por não ter merecido uma preparação adequada mas porque eu conhecia demasiado bem o traçado da prova e por isso encontrava-me um pouco ansioso.
Quando cheguei ao Estádio 1º de Maio faltava ainda 1,30h para o início da prova, tempo suficiente para a habitual fase social onde disponibilizamos algum tempo para conviver um pouco com os amigos, até porque as oportunidades não são muitas. Lá estava o Luís Parro, não me perdeu a pinta desde a Mendiga, o M. Azevedo, J. Magro. M. Lima, Fernando Andrade, vai faltar-me algum, e conheci ainda o Joaquim Ferreira e o Pedro Ferreira.
A minha equipa estava ali em peso, mas só 2 elementos é que iriam fazer a Maratona, eu e o Elísio Costa, o Costa que já andava afastado desta distância desde a Maratona do Portode 2008.De tal forma estava distraído que quando me apercebo já só faltava meia hora para o início da corrida. Já na viatura optei por calçar os ténis com que fiz a Maratona do Porto (já velhos e rôtos) que me fizeram sentir sempre muito bem durante toda a corrida, completada a tarefa sempre trabalhosa de proteger algumas zonas mais sensíveis e devidamente equipado vou para a zona de partida, ainda vou a meio do caminho e verifico que me falta ainda o dorsal, então voltei ao carro e resolvi o problema e corro para o local de partida, mas após os primeiros passos de corrida dou conta que ainda tenho os óculos colocados, volto novamente para trás, as coisas não estavam mesmo a correr bem. À entrada do Estádio (a partida era em plena pista) ainda tive tempo de me despedir da minha equipa que aguardava a hora de participarem na Meia Maratona.
O Costa logo no início informou-me que me iria acompanhar até por volta da Meia Maratona, de certa forma fiquei mais tranquilo pois sabia que a experiência do Costa me ajudaria a controlar a corrida para evitar os excessos logo no início e que me iriam sair caros no final da prova.
Mas desde logo no início verifiquei que as coisas iriam ser muito difíceis, sem ter feito qualquer aquecimento no início antes do início sentia-me muito preso de movimentos e nem mesmo a descida da Av. Gago Coutinho serviu para melhorar as coisas, e a bem da verdade a subida para o Arieiro veio numa boa altura pois permitiu-me que eu encontrasse o ritmo e o esforço certo que eu vinha a procurar, e foi assim que segui até chegar ao início da difícil subida do Alto dos Moínhos onde estava assinalada a passagem dos 10kms, assinalava 57m. Nesta altura o atleta que levava o sinalizador do ritmo das 4 h. ia ali a cerca de 300 metros e nem tentei aproximar-me pois sabia que aquilo não era andamento para mim. Um pouco mais à frente o Costa começa a dizer-me que o andamento vai mais rápido do que devia, era natural porque um pouco antes tinha avistado logo ali à frente o Luís Parro e quis chegar até lá e foi o que fiz , pois já seria um grupo maior e a companhia era de todo aconselhável, mas foi sol de pouca dura, cedo percebi que aquele andamento era arriscado se dicidisse ir ali por muito tempo, optei por ficar com um andamento mais confortável, sempre na companhia do Costa.
Nesta altura começavam os meus problemas com os meus ténis, ao contrário do Porto esta Maratona de Lisboa é um constante sobe e desce e onde a fricção é uma constante e os dedos dos pés são os que mais sofrem e já só desejava chegar à baixa lisboeta onde o terreno já seria plano e as coisas iriam melhorar, pensava eu.
Passei à Meia Maratona com 1,59h (mais 3m do que no Porto) ainda me sentia bem, o pior foi que de seguida encontrámos o vento pela frente assim que entrámos na Av. 24 de Julho, foi nesta altura que perdi o meu companheiro de corrido, como estava previsto ele abalou à procura de uma melhor marca que pensava que estaria ao seu alcance, entretanto eu fui mantendo o mesmo andamento, 6m por km, após passar pelo Viaduto de Alcântara cruzo-me pelo António Almeida, e que bem que ele vinha, pois o sinalizador das 3,30h ainda vinha bem lá para trás, e eu já nem o das 4h conseguia ver, notava-se que eu já ia perdendo vigor e os ténis já pressionavam em demasia os meus martirizados pés, mas a Maratona é isto mesmo, espírito combativo e de sacrifício e quando a mentalização está virada para o objectivo que é a chegada não existe "nada" que o possa impedir.
Um pouco antes de Alcantara cruzei-me com muitos amigos que participavam na Meia Maratona e já estavam de regresso de Belém, o Vitor, o F.Avelino, o Fernando (Mister) o Orlando Duarte, o Tiago, o Luís e toda a equipa do CCd de Loures e outros que agora não me lembro, sabe sempre bem naquela altura um pouco de ânimo. Quando virei aos 27kms o Costa já ia com mais de 200 metros à minha frente, achei pouco para aquilo que ele pretendia mas ainda faltava muitos kms até final,
Aos 30 kms ainda passei com 2,58h (soube depois, já o Luís Mota tinha terminado), foi ali que parei a 1ª vez, só o tempo suficiente para beber água, comer um pedaço de laranja e tomar um gel que levava comigo, considerando as dificuldades que já sentia ao nível dos pés, tracei como objectivo fazer uma pequena paragem a cada 5 kms e onde ouvesse abastecimentos, sabia que o tempo perdido seria rapidamente recuperado logo a seguir, o pior era mesmo os pés, com as dores que sentia eu já imaginava o dedo grande do pé esquerdo com o dobro do tamanho e a sola do pé direito descolada do seu habitat natural, mas não era aquilo que me iria fazer parar.
