domingo, 7 de dezembro de 2008

Meia Maratona de Lisboa (bem molhada)

Hoje a minha grande preocupação não era a distância a percorrer, porque a esse nível isto até nem está mal, era que par de ténis é que iria utilizar. Penso até que este será um problema que se coloca a todos os corredores em provas de média e longa distância, como optar. Na Meia Maratona da Nazaré que fiz à cerca de 1 mês fiquei com várias bolhas nos pés e uma unha do pé direito ao fim de 3 dias ficou preta, daí o dilema de hoje de manhã que poderia muito bem ser evitado se anteriormente não andasse distraído, sabe-se lá com o quê. Acabei por optar por uns ténis já velhos e muito usados e com a parte de fora do calcanhar já muito "comidos", fruto de muitos e muitos kms de alcatrão percorridos. E assim foi possível safar-me esta vez sem bolhas e sem outras maleitas, tendo ficado apenas com os efeitos próprios do desgaste que os 21 kms sempre provocam.
Conforme eu tinha planeado para esta corrida, a minha participação visava passar uma manhâ agradável e divertida correndo e assistindo ao que se ia passando em todo o percurso da Prova. Ao partir-mos para a Meia Maratona 1,30h. depois da partida da Maratona permitia-nos estar dentro das duas competições ao mesmo tempo já que nos cruzávamos pelo menos 2 vezes dentro do percurso. Isto permitiu também uma melhor visão de como os nossos amigos maratonistas, principalmente o Luis Mota, o António Almeida e o Fernando Andrade que iam enfrentando as dificuldades habituais da distância, Como é obvio era uma satisfação muito grande sempre que me cruzava com eles, e não era para menos pois eles já andavam 21 kms à minha frente, e andei todo o percurso atento ás suas passagens incentivando-os e tirando algumas fótos para registar o momento.
Na parte final das duas provas ainda deu para colar ao Fernando Andrade com quem fui até cortar a meta.No final, depois de cortar a linha de meta voltei para trás, vamos lá saber porquê, e fui ao encontro do António Almeida para lhe dar algum apoio, pois sabia que as coisas estavam um pouco penosas para ele devido a diversos factores. Sobre a minha corrida? Não notei nada de anormal, só sei que não pensei um único momento em eventuais dificuldades porque tivesse passado, palmilhando kms sem dar por eles, parando aqui e ali para bater uma chapa, chegando ao fim com a satisfação do objectivo cumprido e de bem comigo mesmo.
O meu tempo final foi de 1h.57m.15s.
Para todos, o pior mesmo foi o frio e a chuva que se fez sentir em largos períodos do trajecto que de alguma forma dificultou a tarefa a toda a gente.Uma coisa eu verifiquei também, desta vez deu para ver, já para a parte final da prova muitos atletas a parar com problemas musculares: era a perna que não dobrava, era o joelho com dores, era o tenis pendurado na mão, era os rins atrapalhando, era as duas pernas que se recusavam a andar, enfim muitas coisas que não devem ter só a ver com o frio e a chuva. Haverá ali também uma preparação muito deficiente e alguma irresponsabilidade para enfrentar estas provas e que é necessário que muita gente tome consciência que isto nâo é só brincadeira, é também coisa séria.Agora é a pensar desde já na que vem a seguir: Meia Maratona de Sevilha em 21/12/2008.

9 comentários:

luis mota disse...

Olá Joaquim!
Obrigado pelo caloroso apoio na prova.
Agora resta recuperar e voltar ao trabalho,
Hoje vou a Rio Maior com os “pequenos”, amanhã começa uma semana de recuperação e depois vem Sevilha,
Grande abraço,
Luís Mota

Fernando Andrade. disse...

Grande Adelino.
Não me vou esquecer da companhia e incentivo daqueles intermináveis 3 km finais. Foi um apoio importantíssimo para que eu não fosse mais abaixo, pois estava a ser difícil segurar os 5,15/km.
Muito obrigado, amigo.
Vou ver se arranjo coragem para fazer o meu relato de mais uma maratona .
Grande abraço.
F.A

João Paulo Meixedo disse...

Parabéns por mais uma meia.
Essa dos ténis (sapatilhas, como lhes chamamos cá pra cima) aconteceu-me hoje pela primeira vez antes da 51ª Volta a Paranhos: como ia tentar bater o meu recorde, escolhi não o melhor par, mas o mais leve. Após o aqueciento sentia uma dor num dos dedos. Fui ao carro, troquei por umas mizuno que já tem 500km e corri para a linha de meta. Bati o meu recorde :)
Abraço.

MPaiva disse...

Joaquim,
Parabéns pela sua prova e, mais uma vez, pela forma amiga e solidária como encara sempre as suas presenças nestas corridas. Numa maratona é sempre muito importante ouvirmos uma voz amiga e sentirmos uma presença conhecida naqueles momentos mais difícies. Estou certo de que todos sentiram esse apoio da sua parte, pelo que o felicito por isso.
abraço
MPaiva

António Almeida disse...

Amigo Joaquim
como já lhe disse ontem mesmo foi um prazer ter a sua companhia naqueles quilómetros finais depois dos incentivos durante a prova sempre que nos cruzámos, muito obrigado pelo apoio e igualmente o felicito pelo modo como está no mundo da corrida.
Grande abraço meu amigo e vemo-nos em Tomar.
António Almeida

jmagro disse...

Amigo Joaquim,gostei de o ter conhecido pessoalmente e de termos tirado uma foto na companhia do também grande amigo Fernando Andrade.
Os meus parabéns por mais uma meia feita e pelo 3ºlugar do CCD Loures na Estafeta.
Abraço
Zé MAgro

Rodrigo disse...

Grande Adelino!
Parabéns pela meia-maratona, em especial pelo extremo do clima, no seu caso, o frio, que é sempre ruim! Não gosto nem de muito frio nem muito calor :) Quando completei minha primeira meia-maratona era época de primavera, com temperatura bastante amena em Porto Alegre, deu tudo certo!

Unknown disse...

Nosso Pára

Parabéns por mais esta prova, e a demonstração de companheiro. Abraços

"O suor poupa o sangue"

"É perante o obstáculo, que o homem se descobre"

"Se é possível está feito, se é impossível há-de fazer-se"

"Audácia, prudência... Caminho para o êxito"

"Todos os páras são voluntários. Nem todos os voluntários conseguem a boina verde"

José Capela disse...

Olá, Joaquim

Grande demonstração de solidariedade que o meu amigo teve para com os atletas da maratona!

Na corrida não existem adeversários, na corrida somos todos companheiros.

Abraço

José Capela