Chego entretanto ao Terreiro do Paço e vejo o meu filho Hugo aos saltos de satisfação por me ver, na sua companhia estava o Tozé, velho amigo, que não perderam oportunidade de correr um pouco ao meu lado até se cansarem, ao fim de 100m!. Por volta dos 34kms chego-me de novo ao Luís Parro, pareceu-me com algumas dificuldades, ou talvez não, mas ia acompanhado e em boa cavaqueira, de lá saltou o Manuel Azevedo e fez-me companhia, por pouco tempo pois o seu andamento é superior ao meu. Logo a seguir estão os 35kms e foi aí que me "passei", a àgua tinha esgotado e não havia mais, Todos sabem que naquela zona e em qualquer Maratona a água é um elemento fundamental, tanto mais que se trata de uma zona crítica, e é essencial até para a saúde dos atletas. Uma amiga da organização simpaticamente ofereceu-me uma bebida em alternativa e sem açucar, dizia ela, mas água é água e é insubstituível.
Uma ocorrência que pode até arruinar o prestígio de uma grande prova como é a Maratona de Lisboa que arrasta centenas e centenas de estrangeiros e muitos deles ainda vinham lá para trás, uma distração difícil de perceber.
Aos 37,5kms começa a subida final que me irá levar até aos 40kms, um pouco antes passei pelo M.Azevedo pois sempre que aparecia uma dificuldade maior optava por descansar um pouco, andando. Os 40kms foram atingidos com 3,56h de prova, apesar de tudo sempre regular, aproveitando esta altura para o último abastecimento, ali havia água com fartura e deu para beber logo duas garrafas de seguida, mais um gel e laranja e estava pronto para enfrentar os 2 últimos kms e uns pózinhos. Nesta altura já me vou habituando a soportar as dores nos pés pois aproximava-se o final da prova e isso era mais interessante, mal cheguei ao Alto da Bela Vista logo a seguir ao viaduto do Metro (40,400kms) encontro um colega maratonista no chão a contorcer-se com dores, olho e sigo dando uma forcinha para ele, já antes tinha observado outras situações quase idênticas mas que estavam controladas, mas aquele caso mordeu-me a consciência e já a 30 metros voltei para trás e ajudei o homem, notei logo que eram os gémeos, levantei-lhe as pernas pressionando a parte da frente dos dois pés e a coisa estbelizou, dificil foi entendê-lo pois tratava-se um italiano e a comunicação era difícil, tentei ajudá-lo a pôr-se de pé, em vão, os gémeos voltaram a agarrar e voltei a fazer os mesmos procedimento com bons resultados, depois aconselhei-o a manter-se assim algum tempo e tentar chegar à meta com calma e devagar, não sei se me entendeu, pelo menos nem um grácias ouvi. Depois segui, estranhamente mais motivado e com as forças renovadas, tanto que voltei a apanhar o nosso conhecido M.Azevedo em plena subida final, que ao pressentir-me de novo ali arrancou para a meta cheio de força e energia.
A entrada no Estádio foi um momento fantástico, para a maioria das pessoas que ali estavam era mais um que chegava depois de o 1º ter chegado quase há duas horas, mas para mim era muito gratificante, era a 6ª vez que realizava esta proeza e que sonhar é coisa que também encaixa bem nos idosos. Terminei com 4,13,25h.
À espera estavam tantos amigos, lembrei-me dos meus "2 bombeiros" que se estivessem ali estavam tão felizes quanto eu, o Lima foi incansável, o António já tinha acabado há 40 m e manteve-se ali até que eu chegasse, a Isabel percorreu Lisboa quase toda, ela estava em todo o lado, o Vitor, a Família do Mota, e eu estava tão enleado que já nem sentia as dores, próprias de quem acaba uma Maratona.
O frio que estava aconselhava a que rapidamente fosse para o carro e mudar de roupa, e sem exagerar esta tarefa tornou-se quase tão difícil como fazer a Maratona, não fui capaz de tirar os ténis, pois cada vez que tentava chegar aos atacadores os gémeos agarravam e as dores eram muito fortes, optei então pela dicas que dei ao italiano, ao fim de meia hora comecei então pelos sapatos com receio do que ia encontrar e de seguida consigo trocar de roupa sem mais dificuldades, neste meio tempo que passou choveu a bom chover, passaram numerosos grupos de atletas e familiares de regresso aos seus pontos de partida com a boa disposição sempre a reinar, com os espanhóis sempre numa animação espectacular, foi assim durante o fim de Semana.
E eu, bem, regressei também a casa no meio de chuva e bastante frio, ainda com as câimbras a dificultarem-me a condução e a caminho de sarar as minhas feridas.
FÓTO DE LUÍS CARLOS

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cyberuners, uma nova janela


Sim, temos uma nova imagem para os actuais e futuros Ciberuners, a nossa equipa que tão boa conta deu de si na bonita Cidade do Porto pretende continuar a encher o caudal deste bonito canal de comunicação que se vai estendendo de Norte a Sul em redor desta bonita modalidade que é a prática da corrida, tornando ao mesmo tempo possível o aprofundar de amisades existentes e o aparecimento de outras.
Apesar de dispersa, a direcção do III Encontro dicidiu avançar com outra imagem mas com o nome muito idêntico ao que estava (depois explicamos melhor). Me
smo dispersos vamos (Fernando Andrade, Joaquim Adelino, Ana Pereira, António Almeida e Nuno Romão), gerir este espaço e para isso contamos com a participação de todos, comentando e dando opiniões acerca do que aqui se vai desenvolvendo.
Podem acessar a este novo blogue de apoio ao III Encontro Blogger no link abaixo.

corridaepatuscada.blogspot.com